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quarta-feira, 6 de março de 2024

Segredos que a Natureza guarda

 



Um passeio ou caminhada pela zona mais rural de Constância, ladeada pelos Zêzere e Tejo, transporta-nos numa viagem introspectiva numa prova de que não conseguimos apagar as nossas origens: sociais e geográficas.

Lembro-me de, na minha infância, brincar ao bugalho com os meus irmãos ou amigos: Cada um com um pequeno pau a fazer de raquete. Dizíamos "brincar à bojarda". O bugalho era como se fosse a bola de ping-pong.

Pensava eu que as carvalhas davam as glandes (bolota) e os carvalhos os bugalhos. Mas não.

Os bugalhos não são frutos, mas sim estruturas que as plantas produzem em resposta a agressões externas, especialmente picadas de insectos. É como se fossem tumores. Que depois têm a sua utilidade na biodiversidade.


A floração ocorre entre abril e maio, com a floração feminina e masculina desfasadas no tempo, de forma a evitar a autofecundação, já que a espécie é monoica. As flores masculinas são amentilhos filiformes e as femininas, amentilhos pequenos e arredondados. O fruto, a bolota (glande), amadurece entre setembro e outubro.”-In Gulbenkian

Se, naquele tempo as glandes (bolotas) serviam para produzir ingredientes para a terra e para alimentar os o porcos, hoje em dia há um aproveitamento total para a produção de matéria-prima alimentar, perfumaria e cosmética. Pioneiros na investigação e desenvolvimento para a transformação deste produto, Pedro Babo e um colega de formação em biologia molecular, criaram a startup Landratech internacionalmente reconhecida e premiada pela inovação. A comercialização é através do Armazém da Bolota. 

Os responsáveis têm como meta a transformação de uma centena de toneladas de bolota anual, para responderem à crescente procura nacional e internacional.

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