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segunda-feira, 27 de março de 2023

O fascínio da Hotelaria e a Psicologia na Empresa

Para discorrer sobre a actual falta de recursos humanos em vários sectores de actividade, nomeadamente hotelaria, é necessário recuar no tempo.

Esta crise não trava, no entanto, os ânimos de empreendedores que continuam a promover o lançamento de novos empreendimentos, contando, para a sua operacionalização com o concurso de mão-de-obra “importada” que emigra de seus países pobres ou inseguros.

Até meados da década de setenta, a agricultura gerava uma importante contribuição no sector primário.

Realizada à custa do esforço braçal dos membros de numerosas famílias com o apoio de rudimentares alfaias, a pequena agricultura dificilmente satisfazia as necessidades básicas do núcleo familiar.

A tendente e progressiva democratização do turismo, devida em grande parte, à acessibilidade a meios de transporte, provocou na década de sessenta e seguinte importantes movimentos migratórios, em especial nascidos no interior do país.

Zonas balneares onde se implantaram hotéis, pensões, restaurantes, foram o principal destino de quem procurava uma vida melhor, um trabalho mais limpo, mais leve, comer a tempo e horas, e ter um ordenado.

Os empregados eram pagos segundo uma relação qualificação-habilitações-posto hierárquico-receita do hotel.

Este sistema motivava-os para um enriquecimento pessoal e profissional, no sentido de garantirem uma contínua excelência do serviço que prestavam, porque por esse meio eram recompensados.

Não era fácil conjugar a vida pessoal e familiar porque “o hotel era a sua alma”, mas com inteligência e bom sendo tudo se conseguia.

Quase todos os hotéis, especialmente os de superior categoria e renome dispunham de enormes quantidades de candidaturas e inscrições, permitindo-lhes seleccionar os perfis que melhor se encaixavam nos lugares e tarefas disponíveis.





Hoje vive-se uma carência de recursos humanos, mas é raro anunciar motivações para despertar o interesse dos jovens.

As condições salariais não são hoje a única oferta que o empregador pode fazer; tem que oferecer comunicação, oportunidades, esperança, felicidade, motivação.

O departamento RH tem que ser muito mais do que um guichet de atendimento e o local onde se processam os salários, admissões e demissões. Tem que ser um inovador centro de formação, valorização e comunicação de recursos humanos.

Cadeias hoteleiras organizam actividades que motivam os colaboradores. Aos hotéis de reduzida dimensão resta organizarem-se no sentido de, periodicamente, recorrerem a psicólogos, técnicos de comunicação, especialistas em inteligência emocional, relações humanas e na felicidade profissional.



segunda-feira, 4 de abril de 2022

O deficit de Recursos Humanos


 


Os Orgãos de Comunicação Social transmitem a dificuldade de algumas empresas em cumprirem prazos e prestarem os serviços contratados dada a dificuldade de Recursos Humanos.

No período pré-Covid 19 os hoteleiros e similares queixavam-se de falta de “mão-de-obra” qualificada. Hoje queixam-se de que não encontram pessoas para trabalhar, com ou sem experiência.

A prática de horários partidos, a falta do reconhecimento da importância dos colaboradores para o sucesso das organizações, os baixos salários, a ausência de incentivos, mas, sobretudo, a maneira como alguns empregadores viam os seus colaboradores e alguns clientes os seus “servidores”, são as principais desmotivações pela carreira na hotelaria e similares. A pouca ou nenhuma diferença salarial entre os profissionais com muito tempo de casa e os recém-admitidos é uma das razões para a decadência e da despersonalização inexorável do nível de serviço.



Muitos profissionais na reforma ou pré-reforma , dignos representantes de uma época, abandonaram os meios rurais nos anos sessenta/setenta, porque as tarefas assemelhavam-se a trabalhos forçados, sem rendimento digno. Hoje o sector agro-alimentar é convidativo para jovens empreendedores que sabem adequar os seus projectos aos apoios disponiveis para produção, equipamento e escoamento. A pandemia foi a justificação para preferência por zonas rurais, em detrimento das cidades.

Nos tempos modernos, os recursos humanos capacitados e habilitados querem escolher onde querem trabalhar, o horário que lhes é conveniente; para eles, o conceito de liberdade de escolha é muito importante.

Por isso, é urgente que o Turismo Portugal promova nos meios de comunicação programas formativos nas diversas áreas do Turismo, de onde se destaquem oportunidades de carreira, e inteligência emocional, dentro do conceito “felicidade profissional”.

Há uns anos apercebi-me que os jantares de um hotel na Galiza eram servidos por pessoas da região que tinham as suas pequenas quintas, e que ao fim do dia mudavam de cenário para outra actividade, complementando assim os seus rendimentos.

A oferta de horários de tempo parcial, sem interrupção, poderia ser uma maneira de mitigar a falta de interessados.

Um restaurante que ostenta à porta “precisa-se de empregado(a)” em vez da carta ou menu, está a alterar o conceito e a afugentar os clientes.