Será que os americanos que, nas década de 60 e 70 assistiam a partidas de futebol? Não creio. No
entanto em qualquer conversa sobre Portugal, o número de vezes que as palavras “Eusibio”
“Benficá” eram pronunciadas suplantava o número de vezes que a palavra “Salazar" era mencionada.
Que o nome Eusébio era um símbolo e uma motivação para
conhecerem o entusiasmo do povo português, que ninguém duvide.
Será que todos os franceses que nas mesmas décadas nos
visitavam iam a uma casa de fados? Talvez uma significativa percentagem fosse
procurar conhecer a beleza dos sentimentos da gente representada por “Amaliá” que cantava
o “Avril au Portugal” ou “Uma Casa Portuguesa com Certeza” que concentravam em
si o património sentimental do nosso povo.
Quantos ingleses não pediam nos restaurantes e nos hotéis portugueses uma garrafa de “Matius Rosé” tão comum nas vitrines das lojas de vinhos das
grandes cidades inglesas?
A atractividade de Portugal como destino turístico é um
composto de bens materiais e imateriais, como património, história (descobrimentos,
independência, defesa da nacionalidade), gastronomia, paisagens, arquitectura e de
nomes que espalham o nome de Portugal
pelos quatro cantos do mundo, tal como ontem fizeram Eusébio, Amália, e hoje o fazem Figo, Ronaldo, Dulce Pontes, Marisa, e tantos outros artistas, Pastel de Nata e marcas de Vinhos, de Calçado, Moda, Eventos e Festivais, Invenções, Tecnologia de Ponta, etc.
Vencedora aos 19 anos da Grande Noite do Fado de Lisboa no
Coliseu dos Recreios, em 1999, Ana Laíns
tem levado aos 4 cantos do mundo uma belíssima sonoridade acústica e vocal que
tão bem caracterizam as suas raízes que
nunca renegou e constantemente enaltece: Montalvo – uma freguesia do concelho
de Constância.
A presença da autora dos álbuns “Sentidos” e “Quatro
Caminhos” chegou a muitos países, e tem agendadas outras digressões, mas foi na Grécia que foi considerada a “Diva
de um Fado Diferente”.
Diz que não é fadista, mas uma cantora que tem como paixão a
“Música Tradicional Portuguesa” sendo o fado um dos estilos.
Por causa dos seus valores e dos valores culturais que
transmite nas suas actuações , foi nomeada, em Junho de 2014, embaixadora para
as celebrações dos 800 anos da Língua Portuguesa pela presidente da associação
“8 séculos de Língua Portuguesa”, Maria José Maya, na sequência de um encontro
por ocasião do dia Mundial da Poesia, no Palácio de Belém, a convite da
primeira-dama Maria Cavaco Silva.