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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Rio para onde vais

O contraste de hoje é a intempestiva força do afluente como que demonstrando impaciência com a passividade do Tejo.
A carta foi escrita.
-Olha, pede ao Tejo que leve esta cartinha até ao mar. Umas léguas mais à frente, naquela zona chic.

(Vento) -Esta agora! Tenho mais que fazer. Sou volátil, comando as águas e as florestas; as árvores vergam-se à minha vontade. Não tenho tempo a perder com ninharias. 

- Tem calma. Para a carta não perder no meio desta azáfama, eu apanho um barquinho ligeiro que está para chegar. O último passou há 2 meses.

-Isso é se eu deixar. Vai nele e dá o recado a quem tens de dar.
Mas cuidado. Tem tento, porque se pode afundar.