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terça-feira, 7 de abril de 2020

Constância - A Terra das 4 Pontes




As frequentes cheias do Tejo e do Zêzere impediam a circulação de carroças e de animais na única via de circulação – a Estrada do Campo.
A Ponte de Santo Antoninho Foi mandada construir por D. João VI, em 1825 “para utilidade pública”, enquanto  se abria a então chamada Estrada Nova, a ligar Punhete (actual Constância) à vizinha vila de Abrantes.
Hoje, a Ponte de Santo Antoninho tem a classificação de Conjunto de Interesse Público.
(Imagem retirada do portal da CMC)

A ponte que une os concelhos de Vila Nova da Barquinha ao sul do concelho de Constância foi  construída sobre o Tejo em 1861. Rapidamente foi substituída entre 1887 e 1890 sob a responsabilidade da Casa Eiffel. Por ela passa o comboio e, após reabilitação e adaptação, serve o trânsito rodoviário desde 1988.


O senso comum da época antecipou a ineficácia da barca que atravessava o Zêzere pela sua impetuosidade de inverno e previu a necessidade de tornar Constância (nova designação desde 1836) acessível ao viajante mais abastado, que, num futuro não muito distante, se deslocaria em automóvel à procura de uma terra como esta para descansar e ganhar novo fôlego tal como faziam fidalgos, reis e rainhas.
Construída em ferro sobre pilares de alvenaria, com 23 metros de altura,  a ponte foi inaugurada em 1892

O continuo aumento de tráfego rodoviário foi aberto ao trânsito, em 1995, o IP6 (agora A23), o que implicou a construção de uma nova ponte, em betão, poucas centenas de metros a montante.


A Ponte entre o passado e o futuro
A melhoria das vias de circulação está intimamente ligada ao desenvolvimento económico-social dos povos e à necessidade de evasão por múltiplos motivos, sendo a aculturação um deles.

A importância da posição estratégica de Constância no aspecto comercial e militar, como porta de entrada de mercadorias e pessoas de e para Lisboa, mereceu a recuperação do antigo castelo de Punhete pelos Templários, adquirido no seculo XVI por D. Joao de Sande que o transformou num palácio renascentista.
Nele se hospedou D. Sebastião em 1571, dando o foral à Vila de Punhete antes de se perder em Alcácer-Quibir. Também nos  anexos do palácio, na chamada Casa dos Arcos se teria recolhido Luis de Camões que tinha sido deportado.
Cultura e Turismo é um fenómeno que atravessa pontes, do Passado para o Futuro, passando pelo Presente.
Tanto para ver se por cá ficar uns dias

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