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sábado, 30 de dezembro de 2017

Destino Constância

Constancia, rodeada por Tejo e Zêzere, deve o seu nome a D. Maria II.
Constância é uma paragem obrigatória para os amantes de escapadinhas no Portugal Profundo.
A existência de portagens na A23  não pode impedir o normal trafego turistico às vilas e localidades ricas em património construído e imaterial perto do Centro Geodésico de Portugal (Picoto da Milriça), 1 km à frente de Vila de Rei.
Sugere-se o seguinte itinerário:
Porto (ou) Lisboa - Fátima - Torres Novas - Constância. Alojamento numa das unidades de Alojamento Local ou Turismo de Habitação. Prova do doce conventual, representado maioritariamente pelo Queijinho do Céu, confeccionado de forma tradicional e com muita dedicação pelas Irmãs Clarissas que habitam e asseguram a manutenção do Mosteiro de nossa Senhora da Boa Esperança em Montalvo (uma das freguesias do Concelho de Constância). N'O Cafe da Praça, em pleno centro histórico, a 2 metros do Pelourinho. Geralmente caem bem com 1 licor ou vinho do porto, mas também 1 chá ou café.

Um dos atractivos de Constância é a disponibilidade de espaços e ainda a facilidade de estacionar gratuitamente  o automóvel em pleno centro histórico, a escassos metros da praça principal (Praça Alexandre Herculano).  A autarquia, que aposta no Turismo como um importante contributo para a economia local, acompanhará, acreditamos, o actual e o previsível aumento de turistas com a implementação de infra-estruturas públicas e de serviços institucionais. 


Bem pertinho da Praça Alexandre Herculano, na Av. das Forças Armadas encontra-se o Jardim-Horto de Camões, cuja visita vale a pena pela cultura que se assimila e que nos envolve nas aventuras de Luis de Camoes.
Aqui se encontra a esfera armilar que foi transportada de helicóptero de Lisboa para cá, a Távola de Ptolomeu que reproduz os deuses mitológicos a quem Camoes pedia inspiração para narrar, ou protecção para os Lusitanos levarem a bom porto a sua epopeia. Mais de 50 espécies de plantas, arbustos e flores diferentes, sendo cada espécimen identificado por uma estrofe deste poeta, a réplica da sua Casa de Macau, um anfi-teatro acústico, construído em conformidade com as técnicas da Antiguidade Clássica.
Um passeio pelas margens dos rios Zêzere e Tejo que aqui se encontram é revigorante e poetico.
  Visitar o Centro Ciencia Viva e ouvir uma palestra de astronomia é cientificamente muito interessante. Só a paisagem que dai de cima se vislumbra compensaria a deslocação.
Um percurso de Identificação da flora e fauna e usufruto da Natureza, guiado por pessoas especializadas do Parque Ambiental de Santa Margarida, onde se encontra também o Borboletário Tropical é do agrado geral de adultos e crianças.
Seguindo em direcção a Abrantes, não deve perder uma visita ao Castelo.
Em direcção a Vila de Rei sai em Milreu, visita os miradouros Fragas do Rabadao, do Penedo Furado, as quedas das Bufareiras, as Piscinas Naturais. Retomando a estrada visita o monumento do Centro Geodésico de Portugal, a 1 KM de Vila de Rei.
Descobrirá paisagens de encantar na bacia do Zezere, seguindo para Ferreira do Zezere, Dornes, Tomar. E já deve ser tarde. Mas nao perca uma visita ao Castelo do Almourol pertinho do poligono de Tancos, a seguir à Escola Pratica de Engenharia. Entre as 10 e as 12:30 e entre as 14:00 e as 16:30 faça uma curta viagem de barco para aceder ao castelo. Vai imaginar como seria Portugal no tempo dos Mouros, Senhores Feudais e dos Templarios.
Para tudo isto, é aconselhável que fique por cá.
Votos de um Ano Novo muito feliz, pleno de realizações e de paz nos corações.
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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Natal Reciclado ou Natal Comunitário



Sendo o Natal uma quadra festiva com significado especial para as crianças, é natural que a criança que há em nós transporte e evoque as imagens e a magia das histórias que lhe ficaram na memória quando escreve sobre o Natal.
Histórias contadas à lareira, depois da ceia e durante os jogos do "rapa-tira-deixa-põe".
No dia de Natal as crianças acordavam mais cedo  entusiasmadas com a prenda que o Menino Jesus tinha deixado – umas peúgas, camisola, calças, com aquele cheiro a novo, que haviam de levar daí a umas horas à Missa do Dia onde também beijariam o Menino Jesus, que era retirado da caminha de palha na cabaninha do presépio que simbolizava a manjedoura onde nasceu.

O primeiro presépio terá sido montado em argila por São  Francisco de Assis em 1223 na Floresta de Greccio, para explicar mais claramente o Natal às pessoas comuns , na sua maioria camponeses que não conseguiam entender o nascimento de Jesus (em “Teologia, Doutrina, Catequese").

Montar o presépio tornou-se um hábito, com toda a carga simbólica: Familia unida, simples, trabalhadora, crente; a Natureza (montes, pastoreio), o Universo (estrelas) e a Boa Nova (Anjos).
Ir ao musgo aos montes, trazer pedras de vários tamanhos para com elas fazer os relevos dos presépios era um hábito de adultos e miúdos nas aldeias de Portugal.

Há dois mil anos não havia reciclagem, simplesmente se comia ou usava aquilo que se produzia ou fazia; tudo era aproveitado.

A tradição da árvore de Natal começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, como velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.

A Reciclagem

Nos tempos que correm sim, faz todo o sentido o reaproveitamento. Mas o reaproveitamento é o resultado de excesso de consumo.
Pessoalmente não me agrada muito  ver as imagens características de um presépio representadas por garrafas de plástico ou cápsulas de café. Sejamos certinhos durante o ano, respeitemos o ambiente, mas demos a maior dignidade possível ao Natal. 

Não deixemos que a reciclagem retire ao Natal a carga simbólica. Sem quaisquer preferências nem fundamentalismos.

Esta quadra seria mais genuina  se toda a comunidade construísse um presépio num espaço público, sem qualquer protagonismo individual, mas com o espírito de alegria, generosidade, convivência sã, como se de uma verdadeira família se tratasse: O NATAL COMUNITÁRIO.





sábado, 9 de dezembro de 2017

A importância da comunicação na eficiência das operações


Sem qualquer saudosismo doentio, mas antes, lançando um olhar à distância, dei comigo a pensar na modernidade do hotel onde dei os meus primeiros passos na hotelaria em Setembro de 1967: O Hotel Estoril-Sol em Cascais.
Considerado o maior de Portugal durante anos (22 andares e 404 quartos) era também o mais moderno e, talvez o mais eficiente. Foi concebido, naturalmente, por quem conhecia a fundo a actividade hoteleira e dava grande importância à comunicação entre departamentos e entre pessoas como a chave para a eficiência.
Também a comunicabilidade entre a produção (Cozinhas, Economato, Dispensas) e as de exploração (restaurantes, bares, salões de eventos) foi pensada ao pormenor. Na ombreira da porta de cada quarto existiam 3 sinais luminosos estilo semáforo comandados por uma chave especial que indicava a presença da empregada a fazer a saída (vermelho) a manutenção (amarelo). Quando a empregada tirava a chave, ficava a cor verde. Um painel gigantesco luminoso indicava, na Recepção, o estado de cada um dos 404 quartos.

A transmissão de informações importantes era assegurada pelo sistema de Tubos Pneumáticos, em cápsulas, estilo lata de bolas de ténis propulsionadas por vácuo, onde se inserem os documentos a transportar (caso de saída inesperada para os departamentos certificarem a existência ou não de consumos de clientes, comunicações da direcção para os chefes de departamento, etc.). As cápsulas atingem uma velocidade média de 10 metros por segundo. No Estoril-Sol a central passava pelo Back-Office e percorria todos os ofícios e gabinetes de trabalho dos 22 pisos.
Estávamos no tempo do SNI, da Sociedade Propaganda de Cascais, do Corso Carnavalesco promovido pela SPC pela Sociedade Estoril-Sol.
Histórias como estas e tantas outras foram por mim gravadas no livro Histórias d’Hotel.
Hoje, surpreendentemente, a maioria dos hotéis ainda usa walkie-talkies para se comunicar entre a Recepção e a Governanta, mas com a tecnologia agora disponível, as empregadas podem usar um smartphone, para entrar no Software PMS e verificar quais os quartos prontos para serem limpos, mudar o estado dos quartos quando são limpos e inspeccionados, ou até mesmo verifique o nome do hóspede antes de bater à porta. Mais eficiente? Não sei. Mas mais exigente em termos de capacidade de adaptação dos colaboradores, sem dúvida.
Texto escrito em desacordo com o AO

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Industria, Turismo, Regeneração da Floresta

Razão tem o presidente da Turismo Centro de Portugal – Dr. Pedro Machado -  em propor a alteração da ET 2027  como consequência da área ardida na maioria dos municípios integrantes daquela estrutura e dos avultados prejuízos materiais e paisagísticos.
Esta área ardida desfigurou completamente a paisagem.
Uma proposta desta dimensão implica a envolvência de vários ministérios, das autoridades, das autarquias, da sociedade civil, enfim, do Estado português.
•         Não chegando ao ponto de uma lei taliónica, faria todo o sentido rever o código penal para provados crimes que atentem colectivamente contra os bens da natureza, especialmente se resultarem em perdas da vida humana.
•         Reduzir ao máximo o número de embalagens descartáveis, consciencializando que nas caminhadas é mais saudável beber líquidos por um cantil devidamente isolado termicamente.
•         Colocar pontos de recolha de materiais descartáveis ao longo de percursos fluviais,  pedestres e de cicloturismo.
•         Promover as boas práticas e exigir das empresas que promovem actividades ao ar livre a sua aplicação aos seus clientes.
•         Considerando que a floresta ocupa 35% do território, deveriam ser concedidos incentivos fiscais à produção de energia e combustíveis  de biomassa dos subprodutos da floresta, da indústria da madeira e dos resíduos sólidos urbanos.
•         Incluir os municípios na elaboração rápida de estudos geográficos e topográficos  para oficializar a implantação de clareiras  e a alienação de faixas para pedestrianismo e cicloturismo em áreas superiores a X quilómetros quadrados. Essas clareiras deveriam ser  lagos e linhas de água, preferencialmente,  captada da chuva e de furos, mas não como aconteceu aqui perto, segundo me contaram: havia tanques para os aviões e helicópteros de combate se abastecerem, mas estiveram  vazios durante a época de incêndios que agora terminou. Os proprietários que não tivessem meios para os fazer, o município asseguraria a sua realização mediante pagamento.
•         Transformar extensões ardidas em quintas comunitárias e pedagógicas, captando um turismo solidário com o ambiente, a natureza, a humanidade, u turista que marca território e a ele se fideliza.
•         Tudo isto somado teria como resultado a Sustentabilidade Económica, Ambiental, através de uma consciencialização solidária, emotiva e motivacional.

A Bem do Homem, da Floresta, do Turismo, da Inteligência




segunda-feira, 2 de outubro de 2017

TRANQUILIDADE


O meu estado é de tranquilidade em vários aspectos:
PROFISSIONAL:  A actividade  turística a que estou ligado há muitos anos, não vai diminuir em Constância nos próximos anos. Pelo contrário, espera-se um aumento porque:
- Novas ideias surgirão;
- Haverá maior motivação para uma participação alargada aos interessados na definição de estratégias para a formação do produto turístico “Constância” consistente, credível, duradouro, consciente social e ambientalmente, logo, mais e diversificadas actividades contribuirão para uma melhor saúde económica do concelho de Constância.

PESSOAL
Desde miúdo que fui educado a respeitar os superiores, especialmente os legitimamente eleitos. E assim continuarei, reservando-me, contudo, ao direito de argumentar quando não concordar com decisões ou omissões.

CIVICO
Tranquilo porque, nos últimos meses exerci em plenitude, dentro das minhas possibilidades, um dever de cidadania e um direito que me assiste constitucionalmente. Sem atropelos, sem animosidades, que, por isso mesmo, muito me regozijou. Especialmente porque, quem me convidou, viu algum valor em mim.

ESPERANÇA E OPTIMISMO
- Esperança num futuro mais promissor para os meus sucessores e para todos os jovens.
- Na minha capacidade de colocar em prática o que aprendi na vida profissional, pessoal, nas escolas e de continuar a aprender com quem lido profissional e pessoalmente.

- Optimismo com a certeza de que o que aprendi com os melhores, com a minha dedicação à aprendizagem e ao estudo e o que humildemente vou aprendendo na minha convivência diária, é propriedade minha, mas partilhável num ambiente de honestidade, de reciprocidade, de sinceridade em objectivos que me provoquem emoções e satisfação pessoal.
De
Constância para todos os meus círculos

sábado, 30 de setembro de 2017

A Rosa do meu jardim

Flor minha, que murchaste,
Que caíste triste e abandonada
Deste mundo traiçoeiro incompreendida,
Humilhada, amada, odiada e ofendida.

Uma estaca para apoio procuraste
De entre as muitas do roseiral onde estavas.
Mas teus picos não chegaram lá.
Tremeste, esmoreceste, porque traíste aqueles
Do meio onde cresceste, da água que te saciou e na qual
Tuas pétalas lavavas.            
Meu coração chora de tristeza
E de alegria também.
Porque  bela sempre foste, perfume espalhaste.
Mas estavas com toda a certeza,

Alheada de quem te quis bem.


sábado, 12 de agosto de 2017

A irreversível cedência de Isenção às Minorias

"A medida tem como objetivo promover a inclusão e igualdade."

"Ladies and gentlemen", ou senhoras e senhores, é uma expressão típica de saudação em vários locais. O metro de Londres é obviamente um desses sítios, mas agora os condutores, e as gravações pré-gravadas, vão deixar de usar essa expressão. Será mais do género Hello everybody - Olá a todos!
A linguagem é extremamente importante para a comunidade LGBT. Damos as boas-vindas aos anúncios neutros", disse o grupo LGBT Stonewall, em comunicado."


A irreversível cedência de Isenção às Minorias
Manda a Democracia e a Cidadania que a Tolerância e o Respeito  por Minorias, sejam elas  étnicas, religiosas, sexuais, dominantes, culturais, e outras, constituam  algumas das normas de conduta dos Governos, Autoridades, Autarquias, e de toda a Sociedade.
Tolerância e Respeito não isenta o País, a Região ou a Edilidade de uma política de inclusão no nosso meio-ambiente, na sociedade e no respeito pelas leis que nos regem.



Estas normas não significam (e muito menos justificam) , em meu entender, qualquer submissão  num gesto de fechar os olhos ou de rendição, nem a isenção de responsabilidade deontológica, civil e criminal no cumprimento da lei, no respeito pelo património e pelos nossos usos e costumes, pela aplicação da justiça.
Quem não acatar as leis locais deve regressar ao seu local de origem.
Não é o país acolhedor que se deve submeter às vontades das minorias, alterando seus princípios, tirando vida, inclusivé, a coisas que nasceram para terem vida.
Uma minoria étnica ou cultural ou qualquer outra não é personalidade jurídica, logo não pode ser acusada. Mas os seus membros, como pessoas, sim. E é como pessoas que temos que ver e tratar os membros das várias minorias. Não podemos permitir que se refugiem no clã para escaparem à lei e à aplicação da justiça, desculpando-se com crenças, preconceitos, hábitos e tradições dessas minorias.
Dito isto, as nossas autoridades têm toda a legitimidade para impor a todos os cidadãos que estão no nosso território o cumprimento da lei, promovendo, antes de mais, acções de familiarização com os bons usos e costumes e com O Proibido, com O Não-recomendável e com O Permitido.

Aliás, as noções de cidadania deveriam ser transmitidas antes de serem concedidos documentos oficiais definitivos a quem pede a nossa nacionalidade.
É incompreensível e desoladora a falta de animação intrínseca a equipamentos (leia-se animação como a vida que as coisas têm):
 A vida num aquário é reconhecida pela existência de peixes, a de um lago pela existência de  água corrente ou a borbulhar. Nele se podem aplicar elementos decorativos e/ou úteis,  como elementos de dissuasão do uso indevido da água. Eu poderia apresentar aqui alguns exemplos, mas não fui a isso chamado.

domingo, 18 de junho de 2017

ETC – Ética, Turismo e Cidadania

Ou Ética e Cidadania para o Turismo pode muito bem vir a ser uma disciplina a leccionar a partir do 5º Ano Unificado.
Nunca é tarde demais, mas já não é cedo para alertar consciências de que o nosso comportamento como cidadãos, empresários, turistas, perante o Ambiente, dita a sustentabilidade ou o insucesso do desenvolvimento económico e social através do Turismo, da região onde habitamos.
“Do parapente à caminhada, passando pela espeleologia, escalada, passeios de BTT, birdwatching, canoagem, mergulho, surf, muitas são as actividades que actualmente estão ao dispor do público em geral, seja no ar, na terra ou na água.” Segundo o Instituto para a Conservação da Natureza, é responsabilidade inalienável de todos os praticantes de actividades de ar livre o respeito pela natureza, biodiversidade, património cultural e populações locais.
O que vemos em algumas esplanadas são beatas no chão, mesmo existindo cinzeiros em cima das mesas. O que vemos nas bermas das nossas estradas, dos caminhos e trilhos, no percurso de algumas rotas são garrafas vazias de plástico, garrafões, sacos, papeis, lixo; sinalética deteriorada ou ilegível; tudo isto demonstra uma autêntica ausência de ética, de cidadania, um ataque ao ambiente, e um total desrespeito pela segurança e bem-estar das pessoas.




Do fundo do mar e das nossas praias  são retiradas anualmente toneladas de  lixo e de produtos contaminantes da fauna marinha.

Do outro lado encontramos traçados de rotas sem qualquer segurança para cicloturistas, pedestrianistas, automobilistas.
O substancial aumento de turistas e visitantes, porque “Portugal é IN” devido sobretudo a transportes baratos, insegurança noutros países, parece ter despertado a ganância desmedida de vender, por exemplo, 25 cl de água por 2 Euros em alguns cafés, restaurantes, esplanadas. Depois, quando vier a pacificação (espero que por meios pacíficos), lamentamos a nossa má-sorte no funeral da "galinha dos ovos d'oiro".
Hábitos de consumo e de comercialização terão de mudar. Por maiores compromissos que Tratados prevejam, e boas vontades neles se professe, de nada vale se não começarmos por respeitar e exigir o respeito pelo Código de Ética Mundial para o Turismo. Talvez começar por proibir o consumo e venda de bebidas em embalagens descartáveis. O comprador ou traz cantil ou adquire a preços de descarte proibitivo um recipiente reutilizável no estabelecimento onde adquirir a bebida.
Em comunhão com a Natureza

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Nós é que escolhemos

Santa Bárbara tem protegido crentes e não-crentes de chuvadas, trovoadas e tempestades nos dias santos e nos dias de feriado, sendo nós, consequentemente, abençoados com dias radiosos de sol, que motivam os viajeiros, turistas e aventureiros, sob o manto protector de São Cristóvão, a descobrirem recantos deste bonito Portugal, à procura de emoções nas paisagens e nos sabores, e história e conhecimento na arquitectura e no património.

Nós, que escolhemos como modo de vida, prestar serviços a turistas e visitantes (não gosto do termo correcto “excursionista” quando se deslocam individualmente), e delas dependemos economicamente, ocupamos um lugar privilegiado na roda da sorte, porque o “consumidor” dos nossos serviços vem até nós.
Porém, não sabemos aproveitar, por vezes, as oportunidades, desperdiçando a sorte de termos um mercado que nos procura. Sentimo-nos iguais se, como os nossos visitantes, descansarmos num dia de feriado. Há igualdade, é certo; mas não perdemos a dignidade, se trabalharmos nesses dias, permanentemente com profissionalismo, dando assim resposta à procura que aumenta 6 ou 7 vezes em relação à considerada procura normal. E contribuimos, com a nossa prestação, para a afirmação dos valores inatingíveis do nosso lugar.

Na nossa actividade há gestores que:
* Sabem quantificar a diferença entre o resultado de estar aberto e as compensações financeiras que têm de pagar por trabalho em dia de feriado.
• E também há outros que sabem adequar o tipo de oferta ao volume de procura de forma a servir todos de uma forma fluente, optando por BUFFET, BARBECUE, Do it Yourself, etc.
•E há aqueles que pura e simplesmente decidem “que me importa que seja feriado; é dia de estar fechado, fecha. Pronto”. Estes são os que escolheram o MODO DE VIDA errado.
O que é chato é que, durante o ano, queixam-se que a “Santa Câmara” não faz nada para resolver o problema deles – a baixa procura de inverno. E não tem nada mais a fazer, para além de manter o território atractivo, atraente e acessível, e criar condições para a livre e individual iniciativa de promoção dos serviços e estabelecimentos de uma forma inovadora e criativa; Simplesmente pela razão de que as receitas são para eles e não para a autarquia.
Não havendo iniciativa de procurar o mercado, de o atrair com novidades, de promover a qualidade, de garantir ao consumidor a satisfação da maioria e mais importantes expectativas, não há SANTA EDWIGES nem SÃO JOÃO que nos valha.
Outras iniciativas
Nota: Este texto não respeita, deliberadamente, o novo acordo ortográfico, porque entendo que a etimologia da palavra é a raíz que sustenta a história de uma língua.
Na Natureza

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Em forma de homenagem a Manuela Azevedo

Apesar de relatar factos e recordações, recusei chamar Epístola a este diálogo, por respeito àquilo como se definia enquanto cidadã: “Republicana, Socialista e Laica”.
Lembro-me, D. Manuela, de a ver conduzir com muito cuidado, porque a visão estava a diminuir, o seu automóvel Fiat 124 de cor amarelada. Ficava, nessa altura, na Quinta de Santa Bárbara. Era o ano da minha vinda para Constância, em 1993. Tinha eu 40 anos e a senhora 82.
Seguidamente conheceu a Casa João Chagas. Preferiu o primeiro  quarto que lhe mostrei que eu tinha denominado “Constância" – o 102. E passou a ficar lá, pelo menos por 100 vezes desde esse ano até talvez 2008.

Por causa do enfraquecimento progressivo da vista, passou a vir com sua irmã Maria Alexandre e seu marido Jorge Maria Bessonne Basto, no Fiat Tipo que possuíam. E quando ele não estava disponível, apanhava o comboio desde Santa Apolónia até ao Entroncamento onde o Fernando do Jardim-Horto e, depois da sua prematura partida a São, a recebiam e transportavam para Constância.
À chegada não ia logo descansar; só ao fim da tarde, porque mais importante para si era o Jardim-Horto e a Casa-Memória de Camões, que necessitava de desbloqueamento de verbas para terminar a recuperação. E ultrapassou obstáculos, moveu montanhas, mas conseguiu o desbloqueamento. E as obras recomeçaram. E terminaram no seu tempo.

 Lembro-me do convite que lhe fiz para jantarmos todos uma refeição por mim confeccionada na Casa João Chagas (dotada apenas de uma escassa copa e 1 fogão caseiro): a senhora, a irmã e marido, um outro cliente – jornalista - , minha mulher e eu. Perguntou-me que sopa era aquela.
- Sopa Dama Branca, respondi .
Provou, e gostou, com aqueles croutons estaladiços. Não resistiu a repetir o Lombo de Porco Estufado. Eu tive o cuidado de chamar a atenção de não ser cozinheiro, mas gostar experimentar. Perguntou-me por que razão eu oferecia o jantar. Respondi-lhe que a minha filosofia era a de Turismo de Habitação, em que o cliente é uma pessoa, tem sentimentos, e não um número; que o turismo é feito de relações humanas. Foi nesse jantar que me confidenciou a sua outra paixão: Aprofundar a vida de São Frei Gil de Santarém, especialmente as lendas e histórias sobre a si. No dia seguinte o jornalista confidenciava-me:
 - Esta senhora é daquelas personagens difíceis de entrevistar, porque têm um raciocínio rápido e mudam muito depressa. 

E aquele dia chegou; o dia em que as maiorias decidiram em assembleia, e o consequente desabafo que teve comigo, sentada numa das cadeiras da esplanada de O Café da Praça com um semblante triste, deprimido:
Nunca mais volto a Constância!...
 - Porquê, D. Manuela? - Não me querem cá. 
 Mas voltou. Porque transformou a prateleira em trono,Voltou porque a foram buscar para a homenagear junto à casa que levantou. E onde uma lápide se descerrou, mas eu não a vi. E tenho pena. Que Deus a acompanhe, D. Manuela, porque o saldo da sua vida foi positivo.



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

ET 27 e os Hoteleiros

Uma das linhas orientadoras presentes na Estratégia para  Turismo até 2027 é diminuir as Assimetrias Regionais, atender às necessidades das empresas no que respeita à Formação de Recursos Humanos, pugnar por uma Retribuição mais Justa a quem trabalha no sector.


http://constancia.net/website/95/index.htm


Hotelaria é uma actividade intensa, que provoca desgaste físico e mental merecendo, por isso os seus operadores, condições sociais e financeiras que lhe permitam viver condignamente, para desempenharem as suas tarefas com envolvimento emocional.
Por outro lado, a actividade está sujeita às leis do mercado que se alteram em função da procura e da oferta. E esta, diga-se de passagem, tem aumentado exponencialmente, como cogumelos que nascem numa selva cujos caminhos são um pouco sinuosos e sem aparente fim à vista. Parecendo gladiadores da Antiguidade Clássica, tomam parte numa luta ditada pela procura e arbitrada pelas plataformas online.
https://www.hotelscombined.pt/Place/Estoril.htm?a_aid=94438

hoteleiros (donos de hotéis)  que, embora tenham uma palavra final (geralmente vinculativa) sobre a operação, delegam a direcção do negócio a gestores profissionais, neste caso o Director de Hotel, muitas vezes confundido com o hoteleiro, talvez por ter uma grande autonomia.
Não é de todo impossível que o hoteleiro (dono do hotel), estabeleça uma compensação ao seu director em função dos resultados de exploração (Lucro antes de Impostos). Nesta situação, é o dirigente que estabelece a política de salários definida em função de muitas variantes.

Qual é a diferença entre banqueiro e bancário?
A diferença semântica entre as palavras banqueiro e bancário é pequena. Bancário é aquela pessoa que trabalha em um banco, seja como atendente, caixa, gerente ou outro cargo. Banqueiro é o dono do banco. Na prática, a diferença entre as duas profissões é enorme, especialmente no que diz respeito aos ganhos. Enquanto o bancário tem um salário, os ganhos do banqueiro são determinados pela performance do banco. Quanto melhor for a actuação do banco, mais o lucro de seu proprietário.


http://historiasdhotel.blogspot.com

Nota: Se o escrevesse hoje, seria com a mesma ortografia, porque entendo que a etimologia das palavras é a raiz que sustenta a riqueza cultural de uma língua

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Influência, Tendência, Futurologia


É  cada vez mais visível a influência das aplicações online na maneira de as pessoas verem o mundo que as rodeia, mesmo à sua volta, construídas como sendo o caminho possível para alcançar a ilusória perfeição.

Escrevia uma consultora  numa revista, este fim-de-semana, que há muitas pessoas de sucesso, jovens de ambos os géneros, bem sucedidos nos seus empregos, com posses financeiras para viverem uma vida desafogada, que se sentem   num estado de inconseguimento, porque ainda não encontraram a pessoa com quem idealizam viver, apesar de procurarem incessantemente o amor das suas vidas, depois de uma experiência falhada, ou porque buscam a inalcançável perfeição.

Não se consciencializando que ninguém é perfeito, mas que todos possuímos qualidades e defeitos, essas pessoas desesperam de tanto esperar e não encontrar.

* Estudos de organismos de análise comportamental perante o mundo online, como o Annual Bright Local Local Consumer Review Survey 2016,indicam que:



84% das pessoas confiam nas opiniões online no mesmo grau que as recomendações boca-a-boca.
 7 em cada 10 consumidores aceitam deixar uma opinião online se lhes for pedido.
 90% dos consumidores têm uma opinião formada de um estabelecimento, produto, ou serviço, lendo menos de 10 opiniões.
 54% das pessoas visitam o website depois de lerem opiniões positivas.
 73% dos consumidores  definem como pouco relevantes as opiniões com mais de 3 meses. 
74% dos consumidores dizem que as opiniões positivas lhes dão um maior sentimento de confiança num local business.
58% dos consumidores dizem que a classificação online por estrelas de um negócio local (café, restaurante), é a mais importante.

* Está em fase adiantada o desenvolvimento da IoT (Internet das Coisas) e da Inteligência Artificial.
Há poucos dias foi apresentada no stand português na FITUR a utilização da Realidade Virtual na escolha do destino mais adequado a um determinado turista,  em função das suas expectativas e  do seu perfil.

Fala-se até que daqui a  alguns anos, pessoas preferirão como companheiro  um Robô “masculino” ou  ”feminino” à de uma pessoa humana, porque o “companheiro  electrónico” nunca está  de mau-humor, sabe fazer carícias, trabalha sem reclamar, não dá desculpas de “fadiga”, cansaço, dores de barriga ou de cabeça. E sabe interpretar e satisfazer as carências com uma dedicação total e um carinho quase realista.


Por essa altura, lá para a década trinta deste século, serão pequenos utensílios electrónicos que estabelecem e fornecem ao chef as capitações pesadas e medidas rigorosamente ao miligrama ou ao mililitro, e aos clientes as doses com o conteúdo e gramagem certa consoante o género, faixa etária, doenças de que padece, estilo de vida.

Uma opção na reserva de um quarto de hotel será: “Com ou sem Serviço de Limpeza”, porque cada cliente poderá fazer-se acompanhar do seu fiel Electronic Spouse  Mike ou Suzie – companheiros para todo-o-serviço, inclusivamente higienizar e  perfumar o quarto e criar ambientes. a que o seu "human spouse/master" está habituado.
Desaparecerá a sinalética “Proibida a entrada de animais” simplesmente porque a era da compra/adopção de animais já está ultrapassada. 



A actividade profissional de Empregados de Mesa e de Empregadas de Quartos poderá sofrer profundas alterações. A Housekeeper terá uma excelente prestação, sem falhas, de 2 ou 3 robots por cada andar de quartos, sem preocupação de substituição nas folgas, férias, feriados.

Nota: Ignorei o recente acordo ortográfico porque entendo que origem das palavras é a raíz que sustenta a riqueza cultural de uma língua.