Luis Gonçalves. Je suis comme ça et j'aime! Penso que sim acho que não ignoro a Liberdade de pensar que conquistei muitos não apreciam a verdade. Nota: Apesar de escrever em desacordo com o ultimo AO, não significa que não observe a evolução. É só porque entendo que a etimologia da palavra é a raíz que sustenta a cultura de um povo.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021
Receios Genéticos de Mentes Desconfinadas
As forças de segurança podem impedir o desconfinamento físico, mas nada podem fazer contra o desconfinamento do pensamento.
Invisível, imperceptível, fugaz, terrorista, o virus coloca todo o mundo a seus pés, impondo a sua vontade como se fosse o ditador de uma nova ordem mundial.
Privadas da liberdade de fazer as coisas mais simples do dia-a-dia, como cumprimentar um amigo, tomar um café ou convidar colegas para um copo após o trabalho;
Pegar nos filhos e levá-los ao Jardim Zoologico ou ao parque da cidade, ou dar um passeio á beira-mar ao fim-de-semana;
Convidar o conjuge ou amigo(a) para um porto pôr-do-sol, um jantar intimo ou uma estadia marcante ou reconciliadora,
Muitos adivinham dificuldades em se adaptar às rotinas da normalidade, e questionam se alguma vez voltará a ser igual. E colocam questões que indicam uma crescente tendência para a dependência de tecnologias:
“-Conseguirei ver o peão a atravessar a passadeira quando for a conduzir?
- Serei capaz de travar a tempo?
- O carro avisa-me quando faltar a bateria?
- E se eu comprasse um Tesla? Mas para quê, se trabalho em casa. Eh pá, mas estou a ficar doido: tele-trabalho, a canalha impaciente, o cão que quer festas …
-Namorar como? Há alguma coisa mais segura do que o Online? Tenho medo de contágios.
-Viajar? Contento-me a ver as curiosidades no instagram...mas por outro lado tenho saudades de sair para longe, de conhecer outras culturas, mas...
- Almoçar fora? como era noutros tempos?”
Vale a pena ver o video feito num FUTURO PROXIMO inserido neste artigo, que representa o Museu do restaurante: O que era, como funcionava. No passado, os clientes sentavam-se à mesa, comiam face a face, como selvagens.
Este artigo foi inspirado pela expressão inglesa Fear Of Dating Again
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
Rio para onde vais
A carta foi escrita.
-Olha, pede ao Tejo que leve esta cartinha até ao mar. Umas léguas mais à frente, naquela zona chic.
(Vento) -Esta agora! Tenho mais que fazer. Sou volátil, comando as águas e as florestas; as árvores vergam-se à minha vontade. Não tenho tempo a perder com ninharias.
- Tem calma. Para a carta não perder no meio desta azáfama, eu apanho um barquinho ligeiro que está para chegar. O último passou há 2 meses.
-Isso é se eu deixar. Vai nele e dá o recado a quem tens de dar.
Mas cuidado. Tem tento, porque se pode afundar.
sábado, 16 de janeiro de 2021
A vulgarização do outsourcing
Desenho, Webdesign, Comunicação e Marketing, Accounting, são áreas entre muitas outras a que a maioria das empresas recorre porque o volume e a ocasionalidade de trabalho e a especificidade dos serviços não justifica a contratação de técnicos especializados destes ramos nos quadros de recursos humanos permanentes das empresas.
Esta ferramenta de gestão desenvolveu-se muito a partir dos anos 70 do séc XX, Foi seguida por organismos de estado central e local e até mesmo por alguns sectores da economia social (veja-se o exemplo dos tão conhecidos recibos verdes).
A realização de tarefas diárias e rotineiras por empresas ou profissionais alheios, acredito que fica muito mais cara do que se forem prestados pelos Recursos Humanos do quadro.
Num contrato de outsourcing há também que considerar a questão da utilização dos equipamentos da entidade contratante pela entidade prestadora dos serviços.
Anlisando ligeiramente alguns casos, eu diria que o recurso a terceiros demonstra falta de competências de gestão multifuncional, impreparação para lidar com possíveis conflitos laborais, falta de liderança, descarte de responsabilidades ou, raramente, a inexistência de recursos humanos na localidade.
* O core-business de um estabelecimento hoteleiro é a venda de alojamento, alimentação e bebidas. O suíço César Ritz, o americano Conrad Hilton e mesmo o português Alexandre d’Almeida dariam voltas nos túmulos se soubessem como são geridos alguns hotéis.
Manutenção do edifício e dos equipamentos, Higienização de áreas públicas, Segurança, são serviços que faz todo o sentido serem assegurados por empresas exteriores especializadas.
Dar à exploração sectores de Alimentação e Bebidas compreende-se se tiver sido considerado no projecto e antes da sua execução, tendo como previsão de clientela, normalmente o mercado externo local e o interno do hotel. Manda o senso-comum que sejam estipuladas penalizações contratualmente se o concessionário não garantir continuamente o padrão de qualidade de serviço e conforto estipulado. Porém, é preferível voltar à formula de exploração tradicional global, porque as opiniões online não distinguem responsáveis: É o hotel que fica beneficiado ou prejudicado com todas as boas ou as más interpretações de qualidade.
* O negócio principal de um lar de idosos é fornecer alojamento, alimentação, higienização e eventualmente tratamentos sanitários aos utentes. Compreende-se que recorra a serviços de enfermagem e medicina, manutenção de equipamentos a profissionais especializados. E talvez a empresas de limpeza para a higienização de áreas comuns.
* Aproximar das populações os serviços administrativos e promover e salvaguardar os seus interesses é o papel que cabe às autarquias. Assim como lhes cabe a responsabilidade pela manutenção ambiental, salubridade e ordenamento do território.
É do conhecimento público a precaridade dos chamados tarefeiros (trabalham à tarefa).
Empregados de empresas prestadoras de serviços (ou pessoal alugado) dependem de 2 entidades: Hierarquica e juridicamente a sua entidade (que muitas vezes lhe paga o mínimo possível e o mais tarde que puder) e funcionalmente da empresa ou instituição onde prestam serviço.
O descontentamento reflecte-se na baixa produtividade, no desleixo e na insatisfação dos resultados da empresa.
Deveria ser uma exigência da empresa que recorre a serviços externos que a entidade prestadora de serviços apresente provas de que cumpre as suas obrigações sociais (férias, subsídios, salários, responsabilidades sociais, respeito pelas leis laborais, etc.) como condição sine-quanon para a manutenção do contrato. Se é exigida a vencedores de concursos públicos uma garantia que é liberada no término do contrato mediante prova de que não há credores, o mesmo se deveria aplicar a todos os contratos de outsourcing seja por entidades oficiais, publicas ou privadas.
sábado, 26 de dezembro de 2020
Saudade? Novo Ano está a chegar
Isso é o que diz Joe Dassin, mas nem sempre é assim.
O mundo muda dependendo de como tiver sido o teu mundo ou o mundo que sonháste.
Se duas partes formavam um todo desejado do mundo sonhado e uma delas parte sem sentido, então o teu mundo muda e de que maneira ! Tentas, mas ele não é esquecido.
Sofres porque não sofres de amnésia. És dominado pela saudade. Porque para ti um ano, uma semana ou um mês, é uma eternidade.
Ausentas-te da realidade, imerges no mundo do mundo sonhado e passas a andar desfadado porque não encontras o norte.
Maquinalmente discas, interrompes porque realizas que do outro lado não há ninguém.
Caminhas sem tino, sem destino, talvez até ao cais; por sorte o barquinho aporte para te levar.
O meu conselho é de aproveitares os dias de sol, para te iluminar e a lua para dar brilho ao teu ser, matutar sobre a importância dos astros na Vida e compreenderes a perfeição da Natureza.
E perceberás que só o facto de sonhar é um dom que nem todos possuem. É a tua vitória. BOM ANO NOVO
https://www.youtube.com/watch?v=h0g3Iy1U4Eo
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Turismo nas Smart Cities
O surgimento da 5G – a mais avançada geração tecnológica
móvel vai aperfeiçoar e finalizar as
cidades inteligentes em curso, e propiciar a construção de outras.
Vistas como modelos de organização urbana, em termos de
recursos, vias de circulação, locomoção
de pessoas a pé, de bicicleta ou em meios de transporte individuais e
colectivos sem condutor, auto-suficientes em energia limpa, desperdício zero,
algumas cidades inteligentes albergam as sedes de companhias internacionais. E
outras dispõem ou projectam hotéis.
A IdC que autonomiza o funcionamento de equipamentos com uma
eficiente gestão rigorosamente calculada, faz-nos questionar se em 2025 a TAP
necessita de pilotos, assistentes de bordo e de terra. De facto, sob as
expectativas do advento da 5ª geração Tech , muitas empresas vão se
reestruturar. E teremos do outro lado, os políticos a lamentarem-se o elevado
índice de desemprego.
A vida nestas cidades representa o expoente máximo da ditadura
da tecnologia .
Os Robot-Public-Cleaners não se deparam com os có-cós nos
espaços públicos, simplesmente porque os animais de estimação serão os RoboPets
ou os TechPet residentes nos telemóveis , cujas acrobacias resultantes de
estímulos, são o delírio dos seus donos e Socializing Teasers.
Há gostos para tudo, e estas cidades terão o seu Mercado Turístico – denominação tendente a ser substituída por “Mobilidade Emocional Humana”- . Um segmento será o tecnológico cujo objectivo de visita é estudar presencialmente a Competência Tecnológica Concorrente. Outro segmento será o GRAB ou Ostensivo – o tal que, actualmente relata as suas viagens como privilegiado que escolheu o cruzeiro que lhe oferecia NON STOP FOOD e Um “CRIADO” para cada mesa. "Valeu a pena ter pago 500 contos". Quando ficar no hotel em que um robot lhe dá as boas vindas e fala a sua língua, vai relatar “bastou-me atravessar um raio laser para aparecer um veiculo individual, sem ninguém a guiar, mas que me explicava, na minha lingua, todo o trajecto da cidade de Mazdar. Era mais simpático do que algumas pessoas."
(Voltando às origens)
Ainda são poucos os exemplos, mas já há restaurantes que
incutem nos seus funcionários a consciencialização para a recuperação e
reutilização. Cada cozinheiro tem um recipiente transparente onde deposita os desperdícios.
No fim do dia é pesado, contabilizado e inserido num programa de computador.
Além de um elemento de gestão é também o elemento essencial para a reinvenção e
criatividade.
Preferencialmente
as escolhas recaem em produtores locais, produtos autóctones, que se apresentem
na sua forma original, sem plásticos nem embalagens e ecológicos.
A busca de tradições em aldeias e vilas com identidade e características
singulares continuará a aumentar, mas por turistas cada vez mais conscientes do
valor da Natureza.
sábado, 26 de setembro de 2020
Como vês o futuro deste País no Turismo
Ou
Terá o turista pós-covid um outro
perfil?
Fizeram-me
esta pergunta, para a qual não tenho a resposta
científica de que os estudiosos são capazes: apenas suposições baseadas em
percepções e interpretações pessoais do que observo.
Demorará
tempo a que a contribuição das receitas da actividade turística atinja o
patamar de 2019 (8,7% do PIB e 6,9% no
emprego); a erradicação definitiva da pandemia permitirá aos players estabelecer metas e objectivos.
Até lá os
países apelam aos seus compatriotas para que descubram o seu próprio país. A maior fatia de turismo é o doméstico e o de
proximidade; e em Portugal isso aconteceu durante esta época que está a
terminar.
A forma de
viajar vai mudar.
Viagens
sustentáveis estão no topo da agenda.
* Airbus
revelou que em 2035 o projecto turbofan
estará concluído, cuja tecnologia e configurações aerodinâmicas permitira às
aeronaves voarem com energia limpa com emissões zero.
* Aumentará
a preferência pelo comboio em detrimento do carro e do avião: menor tempo nos procedimentos de check-In e
check-out; possibilidade de levar mais bagagem em comparação com as companhias low cost; emissões nulas para a
atmosfera; poder circular de uma carruagem a outra, inclusivamente poder tomar
uma refeição ou um drink e conhecer
pessoas.
Os meios de
alojamento preferidos serão os self-catering
nas zonas periféricas dos centros urbanos.
Os hotéis
adaptar-se-ão à necessidade de transmitir confiança e segurança, implantando
tuneis de descontaminação para empregados e clientes dos pés à cabeça.
O Hostel é uma filosofia de alojamento que
agora nos remete para uma dúvida existencial, dado que são estruturas cuja rentabilidade era
calculada por um expectável alto grau de socialização inter-cultural em pequenos espaços. Beliches para 8
pessoas numa camarata com 30 m2, confraternização entre copos de cerveja, shots, fumo, gargalhadas, e consequente
início de relações e relacionamentos são filmes
pré-covid.
Marcas
fortes como Porto e Norte de Portugal, Golfe, Surf, Aldeias de Xisto e Aldeias Históricas,
têm que continuar a chegar ao mercado potencial.
Mas temos
que ter em atenção que continuará a
haver uma feroz concorrência de destinos internacionais que tentam seduzir o
turista com preços baixos, irrealistas e economicamente irresponsáveis.
Por último,
as autarquias , em especial as de territórios de baixa densidade, têm que
perceber que é necessário criar ou adaptar infra-estruras e assegurar a
manutenção da oferta às movimentações turísticas, sem a destruição de autenticidade
e a identidade que a imitação origina; antes elevando-as pela diferença.
sábado, 12 de setembro de 2020
Coisas que só o coração compreende ou crónica do maldizer
Coisas que só o coração compreende ou crónica do maldizer
Catarina era uma catraia
filha de gente normal e humilde que ganhava o sustento com o que os rios davam.
Lá ia descalça para a escola, com a sua malinha de cartão,
subindo e descendo a ladeira alegremente.
Mal regressava da escola, Catarina ia para
junto da água. Cada dia que passava achava que a sua imagem que a água reflectia
era cada vez mais bela. Aí construía os
seus sonhos: ter namorados lindos, ser rica.
O seu primeiro namorado foi um miúdo da mesma escola, que
gostava de pregar partidas, era traquinas e ficou conhecido como o Zé Matreiro.
Foi ele que uns anitos mais tarde lhe abriu o caminho para a vida. E ela gostou.
Pouco estudou, mas aprendeu a insinuar-se. Foi a cobiça de
muitos pretendentes proeminentes. Muitos a usaram como se fosse uma rameira: O
Luis, o Herculano, o Sebastião, o Chagas o Alexandre, o Fernando, o Passos, o Vasco,
o Godinho, e tantos outros que a colocaram nas bocas do mundo.
No meio de tanta volúpia e êxito na socialite, regressou mentalmente
aos tempos de menina e colocou ao peito, bem junto ao coraçao o retrato do seu
grande amor: O Zé Matreiro. E os que lhe deram a mão, que a elevaram
socialmente não gostaram, porque não compreenderam que o coração tem razões que
a razão desconhece.