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sábado, 13 de abril de 2024

Viva a Liberdade

 

De ser livre, De exprimir o que pensa,

De respeitar as diferenças, simpatias, crenças, preferências.

Este tema foge um pouco ao género de artigos e opiniões que publico em blogue ou jornal online.

Mas porque se aproxima a comemoração do dia 25 de Abril, que mudou regimes e mentalidades, quis trazer para aqui memórias da minha infância.



O País é tão pequenino, que nenhuma região pode apoderar-se do epíteto “a mais sacrificada”, a "mais explorada", "a mais revoltada"!

Antes da data prestes a ser celebrada, a formatação da sociedade era “ trabalha para te manteres” ou

quem não trabuca não manduca”. E cedinho, de tenra idade, se absorvia este princípio.

A riqueza estava na terra, porque era dela que saíam os alimentos. Pouca maquinaria, trabalho braçal. Pouca maquia, tracção animal.

E as cantigas para se transformar a tristeza em alegria originaram a riqueza do cancioneiro popular. Em todas as regiões.

Numas terras, de sol a sol, noutras, antes do sol nascer até a noite cair.

Couves e batatas ao almoço, caldo com “sustança” à noite.

Os jornaleiros (homens que trabalhavam à jornada, do nascer ao por do sol ) manifestavam o seu desagrado com a cantilena:

Pão boleinto, binho binagreinto, sardinha salgada? Descansa corpo, trabalha enxada!”




Interpretação: Esta é uma oração consecutiva à oração principal que não está no texto: "Tu dás-me"  pão com bolor, sardinha salgada, vinho já com sabor a vinagre, então a enxada que trabalhe sòzinha. 

Há outra frase que interpretava o mal-estar da exploração laboral: "de graça e a seco, que trabalhem os cães" (sem retribuição nem comida...)

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