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domingo, 19 de julho de 2020

Admirável Mundo Novo do Turismo

Após o período de confinamento obrigatório quase simultâneo numa infinidade de países, durante o qual a actividade económica se reduziu praticamente à movimentação de bens de primeira necessidade, esses mesmos países foram-se dando conta de que a economia deveria ser retomada, e, quase em uníssono, adoptando medidas semelhantes, foram reabrindo as actividades num ambiente mais seguro para pessoas e bens.

As medidas adoptadas para reduzirem o perigo de contagiar e de ser contagiado não diferem muito de país para país. Dois tipos de comportamento humano resultaram do período de confinamento:
 • A valorização do mundo à volta de si, espaço pessoal e familiar, numa adaptação conjunta a novos hábitos e eventual controlo nos consumos e uma consciencialização ambiental e cívica mais convicta. • O desejo desenfreado da evasão, como se de uma libertação se tratasse, com resultados diferentes: uns de contestação e, desobediência praticando actos desaconselhados, como que desafiando a autoridade e a legalidade das normas, e outros de pura evasão, com vincado desejo de viajar, mesmo sabendo que terão de conviver com a ameaça do Covid19 enquanto não surgir a vacina que o erradique.

• O turismo doméstico está em ascensão, visto por uns como um dever de solidariedade nacional e outros como acessibilidade económica e oportunidade de aprofundar os conhecimentos culturais dos seus países. A procura de informações do destinos e reservas cada vez mais online, os automatismos nos acessos aos edifícios cada vez mais através de aplicações. O que encontra então o turista neste novo mundo?
O mesmo património que, ao contrário de uma guerra tradicional a pandemia não destrói, e um comportamento humano quase autómato , diria impessoal, igual ao de onde veio, porque a máscara é isso mesmo: mascara a verdadeira personalidade e inibe a comunicação.
Os governos impõem comportamentos aos cidadãos. Uns aceitam, outros evitam, e ainda outros recusam.
Muitos dos que se habituaram às normas e as adoptam como uma coisa natural, diversificam a aparência como se fossem criadores de moda a proporem feitios, cores e tecidos de máscara, que se que fazem pandan com o “prêt-à-porter” feminino, masculino.

 Quem responde pelo incumprimento dos clientes? Os responsáveis pelo estabelecimento . Com que autoridade? Agora são polícias? Que podem eles fazer se o cliente não tem máscara nem a quer adquirir, se o cliente deita beatas para o chão (atenção à eficácia do decreto das beatas a partir de 3 de Setembro). Ele não pode aplicar coimas. E a policia está noutro lado. É triste impor a cidadania através de multas e repressão. Mas se calhar funciona melhor, à falta de (in) formação.
Este é o momento de fazer férias cá dentro.