A expressão “Turismo em Excesso” tem uma grande carga subjectiva. Este termo representa o sentimento de residentes, titulares de negócios de um determinado destino turístico. Tende a ser (tardiamente) reconhecido por decisores políticos que, pressionados pela necessidade de colocar no mapa as suas “quintinhas”, seguiram o caminho do desenvolvimento parcialmente fundamentado.
Pessoalmente, não creio que haja turistas em excesso; considero é que o fenómeno ocorre porque há infra-estruturas insuficientes para o acolhimento do triplo ou quádruplo da população residente.
Não se pode negar o enorme contributo das actividades relacionadas com o Turismo no equilíbrio económico de uma região ou país, nem ignorar os impactos negativos.
Alguns destinos tendem a impor “quotas” de turistas e de actividades para reduzir esse imapcto, porque, por mais que se tente o contrário, a concentração ocorre nos tradicionais períodos de férias. Desconcentrar a procura seria a lógica solução.
Todos os intervenientes, turístas, sector público e sector privado, devem encontrar a fórmula para um turismo responsável; maximizar impactos positivos e minimizar os negativos.
Veneza, é um exemplo disso, ao anunciar medidas restritivas a partir de Junho:
As visitas turísticas são interditas a grupos superiores a 25.
Não podem ser utilizados megafones.
Não pode haver paragem nas ruas, nas pontes e caminhos.
De notar que, a partir da Primavera deste ano, será cobrada uma taxa diária de 5 Euros a cada visitante.