Como
eu não
sou especialista em ambientalismo, não me considero
um ambientalista informado; sou
antes um céptico,
e
mesmo
critico em
relação alguns
comportamentos na relação com o meio natural; ou por questões
económicas ou por ausência de inteligência emocional.
Onde
antigamente havia árvores, hoje há blocos de cimento; zonas de
arvoredo
estão a ser devastadas para a implantação de painéis
fotovoltaicos. Segundo se diz, a energia tem um custo de produção
inferior, mas nem por isso ela fica mais barata ao consumidor. E o
ambiente é prejudicado com a desarborização.
Deveríamos
interiorizar o conceito VPA: Vida pela Água
Agua
e Sol são as principais fontes da Vida.
Segundo
dados da ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e
Resíduos), em 2020 cada português consumiu em média 186 litros de
água por dia.
A
ONU recomenda gastar no máximo 110 litros. Dado que a água é um
bem essencial à sobrevivência do Homem e do planeta, este consumo é
preocupante.
O
consumo anual total de residentes e visitantes/turistas rondará 12
601 290 000 L diários, o que representa um excesso de cerca de 29
498 700 m3 por ano.
A
gestão de recursos e o respeito pelo ambiente é um dos Objectivos
de Desenvolvimento Sustentável constantes no Código de Ética da OMT.
Turistas,
Populações Locais, Organismos e Entidades são chamados a
contribuir para a satisfação deste objectivo.
Chove
cerca de 900 litros por metro quadrado, anualmente, mas só cerca de
30% da água da chuva é aproveitada.
Água
potável é utilizada em regadio, instalações sanitárias,
lavandarias, etc.
Quanto
a mim, a Agencia Portuguesa do Ambiente e o Fundo Ambiental deviam
ter um papel determinante
na análise de soluções projectadas para
uma gestão correcta de utilização de recursos necessários à vida
e ao funcionamento de equipamentos.
Refiro-me,
por exemplo, à exigência de
a) Normas e princípios das unidades hoteleiras para envolver
turista na economia da água, dentro do espírito Turista
consciente.
b)
Novas
construções, nomeadamente Empreendimentos Turísticos, Hospitais,
Escolas
e Edifícios habitacionais serem dotados de Sistema
de recolha, armazenamento , tratamento
e
reutilização
das águas pluviais.
c)
Os
novos edifícios, seja de que tipologia for, nomeadamente ginásios,
serem dotados de sistema de circulação de água, por forma a evitar
o desperdício enquanto não chega quente à torneira, e
de sistemas economizadores (torneiras e chuveiros inteligentes por
ex).
A
nível politico,
económico,
turístico
e
ambiental
Revisão
de acordos e
protocolos
fronteiriços
para a gestão da água proveniente
de rios internacionais.
Envolver
associações de agricultores e autarquias na gestão do uso de
recursos naturais.
Os
principais
polos turísticos estão
superlotados, ao invés de territórios
de baixa densidade, inconstavelmente atractivos na sua maioria.
O
Agroturismo agrega
turistas que sentem como
suas as
localidades que visitam,
e
onde
ficam
alguns dias; têm a noção e empenham-se em contribuir para uma economia circular, respeitando e interagindo
com a Natureza.
Criam vínculos com a experiência que a comunidade proporciona.
O
Agroturismo
gera
receita, emprego e contribui
para a fixação de
habitantes
nos
lugares com
défice populacional, e
diversifica a oferta.
O
agroturismo potencia a utilização de solos e oferece experiências
que cada vez mais turistas querem vivenciar, no conceito da
descoberta de tradições e modos de viver (plante uma árvore, venha
colher a fruta para a sobremesa ou a alface para a salada). Mas para
que se desperte o interesse nos empreendedores de agroturismo, é
necessário oferecer tratamento fiscal de empreendedorismo.
Utilização de tecnologia (e talvez a inteligência artificial)
. Os contadores de água
actuais deveriam ser adaptados à leitura de cartão de consumo
pré-comprado e recarregável.
. Interessar as pessoas
(visitantes, turistas e residentes) pela utilização de
dispositivos tecnológicos para a medição de pegada de carbono, e
alertas para o desperdício de recursos.
Infra-estruturas
Investimento no
desenvolvimento de testes para a dessanilização.
Investimento em mais ETARS
Dúvidas geradas pela
realidade
.Reutilizável ou Descartável?
Os primeiros consomem água na lavagem. Os segundos, impactam o
ambiente
Com o apoio do European Open Rivers
Programme, a ANP|WWF está a preparar terreno para a remoção de
barreiras fluviais obsoletas em Portugal. Não
seria preferível adaptá-las ao armazenamento de água para regadio
e combate a incêndios?
O perigo da privatização da
água é aumentar a
desigualdade social.
Revisão de acordos e protocolos fronteiriços para a gestão da água
proveniente de rios internacionais.
Oportunidades de descoberta