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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Adaptação a novas Motivações

 


A pandemia que dura há mais de 12 meses, tem mantido improdutivos importantes sectores da Economia devido à paralisação de actividades que para eles contribuem: transportes aéreos, movimentação de pessoas pelos diversos meios, a nível planetário.


Durante este período, os operadores dos sectores de hotelaria, restauração, transportes equacionam a rentabilidade dos seus negócios, com a percepção de que o cliente vai adoptando novos hábitos de consumo, novas formas de viajar, novas motivações, elegendo como prioritários destinos que ofereçam segurança, protecção e transmitam um sentimento confiança.


Não será mais possível viajar como “sardinha enlatada”, nem um serviço “ayce” (all you can eat) em que todos os convivas utilisam com cuidado e asseio ou desleixadamente os mesmos utensilios.


Os meios de transporte, para se manterem sustentáveis econòmicamente, terão que procurar a sua rentabilidade pela economia: menor peso, menor consumo e mais reduzidas emissões de gases na atmosfera.

O comboio será o meio de transporte preferencial na ligação de cidades continentais: mais amigo do ambiente, menor tempo de espera, menor burocracia, maior prazer na viagem (ler, passear entre carruagens, ir ao bar, ao restaurante). Esta tendência exige às companhias ou entidades gestoras a sua reformulação e adaptação em termos de conforto, assiduidade, facilidade e velocidade.

O Turismo de Negócios e o mercado MICE reduzirão muito o seu contributo na quantidade de dormidas devido ao avanço da economia digital.

Esse mercado dará lugar a novas motivações:

Turismo Histórico ou das Tradições (cultura, industrial, militar, ambiental, gastronómico, contemplativo…).


As cidades e vilas serão mais inclusivas e amigas do ambiente, adaptando-se a portadores de qualquer espécie de incapacidade (motora, visual, auditiva,etc).

O digital será o meio preferido para a interacção.

O turista será mais ambiental, menos consumista, ainda mais informado, deixando de ter significado para ele termos como 5 estrelas, deluxe, charme. Dará mais importância a termos como eco-friendly, pet-friendly, comunity, nature.


Avultados investimentos foram feitos na oferta hoteleira em todo o País, na convicção de que a galinha dos ovos de oiro” seria imortal, mas um minúsculo ser, invisível, imperceptível e traiçoeiro, veio provar que nada é eterno e que o destino não está nas nossas mãos.


Os investidores e os técnicos (engenheiros, arquitectos) têm que absorver a filosofia de mercado na concepção de novos empreendimentos e na adpatação de muitos que existem.



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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Simbolo de Constância da constância de viver

Se existisse um símbolo da constância de viver em Constância, esse símbolo seria a Bela Sombra (Phytolacca Dioica).
Esta árvore, plantada em 1988 junto à confluência do Zêzere com o Tejo, ràpidamente atingiu uma altura gigantesca superior a 12 metros. Sob a sombra de seus ramos frondosos nascidos de um unico tronco com um perímetro superior a 4 metros, muitas crianças brincaram, alguns piqueniques se fizeram, muitos beijos selaram sentimentos, muitos juramentos jurados.
Até 2011, assim foi. Mas o peso da sua ramagem fez a árvore rachar ao meio. Zona de ventanias, o perigo era eminente. Teve que ser cortada pelo tronco.
Teimosa e constante, ràpidamente a árvore reinvindicou o seu direito à vida, estendeu as suas raízes e novos rebentos brotaram e cresceram livremente, como mostra a imagem, como que um hino à vida.




Devido à localização estratégica e à rede de barcas para transportar pessoas e mercadorias, Constância foi, e é ( hoje por motivos diferentes), uma confluência de rios e de pessoas. Não só mercadores como também figuras destacadas do Reino. E Constância sabia receber, e por isso foi recompensada.
* Luis de Camões escreveu aqui grande parte da sua obra durante o desterro entre 1546 e 1547. Da janela com grades do cubículo que ocupava na Casa dos Arcos, via o Tejo e imaginava as Ninfas. E cantou-o; e o "Zânzere" também foi enaltecido.
* O rei Dom Sebastião aqui permaneceu mais de um ano para se proteger da peste que assolava Lisboa. Os ares dos rios e a assistência do moderno Hospital da Irmandade da Misericordia de Punhete (denominação de Constância na época) construido junto à Ermida de São Sebastião, restauraram o vigor e a vontade do jovem rei de alargar o Império de Portugal. Antes de partir, conferiu em 1571 o foral de vila ao (até então) lugar de Punhete, passando a ser judicial e administrativamente autónoma face a Abrantes.

* Eram muito frequentes as viagens da Rainha D. Maria II - a Educadora, e o seu marido o rei consorte Dom Fernando, não só para descansar e passar longas temporadas, como também para despachar assuntos de Estado com o ministro do reino - Passos Manuel- que aqui passou a residir por ter casado com a fidalga D. Gervásia Falcão.
Nascido na Austria, país banhado pelo lago Constance, juntamente com Alemanha e Luxemburgo,
Dom Fernando Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, era uma pessoa apaixonada pelas artes.
A confluência do Zêzere com o Tejo, sem obstáculos nem fábricas, era um paraíso que lhe fazia lembrar a vila alemã Konstanz, banhada pelo lago Constance.
Defendo que esta versão romântica ajuda a compreender a razão da escolha da denominação "Notável Vila da Constância" por decreto real de 7 de Dezembro de 1836.
A Dom Fernando se deve a fundação da Fábrica de Faiança Constância nas Janelas Verdes em Lisboa, também em 1836.

* Destacadas figuras da sociedade contemporânea, como Vasco de Lima Couto, Alexandre O'Neil, Baptista-Bastos, sem esquecer o promotor de encontros culturais José Ramoa - o Zé Brasileiro Português de Braga - deixaram aqui as suas marcas e património também.

A retoma dos hábitos de viajar para ver novas realidades, conhecer novos mundos, para provar outros sabores, actividades de lazer, sentir a adrenalina da diferença está próxima. Basta querermos manter a constância de viver.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Receios Genéticos de Mentes Desconfinadas

São cada vez mais impressionantes as imagens que nos chegam de várias partes do mundo de cidadãos que reclamam a liberdade individual que perderam com o confinamento.
As forças de segurança podem impedir o desconfinamento físico, mas nada podem fazer contra o desconfinamento do pensamento.

Invisível, imperceptível, fugaz, terrorista, o virus coloca todo o mundo a seus pés, impondo a sua vontade como se fosse o ditador de uma nova ordem mundial.

Privadas da liberdade de fazer as coisas mais simples do dia-a-dia, como cumprimentar um amigo, tomar um café ou convidar colegas para um copo após o trabalho;
Pegar nos filhos e levá-los ao Jardim Zoologico ou ao parque da cidade, ou dar um passeio á beira-mar ao fim-de-semana;
Convidar o conjuge ou amigo(a) para um porto pôr-do-sol, um jantar intimo ou uma estadia marcante ou reconciliadora,
Muitos adivinham dificuldades em se adaptar às rotinas da normalidade, e questionam se alguma vez voltará a ser igual. E colocam questões que indicam uma crescente tendência para a dependência de tecnologias:
“-Conseguirei ver o peão a atravessar a passadeira quando for a conduzir?
- Serei capaz de travar a tempo?
- O carro avisa-me quando faltar a bateria?
- E se eu comprasse um Tesla? Mas para quê, se trabalho em casa. Eh pá, mas estou a ficar doido: tele-trabalho, a canalha impaciente, o cão que quer festas …
-Namorar como? Há alguma coisa mais segura do que o Online? Tenho medo de contágios.
-Viajar? Contento-me a ver as curiosidades no instagram...mas por outro lado tenho saudades de sair para longe, de conhecer outras culturas, mas...
- Almoçar fora? como era noutros tempos?”

Vale a pena ver o video feito num FUTURO PROXIMO inserido neste artigo, que representa o Museu do restaurante: O que era, como funcionava. No passado, os clientes sentavam-se à mesa, comiam face a face, como selvagens.
Este artigo foi inspirado pela expressão inglesa Fear Of Dating Again

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Rio para onde vais

O contraste de hoje é a intempestiva força do afluente como que demonstrando impaciência com a passividade do Tejo.
A carta foi escrita.
-Olha, pede ao Tejo que leve esta cartinha até ao mar. Umas léguas mais à frente, naquela zona chic.

(Vento) -Esta agora! Tenho mais que fazer. Sou volátil, comando as águas e as florestas; as árvores vergam-se à minha vontade. Não tenho tempo a perder com ninharias. 

- Tem calma. Para a carta não perder no meio desta azáfama, eu apanho um barquinho ligeiro que está para chegar. O último passou há 2 meses.

-Isso é se eu deixar. Vai nele e dá o recado a quem tens de dar.
Mas cuidado. Tem tento, porque se pode afundar.

sábado, 16 de janeiro de 2021

A vulgarização do outsourcing

O outsourcing é uma ferramenta de gestão praticada já no séc XIX. Tem como finalidade a optimizaçãoo dos recursos da empresa que a ela recorre para obter o máximo resultado do core-business com a máxima eficiência através da especialização.
Desenho, Webdesign, Comunicação e Marketing, Accounting, são áreas entre muitas outras a que a maioria das empresas recorre porque o volume e a ocasionalidade de trabalho e a especificidade dos serviços não justifica a contratação de técnicos especializados destes ramos nos quadros de recursos humanos permanentes das empresas.
Esta ferramenta de gestão desenvolveu-se muito a partir dos anos 70 do séc XX, Foi seguida por organismos de estado central e local e até mesmo por alguns sectores da economia social (veja-se o exemplo dos tão conhecidos recibos verdes).
A realização de tarefas diárias e rotineiras por empresas ou profissionais alheios, acredito que fica muito mais cara do que se forem prestados pelos Recursos Humanos do quadro.
Num contrato de outsourcing há também que considerar a questão da utilização dos equipamentos da entidade contratante pela entidade prestadora dos serviços.
Anlisando ligeiramente alguns casos, eu diria que o recurso a terceiros demonstra falta de competências de gestão multifuncional, impreparação para lidar com possíveis conflitos laborais, falta de liderança, descarte de responsabilidades ou, raramente, a inexistência de recursos humanos na localidade.

* O core-business de um estabelecimento hoteleiro é a venda de alojamento, alimentação e bebidas. O suíço César Ritz, o americano Conrad Hilton e mesmo o português Alexandre d’Almeida dariam voltas nos túmulos se soubessem como são geridos alguns hotéis.
Manutenção do edifício e dos equipamentos, Higienização de áreas públicas, Segurança, são serviços que faz todo o sentido serem assegurados por empresas exteriores especializadas.
Dar à exploração sectores de Alimentação e Bebidas compreende-se se tiver sido considerado no projecto e antes da sua execução, tendo como previsão de clientela, normalmente o mercado externo local e o interno do hotel. Manda o senso-comum que sejam estipuladas penalizações contratualmente se o concessionário não garantir continuamente o padrão de qualidade de serviço e conforto estipulado. Porém, é preferível voltar à formula de exploração tradicional global, porque as opiniões online não distinguem responsáveis: É o hotel que fica beneficiado ou prejudicado com todas as boas ou as más interpretações de qualidade.

* O negócio principal de um lar de idosos é fornecer alojamento, alimentação, higienização e eventualmente tratamentos sanitários aos utentes. Compreende-se que recorra a serviços de enfermagem e medicina, manutenção de equipamentos a profissionais especializados. E talvez a empresas de limpeza para a higienização de áreas comuns.

* Aproximar das populações os serviços administrativos e promover e salvaguardar os seus interesses é o papel que cabe às autarquias. Assim como lhes cabe a responsabilidade pela manutenção ambiental, salubridade e ordenamento do território.


É do conhecimento público a precaridade dos chamados tarefeiros (trabalham à tarefa).
Empregados de empresas prestadoras de serviços (ou pessoal alugado) dependem de 2 entidades: Hierarquica e juridicamente a sua entidade (que muitas vezes lhe paga o mínimo possível e o mais tarde que puder) e funcionalmente da empresa ou instituição onde prestam serviço.
O descontentamento reflecte-se na baixa produtividade, no desleixo e na insatisfação dos resultados da empresa.
Deveria ser uma exigência da empresa que recorre a serviços externos que a entidade prestadora de serviços apresente provas de que cumpre as suas obrigações sociais (férias, subsídios, salários, responsabilidades sociais, respeito pelas leis laborais, etc.) como condição sine-quanon para a manutenção do contrato. Se é exigida a vencedores de concursos públicos uma garantia que é liberada no término do contrato mediante prova de que não há credores, o mesmo se deveria aplicar a todos os contratos de outsourcing seja por entidades oficiais, publicas ou privadas.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Saudade? Novo Ano está a chegar




 Isso é o que diz Joe Dassin, mas nem sempre é assim.

O mundo muda dependendo de como tiver sido o teu mundo ou o mundo que sonháste.

Se  duas partes formavam um todo desejado do mundo sonhado e uma delas parte sem sentido, então o teu mundo muda e de que maneira ! Tentas, mas ele não é esquecido.

Sofres porque não sofres de amnésia. És  dominado pela saudade. Porque para ti um ano, uma semana ou um mês, é uma eternidade. 

Ausentas-te da realidade, imerges no mundo do mundo sonhado e passas a andar desfadado porque não encontras o norte.

Maquinalmente discas, interrompes porque realizas que do outro lado não há ninguém.

Caminhas sem tino, sem destino, talvez até  ao cais; por sorte o barquinho aporte para te levar.

O meu conselho é de aproveitares os dias de sol, para te iluminar e a lua para dar brilho ao teu ser, matutar sobre a importância dos astros na Vida e compreenderes a perfeição da  Natureza. 

E perceberás que só o facto de sonhar é um dom que nem todos possuem. É a tua vitória. BOM ANO NOVO


https://www.youtube.com/watch?v=h0g3Iy1U4Eo

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Turismo nas Smart Cities

 


O surgimento da 5G – a mais avançada geração tecnológica móvel vai  aperfeiçoar e finalizar as cidades inteligentes em curso, e propiciar a construção de outras.

Vistas como modelos de organização urbana, em termos de recursos, vias de circulação,  locomoção de pessoas a pé, de bicicleta ou em meios de transporte individuais e colectivos sem condutor, auto-suficientes em energia limpa, desperdício zero, algumas cidades inteligentes albergam as sedes de companhias internacionais. E outras dispõem ou projectam hotéis.

A IdC que autonomiza o funcionamento de equipamentos com uma eficiente gestão rigorosamente calculada, faz-nos questionar se em 2025 a TAP necessita de pilotos, assistentes de bordo e de terra. De facto, sob as expectativas do advento da 5ª geração Tech , muitas empresas vão se reestruturar. E teremos do outro lado, os políticos a lamentarem-se o elevado índice de desemprego.

A vida nestas cidades representa o expoente máximo da ditadura da tecnologia .

(Jasminsoftware.com)


Os Robot-Public-Cleaners não se deparam com os có-cós nos espaços públicos, simplesmente porque os animais de estimação serão os RoboPets ou os TechPet residentes nos telemóveis , cujas acrobacias resultantes de estímulos, são o delírio dos seus donos  e Socializing Teasers.

Há gostos para tudo, e estas cidades terão o seu Mercado Turístico – denominação tendente a ser substituída por “Mobilidade Emocional Humana”- . Um segmento será o tecnológico cujo objectivo de visita é estudar presencialmente a Competência Tecnológica Concorrente.  Outro segmento será o GRAB ou Ostensivo  – o tal que, actualmente relata as suas viagens como privilegiado que escolheu o cruzeiro que lhe oferecia NON STOP FOOD e Um “CRIADO” para cada mesa. "Valeu a pena ter pago 500 contos". Quando ficar no hotel em que um robot lhe dá as boas vindas e fala a sua língua, vai relatar “bastou-me atravessar um raio laser para aparecer um veiculo individual, sem ninguém a guiar, mas que me explicava, na minha lingua,  todo o trajecto da cidade de Mazdar. Era mais simpático do que algumas pessoas."

(Voltando às origens)

Ainda são poucos os exemplos, mas já há restaurantes que incutem nos seus funcionários a consciencialização para a recuperação e reutilização. Cada cozinheiro tem um recipiente transparente onde deposita os desperdícios. No fim do dia é pesado, contabilizado e inserido num programa de computador. Além de um elemento de gestão é também o elemento essencial para a reinvenção e criatividade.

Preferencialmente as escolhas recaem em produtores locais, produtos autóctones, que se apresentem na sua forma original, sem plásticos nem embalagens e ecológicos.

A busca de tradições em aldeias e vilas com identidade e características singulares continuará a aumentar, mas por turistas cada vez mais conscientes do valor da Natureza.