https://follow.it/quepenatenho

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Hotelaria e Restauração no Pós-Crise




Muitas nações irão considerar actual, e talvez transportem para a realidade o significado da célebre frase de J. F.  Kennedy: “Não perguntes o que é que o país pode fazer por ti; pergunta antes o que é que tu podes fazer pelo teu país”.

O sucesso só poderá ser alcançado se a promoção dos empreendimentos estiver em sintonia com as politicas publicas do destino no sentido de transmitir ao mercado confiança e segurança

Nenhum país pode ainda calcular o custo do combate à pandemia Covi19 .
Não podemos estranhar se vários governos pedirem aos cidadãos um sacrifício extra materializado numa taxa de solidariedade:
          Faça férias no seu país;
          Contribua com uma percentagem do subsídio de férias a que tem direito, para levantar a economia do seu país que foi devastada na assistência aos infectados com o Coronna vírus.
São medidas discutíveis, porque, se por um lado, melhoram as economias internas, por outro a economia fecha-se ao exterior.
Porém, tenhamos em consideração que não haverá estabilidade antes de a vacina indicada para erradicar o virús ser disponibilizada às populações. Vamos ter 2 ou 3 anos com períodos de instabilidade, decorrente da ameaça de repetições.

Ora, como a hotelaria e a restauração são actividades que dependem fortemente  da aviação comercial, a composição dos mercados estará condicionada ao desempenho daquelas que  vão sobreviver: primeiro por causa da redução ou interrupção de actividade  por tempo indeterminado e depois como consequência das condições para a retoma que forçosamente vai ter que respeitar imposições reguladoras de quota máxima de ocupação (os passageiros não podem ser transportados como sardinha em  lata). A capacidade será reduzida,  logo é necessário subir as tarifas aéreas para atingir o limiar de rentabilidade.


Nesta indefinição de mercado, as empresas hoteleiras e de restauração terão que viver com o mercado de proximidade, reconhecendo-lhe igual importância a qualquer outro. Mas note-se que o mercado interno não pode ser tido como mercado de recurso. Quanto a mim é o que deve ser mais valorizado e acarinhado:
Hotéis com mercado nacional e espanhol e os restaurantes com o mercado vizinho: regional e nacional, desde que sejam capazes de transmitir a diferença em relação à concorrência.
Porém, nada vai ser como dantes, e vejamos quais as empresas que se manterão (na posse dos mesmos ou na posse de novos titulares).

Da maneira como vejo as coisas antecipo mudanças radicais, por um lado em obediência a regulamentações que vão surgir e por outro na forma de exploração adequada à rentabilidade do empreendimento. Não é minha intenção (nem tenho a capacidade de)  influenciar designers, criativos, engenheiros nem empreendedores.
          Estabelecimentos acessíveis ao publico após passagem por uma cabine de detecção e eliminação de agentes contaminantes em roupa e calçado e vários pontos de higienização de mãos.
          Estabelecimentos dotados de guichets de atendimento.
          Popularidade no uso de aplicações móveis para interagir com clientes.
          Tendência a acabar com a prestação do serviço de pequeno almoço tal como o conhecemos.
          Aumento de área das zonas publicas onde serão implantados espaços self-service e espaços onde clientes poderão confeccionar as suas próprias refeições, e pequenas lojas gourmet ou mini mercados para eles se abastecerem.
          Maior frequência de conferências online, reduzirão a importância do até agora indispensável mercado dos congressos para hotéis de 4 e 5 estrelas.
·         Maior número de reservas directamente com o hotel e com agências de viagens em detrimento das agências online (OTA’s. )
          Tendência para que seja o cliente a definir a classificação dos empreendimentos e não a tutela; em vez de estrelas os hotéis novos apresentar-se-ão ao mercado como temáticos (histórico, natureza, gastronómico, rural, citadino, exclusivo...), maior informalidade e uma cada vez maior preferência pela hotelaria familiar por aqueles que procuram experiências genuínas.
·         Roupa de cama descartavel,
·         Túnel entre os vestiários dos empregados e a secção de trabalho com pontos de eliminação de odores e vestígios de agentes contaminantes.
·         Equipamento Pessoal de Protecção Anti-bacteriana.
·         Elevado índice de intervenção IOT (internet das coisas) na operacionalidade de utensílios: abrir portas, torneiras, etc.
·         Elevado recurso à robótica. 
      Um elevado grau de conhecimentos tecnológicos será exigido não só aos gestores como também aos que processam toda a operação hoteleira.

    

terça-feira, 7 de abril de 2020

Constância - A Terra das 4 Pontes




As frequentes cheias do Tejo e do Zêzere impediam a circulação de carroças e de animais na única via de circulação – a Estrada do Campo.
A Ponte de Santo Antoninho Foi mandada construir por D. João VI, em 1825 “para utilidade pública”, enquanto  se abria a então chamada Estrada Nova, a ligar Punhete (actual Constância) à vizinha vila de Abrantes.
Hoje, a Ponte de Santo Antoninho tem a classificação de Conjunto de Interesse Público.
(Imagem retirada do portal da CMC)

A ponte que une os concelhos de Vila Nova da Barquinha ao sul do concelho de Constância foi  construída sobre o Tejo em 1861. Rapidamente foi substituída entre 1887 e 1890 sob a responsabilidade da Casa Eiffel. Por ela passa o comboio e, após reabilitação e adaptação, serve o trânsito rodoviário desde 1988.


O senso comum da época antecipou a ineficácia da barca que atravessava o Zêzere pela sua impetuosidade de inverno e previu a necessidade de tornar Constância (nova designação desde 1836) acessível ao viajante mais abastado, que, num futuro não muito distante, se deslocaria em automóvel à procura de uma terra como esta para descansar e ganhar novo fôlego tal como faziam fidalgos, reis e rainhas.
Construída em ferro sobre pilares de alvenaria, com 23 metros de altura,  a ponte foi inaugurada em 1892

O continuo aumento de tráfego rodoviário foi aberto ao trânsito, em 1995, o IP6 (agora A23), o que implicou a construção de uma nova ponte, em betão, poucas centenas de metros a montante.


A Ponte entre o passado e o futuro
A melhoria das vias de circulação está intimamente ligada ao desenvolvimento económico-social dos povos e à necessidade de evasão por múltiplos motivos, sendo a aculturação um deles.

A importância da posição estratégica de Constância no aspecto comercial e militar, como porta de entrada de mercadorias e pessoas de e para Lisboa, mereceu a recuperação do antigo castelo de Punhete pelos Templários, adquirido no seculo XVI por D. Joao de Sande que o transformou num palácio renascentista.
Nele se hospedou D. Sebastião em 1571, dando o foral à Vila de Punhete antes de se perder em Alcácer-Quibir. Também nos  anexos do palácio, na chamada Casa dos Arcos se teria recolhido Luis de Camões que tinha sido deportado.
Cultura e Turismo é um fenómeno que atravessa pontes, do Passado para o Futuro, passando pelo Presente.
Tanto para ver se por cá ficar uns dias

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Por um menor desemprego

Como é que o Estado pode reduzir em 9276 o número de desempregados


Esta crise provocada pelo vírus Covi 19 vai deixar inúmeras e irreparáveis consequências  na sociedade  e na economia, umas positivas e outras negativas.
Positivas:
- O ser humano apercebe-se da sua impotência e incapacidade para lidar com um inimigo invisível, reconhecendo a sua humildade perante a Natureza e a Ordem das Coisas.
- Vai deixar de ser tão consumista, será mais responsável nos seus comportamentos, dando maior importância ao Ambiente e aos Recursos Naturais.
- Vai perder muitos vícios e gerir os hábitos
Negativas:
- A economia praticamente que parou, lançando para o desemprego milhares de pessoas a nível nacional.
- Quando a retoma da economia acontecer, com a entrada em funcionamento de todas as actividades que subsistirem, vai ser de uma forma muito lenta, devendo atingir os níveis parecidos ao período antes da crise, daqui a 2 ou 3 anos.
Com uma maior consciencialização social adquirida durante a confinação, o consumo de bens não essenciais vai ser diferente, muito inferior, reflectindo-se num menor desempenho das economias locais.
O Governo pode contribuir para reduzir o número de desempregados se for dada a Pensão de Reforma sem penalização às 3 pessoas mais velhas de cada freguesia do País que tenham mais de 40 anos de descontos e 60 de idade. Um total de 9276 pessoas.
               
Luis Goncalves


A normalização da economia portuguesa debilitada pela crise mundial consegue-se consciencializando-nos que devemos comprar o que é nosso, nomeadamente a nivel de férias e shortbreaks. Sugerimos as zonas de interior como Constância 

sábado, 28 de março de 2020

Futuro da Hotelaria


Antes do fim de 2019 eu li num meio qualquer de comunicação social uma noticia que previa uma crise financeira internacional mais grave e mais duradoura do que a de 2008.
 Também no final do mesmo ano ou principio deste, uma destacada personagem europeia na cena financeira internacional afirmava numa entrevista a um jornal espanhol que o grande problema da Europa era ter cada vez mais pensionistas com uma crescente esperança de vida, e que cabia a cada estado encontrar a solução.
Ontem abri uma ligação Twitter para uma entrevista do Governador de um Estado norte-americano na qual afirmava que se alguém entre a população mais idosa quisesse morrer voluntariamente, estava a ajudar a economia.
Parece até que a pandemia é uma resposta aos problemas elencados por aquelas personalidades. O problema é que o vírus que a provoca tanto entra no rico como no pobre, com efeitos devastadores.

E o sector de hotelaria?
Na tentativa de reinventar, seguindo de algum modo as tendência de Turismo, novas fórmulas de alojamento foram surgindo, proporcionando ao turista a experienciação de algo novo dentro de um conceito de  informalidade.
Este fenómeno que apareceu muito rapidamente, coincidiu com clima de alteração social e de segurança de outros países, o que tornou Portugal um relevante destino turístico alternativo, com crescimentos anuais de entradas e de dormidas muito importantes.
Esta realidade atraiu investidores, pequenos e grandes, que viram na actividade de alojamento em hotelaria convencional e AL uma grande oportunidade de negócio e de alguma especulação, em certa opinião pública.
E o que se segue?
Uma inglória batalha em todo o mundo contra um micro-organismo que causa pânico, ansiedade, que faz parar movimentações, aumentando implacavelmente as dificuldades em cada dia que passa, para grandes e pequenos. Quem se safa? Quem se vai aguentar? Os grandes ou os pequenos? Costuma-se dizer que quanto maior é a nau, mais grande a tormenta.

Em 1974 toda a hotelaria nacional entrou em crise por causa da alteração política. Mas o Estado ajudou os hotéis e outras categorias de alojamento de qualquer dimensão através do IARN, no realojamento de cidadãos das ex-colónias que se tornaram independentes.
Será que voluntariamente alguns hotéis transformarão provisoriamente algumas áreas em alojamentos hospitalares, não só como resposta à urgente necessidade, mas também como forma de se manterem em funcionamento mediante subsídios retributivos do Estado?
Já sobre os AL’s não recairá essa opção do Estado, porque a logística exige uma determinada dimensão e panóplia de serviços.
No fim, uma coisa é certa. Muitos negócios de oportunidade vão ser feitos por quem puder; muita mudança de propriedade vai acontecer; não só em hotelaria.



quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Conversas superficiais de café




Uma sensação de um ligeiro vazio não só orgânico mas também emotivo fez-me parar naquele café, cujas três colunas visíveis do exterior  que sustentavam um alpendre me despertaram a atenção.
Além da vontade de saciar o apetite, queria ouvir coisas que me emocionassem, temas novos para mim.
“Está cá um frio…” foi o cumprimento que o funcionário me fez à chegada.
(Discutir a chuva, o sol, o bom tempo, nada tem de genial).
- É  tempo dele… Olhe, uma sandezinha arranja-se?
- Sim….
A minha mente viu uma semelhança do café que inspirou Joe Dassin para cantar a Praça Stanislav em Nancy, que deve o seu nome ao ex-rei da Polónia Estanislau nomeado Duque da Lorena por Luis XV.

 Esse era o ponto de encontro de políticos e “rendez-vous” de namorados. Neste, onde estou agora, reúnem-se grupos heterogéneos que falam de trivialidades.
Resultado de imagem para le café des trois colombes
(Imagem retirada de Google)

Na mesa do centro comenta-se:
Já viste o poder da internet? Bastou a publicação de 2 ou 3 vídeos e algumas imagens das cheias que 2 chavalos publicaram, para que 50% das reservas nos hotéis em Veneza fossem canceladas. Já viste o prejuízo? . Isto tem cá um poder! … e é um perigo… sabe-se tudo uns dos outros.
Já ouvi falar que as coisas andam sozinhas, pensam e falam, que qualquer dia o homem é meio-humano e meio robot, que já se come comida feita com impressora 3D e que uma das profissões de futuro será o de psicólogo de robots ou fiel de armazém de reciclagem robótica.
…..
Na mesa junto à coluna do centro ouvia-se:
 Já não serão as políticas nacionais a determinar o desenvolvimento das regiões, mas sim grandes empresas anónimas (Google, Apple, Facebook, Amazon,  Alibaba, Visa, AT&T e outros que surgirão, chamarão a si as atenções e os interesses); estas concorrerão entre elas na tentativa de concentração de capitais e de poder ao lado do poder ideológico político na disputa comum pelo domínio das grandes massas.
….

Da mesa junto à coluna da direita:
- Sabes como é que apareceu a doença das vacas loucas? Quando elas pastavam livremente, e comiam feno, ruminavam. Agora, alimentadas com rações porque interessa um crescimento rápido para renderem dinheiro o mais cedo possível, elas não ruminam. Li que havia vacarias com musica para aliviar o stress das vacas..
- E sabes que a solução para movimentar dinheiro e desenvolver a economia local é pelo consumo. Antigamente não havia fiscalização. O Estado controlava por meio de pagamentos contributivos mínimos.
Com a abolição dos mínimos, quadruplicou o numero de funcionários públicos; cada consumidor trabalha gratuitamente para o estado, e as acções inspectivas continuam.
Em 1969 havia 200.000 funcionários públicos. Em 2018, sem que o território tivesse aumentado, nem a população tivesse também sofrido grandes alterações, e com muito mais tecnologia, são 669000, sendo que, destes, 516000 estão na Administração Central. Ora, criando rendimento, cria-se consumo.


Na mesa do canto direito desenham-se soluções para o desenvolvimento económico de uma pequena terra no interior do país:
- Olha que o que está em alta é o Turismo.  E esta pequena vila ficava a ganhar se tivesse um hotel; trazia muitos forasteiros.
- Pois, mas aqui ao lado já há muita concorrência e o turista é andarilho…
- Cá para mim é a indústria. Não é afectada por convulsões politicas externas, por greves de pilotos, por greves de pessoal de carga…
- O que eu noto é que já há muita indústria e poucos recursos humanos qualificados e disponíveis para trabalhar. Uma universidade de Ensino Tecnico e Tecnologico, com residência estudantil garantia o desenvolvimento de produtos locais, comercio e de serviços, atraia os seus familiares e, depois de formados, resolviam a questão da falta de mão-de-obra.
Lá ao cantinho , um rapaz e uma rapariga, mexendo avidamente no telemóvel, mascando umas pastilhas, comentam:
“Meu, o Insta é fenomenal. Viste a imagem que te mandei? Este tipo é bué bacano”. Pespegam um solaçoso beijo e voltam ao mundo virtual.
E eu, ao balcão:
- Diga-me, o senhor esteve na Suiça ou em França?
- Em França, no Leste, em Nancy. De lá trouxe a vontade de ter um Café em Portugal.


domingo, 17 de novembro de 2019

Motivações Grab


Foi por um acaso que eu descobri uma nova motivação turística. GRAB MOTIVATION. Se não existe, passa a fazer parte da estratégia de vendas de pacotes turísticos.
Pode também tratar-se de uma classificação socio - estática de um indivíduo, caracterizado por acolher entusiasticamente tudo o que lhe faça enaltecer o ego. O grupo a que pertence é um campo fértil para acções de marketing de viagens.
É um indivíduo com uma inteligência rara; consegue contar até 100 mil. E, por isso, julga-se com direito a adulação, e quando não a tem, procura a bajulice insinuando-se em círculos apropriados ou não apropriados, pouco importa.
Utiliza mais vezes os verbos TER e QUERER do que os verbos SER e PODER. Nas viagens que faz, as experiências gastronómicas, culturais, recreativas em terra, mar e ar, os valores culturais, paisagísticos, artesanais do destino estão em lugar secundário; O  principal é a satisfação de ter conquistado um lugar entre os privilegiados.

Atinge o 4º patamar na Pirâmide de Maslow: auto-estima, confiança, conquista do respeito dos outros; necessidade de ocupar um lugar de destaque.
O último patamar – self actualization- dificilmente é alcançado por este tipo de turistas.

O cliente “GRAB  prefere, geralmente, o conselho de um profissional; gosta de tratamento exclusivo. Desvaloriza o papel as novas tecnologias na tomada de decisão.
É, regra geral, muito sugestionável, desde que fique bem explícito que ele tem posses para obter o melhor.
Vou traduzir uma conversa para uma linguagem sonora. o "H" no final da palavra prolonga o som da letra que o antecede.
“Eu já fiz 3 ou 4 cruzeiros ao Dubai; sabe onde fica? Estibe duas bezes (espere, não; três bezes) na Tailândia, em Puquéh.
Bibo numa casa que mandei construir na Foz. Tem 5 quartos, mas sou só eu e a belha.
Tenho um apartamento que vale meio milhom.
A minha quinta dá binte pipas de binho berde.”
Depois, olhando para mim:
“Bussê mora cá no Porto? “
Não; em Constância.
“Fica lá pra Lisboa, nuéh?””
Nota: Esta conversa (quase monólogo) ocorreu recentemente  num velório na na Igreja do Bomfim no Porto.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Quando a ambiçao é desmedida, o estado é que paga



Cada vez mais me convenço de que a letra da canção cantada por António Variações continua actualizada. É só uma questão de aplicar a engenharia de palavras.
Quando este artigo for publicado se calhar já está desactualizado, porque os acontecimentos (mais os maus do que os bons) acontecem a uma velocidade incontrolável (achamos nós).

Segundo o nosso colega “Hosteltur” a Thomas Cook vai pedir  200 milhões de Libras ao governo britânico para aguentar o próximo Inverno.

By Melissa Massey 23 Sep 2019



Isto é incrível: As companhias fazem figuras de rico, comprando acções, lançando OPA’s, comprando aviões, tentando eliminar a concorrência com a prática LOW COST que origina produtos LOW QUALITY, perdem dinheiro mas estão na mó de cima. Namoriscam os governos com a criação de inúmeros postos de trabalho. Os governos vangloriam-se de terem conseguido diminuir o desemprego em 1 ou 2% .

Os bancos ameaçam bancarrota se os estados lhes não valerem. Mas não se coibem de pagar dividendos aos accionistas nem os chorudos salários e benefícios que concedem aos seus dirigentes.

** (Estou farto de dizer que por 10% do salário auferido por dirigentes de empresas publicas que dão prejuízo, eu conseguia os mesmos resultados).

A nível local, autarquias isentam de taxas quem quiser investir nos seus territórios, a partir de bonitas promessas e  de planos mal enjorcados, de fraca qualidade técnica,  em vez de premiar obra feita. Noutros casos isentam de renda, sem cuidarem de saber se realmente o arrendatário de espaços comerciais tem capacidade técnica para gerir o negócio que se propuseram desenvolver; ou mesmo se cumprem o preceituado na lei quanto à gestão de Recursos Humanos.

Grandes grupos de diversas áreas económicas defendem que não querem um estado interventivo, e bradam aos céus quando a legislação lhes não agrada; mas quando toca a tapar buracos, recorrem às tetas do estado.
O mundo está a transformar-se num oásis para aventureiros, aldrabões e vigaristas; os chamados “faz-figura”.


A única coisa boa que o mundo tem é ainda a Natureza, enquanto o homem não satisfizer o  capricho de a destruir.
 Junto à Natureza e seus Sons