Luis Gonçalves. Je suis comme ça et j'aime! Penso que sim acho que não ignoro a Liberdade de pensar que conquistei muitos não apreciam a verdade. Nota: Apesar de escrever em desacordo com o ultimo AO, não significa que não observe a evolução. É só porque entendo que a etimologia da palavra é a raíz que sustenta a cultura de um povo.
sábado, 16 de janeiro de 2021
A vulgarização do outsourcing
Desenho, Webdesign, Comunicação e Marketing, Accounting, são áreas entre muitas outras a que a maioria das empresas recorre porque o volume e a ocasionalidade de trabalho e a especificidade dos serviços não justifica a contratação de técnicos especializados destes ramos nos quadros de recursos humanos permanentes das empresas.
Esta ferramenta de gestão desenvolveu-se muito a partir dos anos 70 do séc XX, Foi seguida por organismos de estado central e local e até mesmo por alguns sectores da economia social (veja-se o exemplo dos tão conhecidos recibos verdes).
A realização de tarefas diárias e rotineiras por empresas ou profissionais alheios, acredito que fica muito mais cara do que se forem prestados pelos Recursos Humanos do quadro.
Num contrato de outsourcing há também que considerar a questão da utilização dos equipamentos da entidade contratante pela entidade prestadora dos serviços.
Anlisando ligeiramente alguns casos, eu diria que o recurso a terceiros demonstra falta de competências de gestão multifuncional, impreparação para lidar com possíveis conflitos laborais, falta de liderança, descarte de responsabilidades ou, raramente, a inexistência de recursos humanos na localidade.
* O core-business de um estabelecimento hoteleiro é a venda de alojamento, alimentação e bebidas. O suíço César Ritz, o americano Conrad Hilton e mesmo o português Alexandre d’Almeida dariam voltas nos túmulos se soubessem como são geridos alguns hotéis.
Manutenção do edifício e dos equipamentos, Higienização de áreas públicas, Segurança, são serviços que faz todo o sentido serem assegurados por empresas exteriores especializadas.
Dar à exploração sectores de Alimentação e Bebidas compreende-se se tiver sido considerado no projecto e antes da sua execução, tendo como previsão de clientela, normalmente o mercado externo local e o interno do hotel. Manda o senso-comum que sejam estipuladas penalizações contratualmente se o concessionário não garantir continuamente o padrão de qualidade de serviço e conforto estipulado. Porém, é preferível voltar à formula de exploração tradicional global, porque as opiniões online não distinguem responsáveis: É o hotel que fica beneficiado ou prejudicado com todas as boas ou as más interpretações de qualidade.
* O negócio principal de um lar de idosos é fornecer alojamento, alimentação, higienização e eventualmente tratamentos sanitários aos utentes. Compreende-se que recorra a serviços de enfermagem e medicina, manutenção de equipamentos a profissionais especializados. E talvez a empresas de limpeza para a higienização de áreas comuns.
* Aproximar das populações os serviços administrativos e promover e salvaguardar os seus interesses é o papel que cabe às autarquias. Assim como lhes cabe a responsabilidade pela manutenção ambiental, salubridade e ordenamento do território.
É do conhecimento público a precaridade dos chamados tarefeiros (trabalham à tarefa).
Empregados de empresas prestadoras de serviços (ou pessoal alugado) dependem de 2 entidades: Hierarquica e juridicamente a sua entidade (que muitas vezes lhe paga o mínimo possível e o mais tarde que puder) e funcionalmente da empresa ou instituição onde prestam serviço.
O descontentamento reflecte-se na baixa produtividade, no desleixo e na insatisfação dos resultados da empresa.
Deveria ser uma exigência da empresa que recorre a serviços externos que a entidade prestadora de serviços apresente provas de que cumpre as suas obrigações sociais (férias, subsídios, salários, responsabilidades sociais, respeito pelas leis laborais, etc.) como condição sine-quanon para a manutenção do contrato. Se é exigida a vencedores de concursos públicos uma garantia que é liberada no término do contrato mediante prova de que não há credores, o mesmo se deveria aplicar a todos os contratos de outsourcing seja por entidades oficiais, publicas ou privadas.
sábado, 26 de dezembro de 2020
Saudade? Novo Ano está a chegar
Isso é o que diz Joe Dassin, mas nem sempre é assim.
O mundo muda dependendo de como tiver sido o teu mundo ou o mundo que sonháste.
Se duas partes formavam um todo desejado do mundo sonhado e uma delas parte sem sentido, então o teu mundo muda e de que maneira ! Tentas, mas ele não é esquecido.
Sofres porque não sofres de amnésia. És dominado pela saudade. Porque para ti um ano, uma semana ou um mês, é uma eternidade.
Ausentas-te da realidade, imerges no mundo do mundo sonhado e passas a andar desfadado porque não encontras o norte.
Maquinalmente discas, interrompes porque realizas que do outro lado não há ninguém.
Caminhas sem tino, sem destino, talvez até ao cais; por sorte o barquinho aporte para te levar.
O meu conselho é de aproveitares os dias de sol, para te iluminar e a lua para dar brilho ao teu ser, matutar sobre a importância dos astros na Vida e compreenderes a perfeição da Natureza.
E perceberás que só o facto de sonhar é um dom que nem todos possuem. É a tua vitória. BOM ANO NOVO
https://www.youtube.com/watch?v=h0g3Iy1U4Eo
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Turismo nas Smart Cities
O surgimento da 5G – a mais avançada geração tecnológica
móvel vai aperfeiçoar e finalizar as
cidades inteligentes em curso, e propiciar a construção de outras.
Vistas como modelos de organização urbana, em termos de
recursos, vias de circulação, locomoção
de pessoas a pé, de bicicleta ou em meios de transporte individuais e
colectivos sem condutor, auto-suficientes em energia limpa, desperdício zero,
algumas cidades inteligentes albergam as sedes de companhias internacionais. E
outras dispõem ou projectam hotéis.
A IdC que autonomiza o funcionamento de equipamentos com uma
eficiente gestão rigorosamente calculada, faz-nos questionar se em 2025 a TAP
necessita de pilotos, assistentes de bordo e de terra. De facto, sob as
expectativas do advento da 5ª geração Tech , muitas empresas vão se
reestruturar. E teremos do outro lado, os políticos a lamentarem-se o elevado
índice de desemprego.
A vida nestas cidades representa o expoente máximo da ditadura
da tecnologia .
Os Robot-Public-Cleaners não se deparam com os có-cós nos
espaços públicos, simplesmente porque os animais de estimação serão os RoboPets
ou os TechPet residentes nos telemóveis , cujas acrobacias resultantes de
estímulos, são o delírio dos seus donos e Socializing Teasers.
Há gostos para tudo, e estas cidades terão o seu Mercado Turístico – denominação tendente a ser substituída por “Mobilidade Emocional Humana”- . Um segmento será o tecnológico cujo objectivo de visita é estudar presencialmente a Competência Tecnológica Concorrente. Outro segmento será o GRAB ou Ostensivo – o tal que, actualmente relata as suas viagens como privilegiado que escolheu o cruzeiro que lhe oferecia NON STOP FOOD e Um “CRIADO” para cada mesa. "Valeu a pena ter pago 500 contos". Quando ficar no hotel em que um robot lhe dá as boas vindas e fala a sua língua, vai relatar “bastou-me atravessar um raio laser para aparecer um veiculo individual, sem ninguém a guiar, mas que me explicava, na minha lingua, todo o trajecto da cidade de Mazdar. Era mais simpático do que algumas pessoas."
(Voltando às origens)
Ainda são poucos os exemplos, mas já há restaurantes que
incutem nos seus funcionários a consciencialização para a recuperação e
reutilização. Cada cozinheiro tem um recipiente transparente onde deposita os desperdícios.
No fim do dia é pesado, contabilizado e inserido num programa de computador.
Além de um elemento de gestão é também o elemento essencial para a reinvenção e
criatividade.
Preferencialmente
as escolhas recaem em produtores locais, produtos autóctones, que se apresentem
na sua forma original, sem plásticos nem embalagens e ecológicos.
A busca de tradições em aldeias e vilas com identidade e características
singulares continuará a aumentar, mas por turistas cada vez mais conscientes do
valor da Natureza.
sábado, 26 de setembro de 2020
Como vês o futuro deste País no Turismo
Ou
Terá o turista pós-covid um outro
perfil?
Fizeram-me
esta pergunta, para a qual não tenho a resposta
científica de que os estudiosos são capazes: apenas suposições baseadas em
percepções e interpretações pessoais do que observo.
Demorará
tempo a que a contribuição das receitas da actividade turística atinja o
patamar de 2019 (8,7% do PIB e 6,9% no
emprego); a erradicação definitiva da pandemia permitirá aos players estabelecer metas e objectivos.
Até lá os
países apelam aos seus compatriotas para que descubram o seu próprio país. A maior fatia de turismo é o doméstico e o de
proximidade; e em Portugal isso aconteceu durante esta época que está a
terminar.
A forma de
viajar vai mudar.
Viagens
sustentáveis estão no topo da agenda.
* Airbus
revelou que em 2035 o projecto turbofan
estará concluído, cuja tecnologia e configurações aerodinâmicas permitira às
aeronaves voarem com energia limpa com emissões zero.
* Aumentará
a preferência pelo comboio em detrimento do carro e do avião: menor tempo nos procedimentos de check-In e
check-out; possibilidade de levar mais bagagem em comparação com as companhias low cost; emissões nulas para a
atmosfera; poder circular de uma carruagem a outra, inclusivamente poder tomar
uma refeição ou um drink e conhecer
pessoas.
Os meios de
alojamento preferidos serão os self-catering
nas zonas periféricas dos centros urbanos.
Os hotéis
adaptar-se-ão à necessidade de transmitir confiança e segurança, implantando
tuneis de descontaminação para empregados e clientes dos pés à cabeça.
O Hostel é uma filosofia de alojamento que
agora nos remete para uma dúvida existencial, dado que são estruturas cuja rentabilidade era
calculada por um expectável alto grau de socialização inter-cultural em pequenos espaços. Beliches para 8
pessoas numa camarata com 30 m2, confraternização entre copos de cerveja, shots, fumo, gargalhadas, e consequente
início de relações e relacionamentos são filmes
pré-covid.
Marcas
fortes como Porto e Norte de Portugal, Golfe, Surf, Aldeias de Xisto e Aldeias Históricas,
têm que continuar a chegar ao mercado potencial.
Mas temos
que ter em atenção que continuará a
haver uma feroz concorrência de destinos internacionais que tentam seduzir o
turista com preços baixos, irrealistas e economicamente irresponsáveis.
Por último,
as autarquias , em especial as de territórios de baixa densidade, têm que
perceber que é necessário criar ou adaptar infra-estruras e assegurar a
manutenção da oferta às movimentações turísticas, sem a destruição de autenticidade
e a identidade que a imitação origina; antes elevando-as pela diferença.
sábado, 12 de setembro de 2020
Coisas que só o coração compreende ou crónica do maldizer
Coisas que só o coração compreende ou crónica do maldizer
Catarina era uma catraia
filha de gente normal e humilde que ganhava o sustento com o que os rios davam.
Lá ia descalça para a escola, com a sua malinha de cartão,
subindo e descendo a ladeira alegremente.
Mal regressava da escola, Catarina ia para
junto da água. Cada dia que passava achava que a sua imagem que a água reflectia
era cada vez mais bela. Aí construía os
seus sonhos: ter namorados lindos, ser rica.
O seu primeiro namorado foi um miúdo da mesma escola, que
gostava de pregar partidas, era traquinas e ficou conhecido como o Zé Matreiro.
Foi ele que uns anitos mais tarde lhe abriu o caminho para a vida. E ela gostou.
Pouco estudou, mas aprendeu a insinuar-se. Foi a cobiça de
muitos pretendentes proeminentes. Muitos a usaram como se fosse uma rameira: O
Luis, o Herculano, o Sebastião, o Chagas o Alexandre, o Fernando, o Passos, o Vasco,
o Godinho, e tantos outros que a colocaram nas bocas do mundo.
No meio de tanta volúpia e êxito na socialite, regressou mentalmente
aos tempos de menina e colocou ao peito, bem junto ao coraçao o retrato do seu
grande amor: O Zé Matreiro. E os que lhe deram a mão, que a elevaram
socialmente não gostaram, porque não compreenderam que o coração tem razões que
a razão desconhece.
sábado, 22 de agosto de 2020
Rosas d'Agosto
Para se escrever sobre flores é necessário ter, pelo menos, uma das seguintes características:
Ser conhecedor;
Ser sensível à ordem das coisas da Natureza;
Ser poeta;
Esta roseira, desenvolvida após plantação em vaso de uma haste condenada a ir para o lixo numa loja de flores, floresce várias vezes ao ano, mas em Agosto?, creio que é a primeira vez.
Dando as boas vindas aos clientes e visitantes de O café da Praça, esta roseira apresenta-se de várias formas e tons ao longo do ano. Já deu rosas de várias cores: brancas como que transmitindo aos clientes um local de Paz.
Amareladas, dando a ideia de Alegria e Juventude independentemente da idade.
Estas, de Agosto, são cor-de-rosa, indiciando Ternura e Romantismo - apanágio de Constância.
Diz-se que as flores são para os mortos, porém elas são o veiculo de transmissão de sentimentos e emoções a outrem: amor, respeito, carinho, romance.
As rosas de O café da Praça aí permanecem enquanto quiserem, dando a inspiração a todas as formas de expressão sentimental dos visitantes. Os doces conventuais concretizam-na.
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Bonito. E agora?
É digna de
reconhecimento a mudança ocorrida em muitas
vilas e cidades não só do litoral como,
principalmente, do interior deste belo Portugal, que foram alvo de requalificação.
A
modernização decorrente da mudança que a Europa patrocinou, teve como objectivo
primeiro a criação de acessibilidades, a criação de condições para a circulação
de pessoas, retirando o grande trânsito dos centros urbanos, a implantação de
espaços verdes para os cidadãos usufruírem, a construção de equipamentos para a
saúde e bem-estar.
Algumas autarquias aproveitaram para implantarem outras estruturas, não só para os seus residentes, como também para os visitantes: piscinas, centros náuticos, parques de campismo, espaços de lazer e usufruição, etc.
Como “a cavalo dado não se olha o dente”, os autarcas aproveitaram as comparticipações
financeiras para investirem nessas estruturas, sem uma análise profunda
(aparentemente) da sua rentabilidade e, no mínimo, na forma de captar entradas
de dinheiro para custear a sua imprescindível manutenção.
Com o novo
visual dos seus territórios, as autarquias levaram ao “mercado” as suas noivas”
para arranjarem pretendentes ao investimento; sempre eram mais uns trocos que vinham
em taxas e licenças. Se havia apetência ou vocação dos territórios, não era
problema seu. Os autarcas têm uma vantagem: não são gestores de negócios
privados.
A opção
encontrada foi concederem a terceiros a exploração dos espaços que implantaram
com dinheiros da comunidade: hotéis, parques de campismo, centros de
actividades.
Este é o
caminho a seguir, mas de uma forma realista: as autarquias não são agentes
económicos nem imobiliários. Não podem abrir concursos com valores que
ultrapassem os custos de manutenção dos espaços, aliás devem oferecer alguns
incentivos mediante objectivos, porque fica garantida a durabilidade das
estruturas. Se as autarquias colocam encargos irrealistas, conseguem atrair noivos que consumam o casamento que rapidamente
se transforma em divórcio.