As frequentes
cheias do Tejo e do Zêzere impediam a circulação de carroças e de animais na
única via de circulação – a Estrada do Campo.
A Ponte de
Santo Antoninho Foi mandada construir por D. João VI, em 1825 “para utilidade
pública”, enquanto se abria a então
chamada Estrada Nova, a ligar Punhete (actual Constância) à vizinha vila de
Abrantes.
Hoje, a
Ponte de Santo Antoninho tem a classificação de Conjunto de Interesse Público.
(Imagem retirada do portal da CMC)
A ponte que
une os concelhos de Vila Nova da Barquinha ao sul do concelho de Constância foi
construída sobre o Tejo em 1861. Rapidamente
foi substituída entre 1887 e 1890 sob a responsabilidade da Casa Eiffel. Por
ela passa o comboio e, após reabilitação e adaptação, serve o trânsito
rodoviário desde 1988.
O senso
comum da época antecipou a ineficácia da barca que atravessava o Zêzere pela
sua impetuosidade de inverno e previu a necessidade de tornar Constância (nova
designação desde 1836) acessível ao viajante mais abastado, que, num futuro não
muito distante, se deslocaria em automóvel à procura de uma terra como esta
para descansar e ganhar novo fôlego tal como faziam fidalgos, reis e rainhas.
Construída
em ferro sobre pilares de alvenaria, com 23 metros de altura, a ponte foi inaugurada em 1892
O continuo
aumento de tráfego rodoviário foi aberto ao trânsito, em 1995, o IP6 (agora
A23), o que implicou a construção de uma nova ponte, em betão, poucas centenas
de metros a montante.
A Ponte
entre o passado e o futuro
A melhoria
das vias de circulação está intimamente ligada ao desenvolvimento
económico-social dos povos e à necessidade de evasão por múltiplos motivos,
sendo a aculturação um deles.
A
importância da posição estratégica de Constância no aspecto comercial e
militar, como porta de entrada de mercadorias e pessoas de e para Lisboa,
mereceu a recuperação do antigo castelo de Punhete pelos Templários, adquirido
no seculo XVI por D. Joao de Sande que o transformou num palácio renascentista.
Nele se
hospedou D. Sebastião em 1571, dando o foral à Vila de Punhete antes de se
perder em Alcácer-Quibir. Também nos anexos do palácio, na chamada Casa dos Arcos se
teria recolhido Luis de Camões que tinha sido deportado.
Cultura e
Turismo é um fenómeno que atravessa pontes, do Passado para o Futuro, passando
pelo Presente.
Tanto para ver se por cá ficar uns dias
Tanto para ver se por cá ficar uns dias
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