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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Saturação de Destinos, ou Insuficiente disponibilidade de RH?

 Por mais perfeito e abrangente que seja um SCSD (Sistema Computacional de Suporte à Decisão), os outputs de tal sistema não podem constituir a verdade absoluta nem serem uma garantia insofismável de êxito ou de insucesso.

Usar como garantia a decisão do sistema seria aceitar a ditadura da tecnologia.

O resultado do modelo computacional utilizado é, somente, um apoio à decisão, que tem que ser tomada depois de uma profunda análise de simulações de diversos cenários feitas por inteligência humana e naturalista.



Enquanto a IA nos apresenta, suponho, resultados baseados em decisões lógicas num ambiente de ciências exactas, indiscutíveis, a inteligência natural reúne várias linhas de pensamento, aplica a experiência, analisa o ambiente, com o concurso de várias sensibilidades e pontos de vista.

A oportunidade de efectuar qualquer investimento, independentemente da sua dimensão, tem que ser criteriosamente estudada. Investir em hotelaria tem enormes impactos financeiros, económicos, sociais e ambientais.

Num mundo VICA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) é de admirar a coragem de investidores em hotéis.

Fala-se em zonas saturadas, fala-se em cultura e em ambiente, fala-se na enorme dificuldade em recrutar Recursos Humanos, fala-se em aspecto degradante de cidades cujas vias estão ocupadas por tendas, papelões e cobertores que servem de abrigo a pessoas excluídas do sistema.



Mas a capacidade hoteleira continua a aumentar. E, pelos vistos, o número de turistas também; porque somos ainda um país seguro. E porque nos deixamos ir na sedução das promoções e last minuts, etc, para ter mais dormidas do que a concorrência.

E porque razão há maior dificuldade nos RH? Não é só cá. Lê-se que em vários países também.

Algumas razões são apontadas:

Baixos rendimentos; falta de perspectivas; preço de casas para arrendar quando se mora longe e preço dos produtos de consumo; longas distâncias e, por vezes, poucos transportes. Falta de conjugação entre os interesses da entidade empregadora com a qualidade de vida que gostaria; Inexistência de uma política de felicidade na empresa.


A planificação de investimento hoteleiro deve prever a construção de bairros sociais para os seus futuros empregados, em diversas tipologias. Esta preocupação era realidade em complexos industriais já na década de 50 do século XX: Bairro residencial, mini-mercado, creche, escola, centro médico, etc para colaboradores e agregados familiares.


Providenciar alojamentocondigno a colaboradores, beneficios sociais e pessoais, perspectivas, e tempo de viverem a vida pessoal ao seu ritmo, é o caminho para ter colaboradores felizes.