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sábado, 28 de março de 2020

Futuro da Hotelaria


Antes do fim de 2019 eu li num meio qualquer de comunicação social uma noticia que previa uma crise financeira internacional mais grave e mais duradoura do que a de 2008.
 Também no final do mesmo ano ou principio deste, uma destacada personagem europeia na cena financeira internacional afirmava numa entrevista a um jornal espanhol que o grande problema da Europa era ter cada vez mais pensionistas com uma crescente esperança de vida, e que cabia a cada estado encontrar a solução.
Ontem abri uma ligação Twitter para uma entrevista do Governador de um Estado norte-americano na qual afirmava que se alguém entre a população mais idosa quisesse morrer voluntariamente, estava a ajudar a economia.
Parece até que a pandemia é uma resposta aos problemas elencados por aquelas personalidades. O problema é que o vírus que a provoca tanto entra no rico como no pobre, com efeitos devastadores.

E o sector de hotelaria?
Na tentativa de reinventar, seguindo de algum modo as tendência de Turismo, novas fórmulas de alojamento foram surgindo, proporcionando ao turista a experienciação de algo novo dentro de um conceito de  informalidade.
Este fenómeno que apareceu muito rapidamente, coincidiu com clima de alteração social e de segurança de outros países, o que tornou Portugal um relevante destino turístico alternativo, com crescimentos anuais de entradas e de dormidas muito importantes.
Esta realidade atraiu investidores, pequenos e grandes, que viram na actividade de alojamento em hotelaria convencional e AL uma grande oportunidade de negócio e de alguma especulação, em certa opinião pública.
E o que se segue?
Uma inglória batalha em todo o mundo contra um micro-organismo que causa pânico, ansiedade, que faz parar movimentações, aumentando implacavelmente as dificuldades em cada dia que passa, para grandes e pequenos. Quem se safa? Quem se vai aguentar? Os grandes ou os pequenos? Costuma-se dizer que quanto maior é a nau, mais grande a tormenta.

Em 1974 toda a hotelaria nacional entrou em crise por causa da alteração política. Mas o Estado ajudou os hotéis e outras categorias de alojamento de qualquer dimensão através do IARN, no realojamento de cidadãos das ex-colónias que se tornaram independentes.
Será que voluntariamente alguns hotéis transformarão provisoriamente algumas áreas em alojamentos hospitalares, não só como resposta à urgente necessidade, mas também como forma de se manterem em funcionamento mediante subsídios retributivos do Estado?
Já sobre os AL’s não recairá essa opção do Estado, porque a logística exige uma determinada dimensão e panóplia de serviços.
No fim, uma coisa é certa. Muitos negócios de oportunidade vão ser feitos por quem puder; muita mudança de propriedade vai acontecer; não só em hotelaria.