https://follow.it/quepenatenho
Mostrar mensagens com a etiqueta acessibilidades e circulação de pessoas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta acessibilidades e circulação de pessoas. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Bonito. E agora?


É digna de reconhecimento  a mudança ocorrida em muitas vilas e cidades não  só do litoral como, principalmente, do interior deste belo Portugal,  que foram alvo de requalificação.

A modernização decorrente da mudança que a Europa patrocinou, teve como objectivo primeiro a criação de acessibilidades, a criação de condições para a circulação de pessoas, retirando o grande trânsito dos centros urbanos, a implantação de espaços verdes para os cidadãos usufruírem, a construção de equipamentos para a saúde e bem-estar.

Algumas autarquias aproveitaram para implantarem outras estruturas, não só para os seus residentes, como também para os visitantes: piscinas, centros náuticos, parques de campismo, espaços de lazer e usufruição, etc.


Como  a cavalo dado não se olha o dente,  os autarcas aproveitaram as comparticipações financeiras para investirem nessas estruturas, sem uma análise profunda (aparentemente) da sua rentabilidade e, no mínimo, na forma de captar entradas de dinheiro para custear a sua  imprescindível manutenção.

Com o novo visual dos seus territórios, as autarquias levaram ao “mercado” as suas noivas” para arranjarem pretendentes ao investimento; sempre eram mais uns trocos que vinham em taxas e licenças. Se havia apetência ou vocação dos territórios, não era problema seu. Os autarcas têm uma vantagem: não são gestores de negócios privados.

A opção encontrada foi concederem a terceiros a exploração dos espaços que implantaram com dinheiros da comunidade: hotéis, parques de campismo, centros de actividades.

Este é o caminho a seguir, mas de uma forma realista: as autarquias não são agentes económicos nem imobiliários. Não podem abrir concursos com valores que ultrapassem os custos de manutenção dos espaços, aliás devem oferecer alguns incentivos mediante objectivos, porque fica garantida a durabilidade das estruturas. Se as autarquias colocam encargos irrealistas, conseguem atrair  noivos que consumam o casamento que  rapidamente se transforma em divórcio.