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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

É bonito falar de Turismo

Por: Luís Gonçalves (candidato à Assembleia de Freguesia de Constância)


Falar de turismo está ao alcance de cada um, desde que os motores de pesquisa, artigos online, dicionários electrónicos, passaram a ser os principais recursos para adquirir conhecimento.


As imprecisões que esta opinião traz a nu manifestam bem a dificuldade em escrever sobre um tema que representa uma actividade não estática, que oscila consoante as marés, que muda de acordo com novas motivações, que se move pela novidade, na procura do “ser” e não do "ter".

Turismo é o manto protector de  um manancial de actividades – umas mais atraentes do que outras, mas no seu todo, é uma das mais bonitas e apaixonantes que conheço – e também uma das mais traiçoeiras pelas razões acima apontadas e muitas mais. Basta o capricho de uma companhia aérea, do presidente de um país, ou de um vírus,  para diminuir drasticamente, ou mesmo interromper actividades ligadas ao prazer de viajar e de conhecer.



É indubitável a vantagem de ter turismo – desde que  seja um destino turistico – não tanto geográfico mas, antes, motivacional.

Porém carecem de profunda análise e estudo os impactos negativos, em especial a nível da demografia de uma vila, de uma cidade ou de uma região.

A “febre” do turismo, como da “corrida ao ouro” se tratasse, aliada à escassez de emprego causada em grande parte pelo digital e tecnologia, provocou alterações demográficas mais perceptíveis em pequenos meios no interior do País.

A transformação de muitas casas de habitação em “AL” e outros investimentos no sector, são provavelmente a causa da indisponibilidade de casas para alugar a preços conscientes. Um professor, um médico, um técnico, que venha em, missão de serviço por 6 meses, um ano, 3 anos, não encontra casa para si e familia a preços condignos.

Contràriamente ao que se pensa, a indústria é uma actividade que também pode ser inovadora. É pouco sensivel aos acontecimentos internacionais; tem a fama de gerir bem os seus recursos humanos, considerando-os importantes activos.

Há concelhos do interior que perderam em 10 anos entre 7 a 10% da sua população, o que aponta para a tomada de urgentes medidas:

-Reactivar edificios do estado para instalar polos de formação de activos nas áreas e oficios de proximidade: (canalização, electricidade, carpintaria, agricultura, serralharia, etc).

- Transformar edificios do estado em habitações condignas a preços controlados.

-Potenciar a instalação de polos tecnológicos e do conhecimento.

- Solucionar a falta de espaços para estacionamento

Então sim, sentindo a comunidade satisfeita, porque "Fazemos a Esperança Acontecer",  o Turismo terá, também o seu lugar.



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