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domingo, 9 de julho de 2023

Gerações de Turismo e Hotelaria sem Conflitos

 


Por Luis Gonçalves

Nota: Trata-se de opinião baseada em percepções, registada em grafia da primeira geração

Tendo como premissa que a hotelaria existe porque existem turistas que usufruem dos serviços hoteleiros, nunca houve nem haverá qualquer conflito de gerações: nem na hotelaria nem no turismo.

O que acontece é que ocorrem fenómenos dinâmicos, que potenciam a adopção de tecnologias e procedimentos na adaptação comum do binómio oferta-procura.

Geração Baby-Boomer

Durante a II Grande muitos chefes de estado, membros da realeza e altos dignatários de nações ocupadas refugiaram-se em países neutros como Portugal. Também agentes dos serviços secretos dos beligerantes e correspondentes da imprensa internacional aqui passavam longas temporadas.

O fim desta guerra originou a ânsia de evasão para se respirar liberdade.

E aumentou também a taxa de natalidade para contrabalançar com as vidas ceifadas pela guerra.

Os meios de transporte mais usados eram os barcos a vapor e os comboios. Viagens demoradas combinavam com longas estadias, geralmente deste o início até ao final da haute saison.

Eram famílias inteiras que se faziam acompanhar de mordomos e amas das crianças.

A reserva era feita geralmente por carta, com 6 ou 7 meses de antecedência. Tornou-se mesmo um hábito, os clientes à saída deixarem a reserva feita para o ano seguinte.

Geralmente o regime de estadia era de pensão completa (alojamento + refeições e ainda o chá da tarde à volta da piscina ou no salão de chá e de jogos de mesa).

Os hoteis de luxo ou de primeira categoria, de “resort”, dispunham de quartos e refeitório para os “chauffeurs”, “serveurs” e serveuses dos hóspedes: os couriers.

Cada uma das refeições era assegurada por uma brigada completa de sala (chefe de mesa, chefe de vinhos, chefe de turno, ajudante ou commis.

No próximo artigo: Geração X  

Voiturier ou Trintanário: o primeiro rosto dos hoteis de prestígio