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quarta-feira, 26 de julho de 2023

Gerações de Hotelaria e Turismo sem Conflitos (III Parte)

 

Por Luis Gonçalves



Nota: Trata-se de opinião baseada em percepções, cuja grafia é da primeira geração

Tendo como premissa que a hotelaria existe porque existem turistas que usufruem dos serviços hoteleiros, nunca houve nem haverá qualquer conflito de gerações: nem na hotelaria nem no turismo.

O que acontece é que ocorrem fenómenos dinâmicos, que potenciam a adopção de tecnologias e procedimentos na adaptação comum do binómio oferta-procura.



Geração Y






As comunicações evoluíram muito nas décadas de setenta e oitenta do século passado.

O moderníssimo Telex veio reduzir para minutos o tempo de resposta que antes, por carta, poderiam decorrer 15 dias ou 20 dias entre a expedição e a recepção de um pedido de informações ou reserva.

 Este sistema internacional de comunicações escritas prevaleceu até ao final do século XX. As mensagens processadas por este sistema eram autênticas e seguras porque cada subscritor tinha um endereço próprio dentro da rede universal, que funcionava com o mesmo princípio da linha telefónica. Exemplo de numero de telex em Portugal: 14851Hotlon P

Era igualmente um optimo meio de divulgação de iniciativas promocionais, por permitir o envio do mesmo texto, previamente gravado pelo aparelho de telex em fita de papel perfurada a conjuntos alargados de destinatários.

A década de 70/80 foi marcada pela substituição do analógico pelo digital (lembram-se dos velhos PBX ; os mais antigos com cavilhas e os mais modernos com alavancas?).

Deixou de ser necessária a intervenção da telefonista dos TLP para efectuar chamadas regionais, nacionais e internacionais (poderia demorar mais de meia hora o estabelecimento da ligação).

Daí ao aparecimento do Telefax foi um saltinho. A reprodução de documentos e envio em segundos ao destinatário, independentemente da distância, retirou protagonismo aos correios.

Nesta época apareceram os primeiros Tour Operator’s que fretavam aviões (voos charter) e contratualizavam allotments com os hoteis. Elaboravam packages ou forfait em brochura (avião, transfert, hotel e às vezes city tours) que colocavam à venda nas agências de viagens.

A nível individual, as tarifas aéreas eram mais baratas se se passasse um mínimo de 3 dias no destino, sendo um deles o sábado. Era a denominada tarifa pex.

Desenvolveu-se igualmente o turismo social, com os subsídios atribuídos por autarquias e governos de outros países a organizações de cidadãos dos escalões jovens e séniors.

No início dos anos 80 assistiu-se à democratização do acesso ao ensino superior. Um leque de opções de ensino eram colocados à escolha dos estudantes que esperavam construir uma carreira de prestigio, provocando uma escassez progressiva, de trabalhadores para sectores de actividade intensiva como é a hotelaria e restauração.

Próximo artigo: Geração Z


Voiturier ou trintanário: A primeira "cara" dos hoteis de categoria superior

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