O Turismo
não é, por si só, uma actividade económica, mas antes, o resultado de várias
motivações e a necessidade de adquirir conhecimento e absorver culturas, que
faz o indivíduo viajar para outros lugares e enriquecer o conhecimento,
interagindo com os povos visitados. Concertos,
gastronomia, actividades secundárias, descoberta, paisagismo, culturas e modos
de viver, conhecimento, são motivações do turismo gastronómico, contemplativo,
de lazer, do conhecimento, militar, industrial, etc.
A mais
antiga empresa industrial de Portugal, segundo registos, é a Celulose do Caima.
A sua história, a evolução ao longo de 130
anos e a sua responsabilidade económica
e social, estão visíveis na exposição na Casa-Memória Camões em Constância.
Antes o
algodão, o linho e o cânhamo eram os produtos que eram utilizados na confecção
do papel.
Em 1888 a
família anglo-sueca Bergvist residente no Porto, funda a sociedade The Caima Timer Estate & Wood Pulp Company, Lda e adquire, no ano
seguinte, uma quinta nas margens do rio Caima, onde foi implantada e inaugurada
em 1891 a Fábrica de Pasta de Papel.
O seu
primeiro gerente foi o britânico William Cruikshank, ex-proprietário da quinta
e, até então, director das Minas do Palhal.
Cotada em
Bolsa, em 1922 a multinacional Hibstock adquire 500 ações na Bolsa de Londres,
tornando-se no principal shareholder.
Hoje a
Fábrica produz celulose solúvel, muito aplicada na industria têxtil, e em
variados sectores.
Hoje a Caima
é auto-suficiente em electricidade, tem a sua própria produção de energia
eléctrica renovável, suficiente para fornecer todo o concelho.
Uma longa
história de desenvolvimento económico, mas também de alguns sobressaltos
sociais, acessível ao público na exposição “De Albergaria a Constância- 130
anos de inovação”, patente ao público na Casa-Memória Camões em Constância até
ao dia 18 de Maio 2019.
Há lugar a
conferências, às 17h30 nas seguintes datas:
18 Jan: “Os
Ingleses da Caima”, por Sofia Costa Macedo
15 Fev:
“Antes era o vapor: contribuições para o estudo histórico da energia na Caima”,
por Susana Pacheco
22 Mar: “Na
génese da Fábrica de Papel da Caima: Minas, Quintas e Madeiras”, por Jorge Custódio.
Constância: Visitar e ficar |