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domingo, 17 de novembro de 2019

Motivações Grab


Foi por um acaso que eu descobri uma nova motivação turística. GRAB MOTIVATION. Se não existe, passa a fazer parte da estratégia de vendas de pacotes turísticos.
Pode também tratar-se de uma classificação socio - estática de um indivíduo, caracterizado por acolher entusiasticamente tudo o que lhe faça enaltecer o ego. O grupo a que pertence é um campo fértil para acções de marketing de viagens.
É um indivíduo com uma inteligência rara; consegue contar até 100 mil. E, por isso, julga-se com direito a adulação, e quando não a tem, procura a bajulice insinuando-se em círculos apropriados ou não apropriados, pouco importa.
Utiliza mais vezes os verbos TER e QUERER do que os verbos SER e PODER. Nas viagens que faz, as experiências gastronómicas, culturais, recreativas em terra, mar e ar, os valores culturais, paisagísticos, artesanais do destino estão em lugar secundário; O  principal é a satisfação de ter conquistado um lugar entre os privilegiados.

Atinge o 4º patamar na Pirâmide de Maslow: auto-estima, confiança, conquista do respeito dos outros; necessidade de ocupar um lugar de destaque.
O último patamar – self actualization- dificilmente é alcançado por este tipo de turistas.

O cliente “GRAB  prefere, geralmente, o conselho de um profissional; gosta de tratamento exclusivo. Desvaloriza o papel as novas tecnologias na tomada de decisão.
É, regra geral, muito sugestionável, desde que fique bem explícito que ele tem posses para obter o melhor.
Vou traduzir uma conversa para uma linguagem sonora. o "H" no final da palavra prolonga o som da letra que o antecede.
“Eu já fiz 3 ou 4 cruzeiros ao Dubai; sabe onde fica? Estibe duas bezes (espere, não; três bezes) na Tailândia, em Puquéh.
Bibo numa casa que mandei construir na Foz. Tem 5 quartos, mas sou só eu e a belha.
Tenho um apartamento que vale meio milhom.
A minha quinta dá binte pipas de binho berde.”
Depois, olhando para mim:
“Bussê mora cá no Porto? “
Não; em Constância.
“Fica lá pra Lisboa, nuéh?””
Nota: Esta conversa (quase monólogo) ocorreu recentemente  num velório na na Igreja do Bomfim no Porto.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Quando a ambiçao é desmedida, o estado é que paga



Cada vez mais me convenço de que a letra da canção cantada por António Variações continua actualizada. É só uma questão de aplicar a engenharia de palavras.
Quando este artigo for publicado se calhar já está desactualizado, porque os acontecimentos (mais os maus do que os bons) acontecem a uma velocidade incontrolável (achamos nós).

Segundo o nosso colega “Hosteltur” a Thomas Cook vai pedir  200 milhões de Libras ao governo britânico para aguentar o próximo Inverno.

By Melissa Massey 23 Sep 2019



Isto é incrível: As companhias fazem figuras de rico, comprando acções, lançando OPA’s, comprando aviões, tentando eliminar a concorrência com a prática LOW COST que origina produtos LOW QUALITY, perdem dinheiro mas estão na mó de cima. Namoriscam os governos com a criação de inúmeros postos de trabalho. Os governos vangloriam-se de terem conseguido diminuir o desemprego em 1 ou 2% .

Os bancos ameaçam bancarrota se os estados lhes não valerem. Mas não se coibem de pagar dividendos aos accionistas nem os chorudos salários e benefícios que concedem aos seus dirigentes.

** (Estou farto de dizer que por 10% do salário auferido por dirigentes de empresas publicas que dão prejuízo, eu conseguia os mesmos resultados).

A nível local, autarquias isentam de taxas quem quiser investir nos seus territórios, a partir de bonitas promessas e  de planos mal enjorcados, de fraca qualidade técnica,  em vez de premiar obra feita. Noutros casos isentam de renda, sem cuidarem de saber se realmente o arrendatário de espaços comerciais tem capacidade técnica para gerir o negócio que se propuseram desenvolver; ou mesmo se cumprem o preceituado na lei quanto à gestão de Recursos Humanos.

Grandes grupos de diversas áreas económicas defendem que não querem um estado interventivo, e bradam aos céus quando a legislação lhes não agrada; mas quando toca a tapar buracos, recorrem às tetas do estado.
O mundo está a transformar-se num oásis para aventureiros, aldrabões e vigaristas; os chamados “faz-figura”.


A única coisa boa que o mundo tem é ainda a Natureza, enquanto o homem não satisfizer o  capricho de a destruir.
 Junto à Natureza e seus Sons

domingo, 14 de julho de 2019

Smart Cities para Pessoas Inteligentes


As vilas e cidades tendem a evoluir para uma gestão inteligente dos seus recursos, e consequente desenvolvimento de uma economia criativa,   adoptando modelos de organização resultantes da combinação de tecnologias de informação, de comunicação, de automação.

I parte: In Illo Tempore...


No tempo em que nos atrasavamos no regresso a casa após uma manhã ou uma tarde de aulas, porque nos perdíamos a jogar ao pião, às escondidas ou em tentativas de nadar  num tanque ou numa "represa" de uma quinta,  quando sabíamos que àquela hora  não estava lá ninguém, tínhamos que prestar contas ao nosso progenitor, porque estávamos a fazer falta para fazer pequenas tarefas de agricultura.

Guardo na memória o chiar dos carros de bois e  o colorido natural dos campos, de onde emergiam  outras cores: as  dos lenços que protegiam a cabeça das mulheres e os chapeus dos homens - um rancho de pessoas geralmente "rogadas" no adro da Igreja após a Missa do Domingo anterior, para tarefas intensivas que tinham que ser executadas antes da nova fase da lua: Sachas para arejar o solo, Ceifas, Vindimas, Apanha de Azeitona, etc.


Com um elevado grau de precisão na tabela de intuição, as estrelas e a lua ditavam as tarefas agrícolas para os próximos dias. Era apenas necessário saber interpretar o "céu".
Felizmente que os tempos evoluiram e ainda bem; o trabalho braçal foi sendo, progressivamente, substutuído por alfaias e máquinas agrícolas cada vez mais automatizadas, reduzindo a necessidade de tantas pessoas que começavam a migrar para cidades e vilas do litoral, à procura de um trabalho mais leve do que o rural. Mercearias, "pensões" (hoje restaurantes), hoteis, foram aliás alguns dos mais importantes destinos da migração, que o desenvolvimento do turismo provocou na década de sessenta do seculo XX.
Maior acesso à educação e novos métodos de ensino trouxeram novas oportunidades para o futuro da população.
É esta geração prestes a desaparecer, dedicada, que acompanhou a lenta evolução, que estudou enquanto trabalhava,  que teve um importante papel na vida das cidades, que  está a dar lugar a outra, muito mais independente, mais inteligente, mas com um futuro mais incerto.
 Milho no Tejo e Percursos

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Estes Meninos do século XXII



Herdeira de uma cultura de individualismo ausente de carácter, de preocupação, caracterizada pela era digital, robótica, nano-tecnológica, que rebentou durante a revolução planetária dos anos 90 do século passado, a juventude de hoje está praticamente desapegada da submissão à tecnologia e consequentemente automatismos inclusivamente o de pensar e agir, a que os seus antepassados estiveram sujeitos durante mais de 1 século.
Como que reconstruindo a historia, a juventude dos nossos dias está a combater o tradicional isolacionismo, desumanismo, individualismo, convivendo em comunidades inspirados no lema histórico “a União faz a Força”, nas quais são expostas ideias para alcançar objectivos comuns.


Numa dessas comunidades, a católica, o serviço religioso era apresentado em aparelhos tecnológicos chamados tablets, aifones, andróides, agora é coordenado por uma pessoa devidamente formada – o pároco – que, falando uma linguagem corrente, transmite à comunidade a necessidade do amor ao Próximo, como forma de atingir a felicidade eterna na ultima viagem, segundo os ensinamentos de Cristo.


Antes era fácil controlar as naturais brincadeiras, choros e gritinhos das crianças durante as cerimónias religiosas: Sentavam-se ao colo ou na sua cadeirinha munida de tablet ou  aifone, ligava-se a um canal de desenhos animados, de heróis no espaço, de jogos de animaizinhos e plantinhas numa quinta e pronto: não chateava. Perfeito.
Mas hoje é diferente! O progenitor (a) distrai o seu menino contando-lhe historias que o moldam para uma vida vivida na Fé, como a dos pastorinhos, dos Reis Magos, ilucida o curioso menino para que serve a água benta naquelas pias, o porquê das velas acesas, o que representam as imagens dos santos e que milagres fizeram, explica pacientemente, com todo o amor de pai ou de mãe,   que aquelas cruzes na parede representam as 14 paragens no caminho que Jesus Cristo percorreu transportando uma pesada cruz às costas há mais de 2100 anos. Tudo isto para a remir os pecados do mundo.



domingo, 28 de abril de 2019

As cores do dia de um trabalhador de hotelaria



São constantes as lamentações de empresários e de gestores hoteleiros da escassez de mão-de-obra para garantirem os serviços que aos empreendimentos turísticos, hoteleiros e de restauração compete prestar aos hóspedes e clientes.
Quanto a isso, começo por não concordar com o vocábulo “mão-de-obra” que sugere alguma falta de consideração pelo valor dos Recursos Humanos.
Afirmam alguns de já não se encontrarem disponiveis recursos humanos qualificados; muitos se queixam já da dificuldade de encontrarem, até, pessoas semqualificação para trabalhar no sector.

Se dividíssemos o dia em 3 partes iguais, cada uma com a sua cor, teríamos: vermelha para o sono,  azul para o trabalho e  verde para o lazer, convivência em sociedade,  e  afazeres particulares. 

Mesmo noutras áreas de actividade, estas cores deixaram de ser um guião para a felicidade humana a troco de um telemóvel, de um computador, de um automóvel. As pessoas deixaram de ter tempo para usufruírem a vida, passando a estar permanente ligadas através das modernas tecnologias.
As cores do dia misturam-se. Ficam castanhas, escuras, deprimentes.

A hotelaria está cada vez mais desumanizada devido ao uso excessivo das tecnologias, tendo sido criados modelos que retiram a clientes a capacidade de se consciencializarem de  que as coisas não aparecem feitas automaticamente, bastando carregar num botão, que há uma  intensa intervenção humana.

Quem trabalha em hotelaria tem que estar ciente de que é uma actividade de imprevistos, de picos de afluência de clientela e, que por isso, o seu contributo pode ser requerido após a duração normal do período laboral, para a satisfação dos dlientes e consequente êxito da exploração. Um empregado de hotelaria sabe que não tem um emprego nine-to-five
Mas percepcionamos, especialmente na área de restauração, uma quase ausência de gestão e uma desorganizada politica de recursos humanos, e um menosprezo pelo  direito à vida pessoal para além de trabalhar e de dormir. Em muitos estabelecimentos os “picos” deixam de ser um aumento ocasional da carga de trabalho,  passam a uma afluência  normal do dia-a-dia para a qual uma equipa preparada para 50 presta diariamente serviço a 100, fora-de-horas, sem direito a retribuição extra e, na maior parte das vezes, com direito ao descanso apenas no dia do encerramento semanal do estabelecimento.
http://www.casinhasconstancia.com

Esta prática desencoraja qualquer um a trabalhar no sector, que deveria ser prestigiante e uma oportunidade para produzir e absorver cultura, e de estabelecer relações sociais saudáveis. A forma como o trabalho é organizado expressa os valores da sociedade a que pertencemos.
A minha homenagem a quem faz aquilo de que gosta, e disso tira proveito para a sua formação e conhecimento. Porque hotelaria é mesmo para quem gosta. E para que os funcionários trabalhem com gosto, têm de ter reconhecimento moral, financeiro, económico, social e emocional.



domingo, 13 de janeiro de 2019

Indústria, Cultura, Turismo




O Turismo não é, por si só, uma actividade económica, mas antes, o resultado de várias motivações e a necessidade de adquirir conhecimento e absorver culturas, que faz o indivíduo viajar para outros lugares e enriquecer o conhecimento, interagindo com os povos visitados. Concertos, gastronomia, actividades secundárias, descoberta, paisagismo, culturas e modos de viver, conhecimento, são motivações do turismo gastronómico, contemplativo, de lazer, do conhecimento, militar, industrial, etc.
A mais antiga empresa industrial de Portugal, segundo registos, é a Celulose do Caima.
 A sua história, a evolução ao longo de 130 anos  e a sua responsabilidade económica e social, estão visíveis na exposição na Casa-Memória Camões em Constância.
Antes o algodão, o linho e o cânhamo eram os produtos que eram utilizados na confecção do papel.
Em 1888 a família anglo-sueca Bergvist residente no Porto,  funda a sociedade The Caima Timer Estate & Wood Pulp Company, Lda e adquire, no ano seguinte, uma quinta nas margens do rio Caima, onde foi implantada e inaugurada em 1891 a Fábrica de Pasta de Papel.
O seu primeiro gerente foi o britânico William Cruikshank, ex-proprietário da quinta e, até então, director das Minas do Palhal.
Cotada em Bolsa, em 1922 a multinacional Hibstock adquire 500 ações na Bolsa de Londres, tornando-se no principal shareholder.
Hoje a Fábrica produz celulose solúvel, muito aplicada na industria têxtil, e em variados sectores.

Hoje a Caima é auto-suficiente em electricidade, tem a sua própria produção de energia eléctrica renovável, suficiente para fornecer todo o concelho.
Uma longa história de desenvolvimento económico, mas também de alguns sobressaltos sociais, acessível ao público na exposição “De Albergaria a Constância- 130 anos de inovação”, patente ao público na Casa-Memória Camões em Constância até ao dia 18 de Maio 2019.
Há lugar a conferências, às 17h30 nas seguintes datas:
18 Jan: “Os Ingleses da Caima”, por Sofia Costa Macedo
15 Fev: “Antes era o vapor: contribuições para o estudo histórico da energia na Caima”, por Susana Pacheco
22 Mar: “Na génese da Fábrica de Papel da Caima: Minas, Quintas e Madeiras”, por Jorge Custódio.
Constância: Visitar e ficar

sábado, 12 de janeiro de 2019

O dominio dos gigantes do universo online


Algumas  Agencias de Viagens Online (OTA’s) são fruto da criatividade e engenho de jovens estudantes que, no silêncio de garagens ou arrecadações lhes deram vida.
Hoje, as 2 maiores valem na Bolsa de Nova York mais do que as 5 maiores cadeias hoteleiras juntas.
São o maior consumidor de serviços disponibilizados pela Google. Investem milhões em publicidade, porque são concorrentes de Agências de Viagens Tradicionais e de Hotéis. 
Simultaneamente são fornecedores, porque lhes disponibilizam tecnologia de reservas. E são também clientes de hotéis e outros meios de alojamento. Prestam serviço aos hotéis no papel de Canal de Distribuição.
Têm um comunicativo serviço pós-venda.
Controlam a maior fatia de mercado e, por isso, criam dependências.
Já se fala que em alguns casos exigem um mínimo de disponibilidade  de quartos atribuídos tal como na era dos allotments  negociados com os Tour Operators.
Cobram elevadas comissões.
Viajar na páginas das OTA’s é cada vez mais aliciante e, brevemente o cliente passará por uma agradável experiência ao reservar, porque serão, simultaneamente, redes sociais e portais de reservas de alojamento, restauração, espectáculos, etc.
Pode o hoteleiro competir?
O que não deve fazer é “colocar os ovos no mesmo cesto”; ao longo dos tempos, o bom senso e técnicas de comercialização aconselharam a diversificação de mercados e de canais de distribuição.
O que deve fazer é tornar o seu site cada vez mais apelativo e intuitivo, com promoções, upgrades, packages de serviços internos e externos. É exercer uma eficaz política de relações Publicas para transformar o cliente “OTA” em seu cliente. É atribuir incentivos (descontos ou outros) a quem compra directamente. É unir-se regionalmente a outros estabelecimentos e instituições para criar uma oferta turística global (alojamento, restauração, cultura, actividades, espectáculos, diversões, etc).
O Click2Portugal nasceu com ideias semelhantes, mas não me apercebi ainda de um significativo volume de adesões.