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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Industria, Turismo, Regeneração da Floresta

Razão tem o presidente da Turismo Centro de Portugal – Dr. Pedro Machado -  em propor a alteração da ET 2027  como consequência da área ardida na maioria dos municípios integrantes daquela estrutura e dos avultados prejuízos materiais e paisagísticos.
Esta área ardida desfigurou completamente a paisagem.
Uma proposta desta dimensão implica a envolvência de vários ministérios, das autoridades, das autarquias, da sociedade civil, enfim, do Estado português.
•         Não chegando ao ponto de uma lei taliónica, faria todo o sentido rever o código penal para provados crimes que atentem colectivamente contra os bens da natureza, especialmente se resultarem em perdas da vida humana.
•         Reduzir ao máximo o número de embalagens descartáveis, consciencializando que nas caminhadas é mais saudável beber líquidos por um cantil devidamente isolado termicamente.
•         Colocar pontos de recolha de materiais descartáveis ao longo de percursos fluviais,  pedestres e de cicloturismo.
•         Promover as boas práticas e exigir das empresas que promovem actividades ao ar livre a sua aplicação aos seus clientes.
•         Considerando que a floresta ocupa 35% do território, deveriam ser concedidos incentivos fiscais à produção de energia e combustíveis  de biomassa dos subprodutos da floresta, da indústria da madeira e dos resíduos sólidos urbanos.
•         Incluir os municípios na elaboração rápida de estudos geográficos e topográficos  para oficializar a implantação de clareiras  e a alienação de faixas para pedestrianismo e cicloturismo em áreas superiores a X quilómetros quadrados. Essas clareiras deveriam ser  lagos e linhas de água, preferencialmente,  captada da chuva e de furos, mas não como aconteceu aqui perto, segundo me contaram: havia tanques para os aviões e helicópteros de combate se abastecerem, mas estiveram  vazios durante a época de incêndios que agora terminou. Os proprietários que não tivessem meios para os fazer, o município asseguraria a sua realização mediante pagamento.
•         Transformar extensões ardidas em quintas comunitárias e pedagógicas, captando um turismo solidário com o ambiente, a natureza, a humanidade, u turista que marca território e a ele se fideliza.
•         Tudo isto somado teria como resultado a Sustentabilidade Económica, Ambiental, através de uma consciencialização solidária, emotiva e motivacional.

A Bem do Homem, da Floresta, do Turismo, da Inteligência




segunda-feira, 2 de outubro de 2017

TRANQUILIDADE


O meu estado é de tranquilidade em vários aspectos:
PROFISSIONAL:  A actividade  turística a que estou ligado há muitos anos, não vai diminuir em Constância nos próximos anos. Pelo contrário, espera-se um aumento porque:
- Novas ideias surgirão;
- Haverá maior motivação para uma participação alargada aos interessados na definição de estratégias para a formação do produto turístico “Constância” consistente, credível, duradouro, consciente social e ambientalmente, logo, mais e diversificadas actividades contribuirão para uma melhor saúde económica do concelho de Constância.

PESSOAL
Desde miúdo que fui educado a respeitar os superiores, especialmente os legitimamente eleitos. E assim continuarei, reservando-me, contudo, ao direito de argumentar quando não concordar com decisões ou omissões.

CIVICO
Tranquilo porque, nos últimos meses exerci em plenitude, dentro das minhas possibilidades, um dever de cidadania e um direito que me assiste constitucionalmente. Sem atropelos, sem animosidades, que, por isso mesmo, muito me regozijou. Especialmente porque, quem me convidou, viu algum valor em mim.

ESPERANÇA E OPTIMISMO
- Esperança num futuro mais promissor para os meus sucessores e para todos os jovens.
- Na minha capacidade de colocar em prática o que aprendi na vida profissional, pessoal, nas escolas e de continuar a aprender com quem lido profissional e pessoalmente.

- Optimismo com a certeza de que o que aprendi com os melhores, com a minha dedicação à aprendizagem e ao estudo e o que humildemente vou aprendendo na minha convivência diária, é propriedade minha, mas partilhável num ambiente de honestidade, de reciprocidade, de sinceridade em objectivos que me provoquem emoções e satisfação pessoal.
De
Constância para todos os meus círculos

sábado, 30 de setembro de 2017

A Rosa do meu jardim

Flor minha, que murchaste,
Que caíste triste e abandonada
Deste mundo traiçoeiro incompreendida,
Humilhada, amada, odiada e ofendida.

Uma estaca para apoio procuraste
De entre as muitas do roseiral onde estavas.
Mas teus picos não chegaram lá.
Tremeste, esmoreceste, porque traíste aqueles
Do meio onde cresceste, da água que te saciou e na qual
Tuas pétalas lavavas.            
Meu coração chora de tristeza
E de alegria também.
Porque  bela sempre foste, perfume espalhaste.
Mas estavas com toda a certeza,

Alheada de quem te quis bem.


sábado, 12 de agosto de 2017

A irreversível cedência de Isenção às Minorias

"A medida tem como objetivo promover a inclusão e igualdade."

"Ladies and gentlemen", ou senhoras e senhores, é uma expressão típica de saudação em vários locais. O metro de Londres é obviamente um desses sítios, mas agora os condutores, e as gravações pré-gravadas, vão deixar de usar essa expressão. Será mais do género Hello everybody - Olá a todos!
A linguagem é extremamente importante para a comunidade LGBT. Damos as boas-vindas aos anúncios neutros", disse o grupo LGBT Stonewall, em comunicado."


A irreversível cedência de Isenção às Minorias
Manda a Democracia e a Cidadania que a Tolerância e o Respeito  por Minorias, sejam elas  étnicas, religiosas, sexuais, dominantes, culturais, e outras, constituam  algumas das normas de conduta dos Governos, Autoridades, Autarquias, e de toda a Sociedade.
Tolerância e Respeito não isenta o País, a Região ou a Edilidade de uma política de inclusão no nosso meio-ambiente, na sociedade e no respeito pelas leis que nos regem.



Estas normas não significam (e muito menos justificam) , em meu entender, qualquer submissão  num gesto de fechar os olhos ou de rendição, nem a isenção de responsabilidade deontológica, civil e criminal no cumprimento da lei, no respeito pelo património e pelos nossos usos e costumes, pela aplicação da justiça.
Quem não acatar as leis locais deve regressar ao seu local de origem.
Não é o país acolhedor que se deve submeter às vontades das minorias, alterando seus princípios, tirando vida, inclusivé, a coisas que nasceram para terem vida.
Uma minoria étnica ou cultural ou qualquer outra não é personalidade jurídica, logo não pode ser acusada. Mas os seus membros, como pessoas, sim. E é como pessoas que temos que ver e tratar os membros das várias minorias. Não podemos permitir que se refugiem no clã para escaparem à lei e à aplicação da justiça, desculpando-se com crenças, preconceitos, hábitos e tradições dessas minorias.
Dito isto, as nossas autoridades têm toda a legitimidade para impor a todos os cidadãos que estão no nosso território o cumprimento da lei, promovendo, antes de mais, acções de familiarização com os bons usos e costumes e com O Proibido, com O Não-recomendável e com O Permitido.

Aliás, as noções de cidadania deveriam ser transmitidas antes de serem concedidos documentos oficiais definitivos a quem pede a nossa nacionalidade.
É incompreensível e desoladora a falta de animação intrínseca a equipamentos (leia-se animação como a vida que as coisas têm):
 A vida num aquário é reconhecida pela existência de peixes, a de um lago pela existência de  água corrente ou a borbulhar. Nele se podem aplicar elementos decorativos e/ou úteis,  como elementos de dissuasão do uso indevido da água. Eu poderia apresentar aqui alguns exemplos, mas não fui a isso chamado.

domingo, 18 de junho de 2017

ETC – Ética, Turismo e Cidadania

Ou Ética e Cidadania para o Turismo pode muito bem vir a ser uma disciplina a leccionar a partir do 5º Ano Unificado.
Nunca é tarde demais, mas já não é cedo para alertar consciências de que o nosso comportamento como cidadãos, empresários, turistas, perante o Ambiente, dita a sustentabilidade ou o insucesso do desenvolvimento económico e social através do Turismo, da região onde habitamos.
“Do parapente à caminhada, passando pela espeleologia, escalada, passeios de BTT, birdwatching, canoagem, mergulho, surf, muitas são as actividades que actualmente estão ao dispor do público em geral, seja no ar, na terra ou na água.” Segundo o Instituto para a Conservação da Natureza, é responsabilidade inalienável de todos os praticantes de actividades de ar livre o respeito pela natureza, biodiversidade, património cultural e populações locais.
O que vemos em algumas esplanadas são beatas no chão, mesmo existindo cinzeiros em cima das mesas. O que vemos nas bermas das nossas estradas, dos caminhos e trilhos, no percurso de algumas rotas são garrafas vazias de plástico, garrafões, sacos, papeis, lixo; sinalética deteriorada ou ilegível; tudo isto demonstra uma autêntica ausência de ética, de cidadania, um ataque ao ambiente, e um total desrespeito pela segurança e bem-estar das pessoas.




Do fundo do mar e das nossas praias  são retiradas anualmente toneladas de  lixo e de produtos contaminantes da fauna marinha.

Do outro lado encontramos traçados de rotas sem qualquer segurança para cicloturistas, pedestrianistas, automobilistas.
O substancial aumento de turistas e visitantes, porque “Portugal é IN” devido sobretudo a transportes baratos, insegurança noutros países, parece ter despertado a ganância desmedida de vender, por exemplo, 25 cl de água por 2 Euros em alguns cafés, restaurantes, esplanadas. Depois, quando vier a pacificação (espero que por meios pacíficos), lamentamos a nossa má-sorte no funeral da "galinha dos ovos d'oiro".
Hábitos de consumo e de comercialização terão de mudar. Por maiores compromissos que Tratados prevejam, e boas vontades neles se professe, de nada vale se não começarmos por respeitar e exigir o respeito pelo Código de Ética Mundial para o Turismo. Talvez começar por proibir o consumo e venda de bebidas em embalagens descartáveis. O comprador ou traz cantil ou adquire a preços de descarte proibitivo um recipiente reutilizável no estabelecimento onde adquirir a bebida.
Em comunhão com a Natureza

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Nós é que escolhemos

Santa Bárbara tem protegido crentes e não-crentes de chuvadas, trovoadas e tempestades nos dias santos e nos dias de feriado, sendo nós, consequentemente, abençoados com dias radiosos de sol, que motivam os viajeiros, turistas e aventureiros, sob o manto protector de São Cristóvão, a descobrirem recantos deste bonito Portugal, à procura de emoções nas paisagens e nos sabores, e história e conhecimento na arquitectura e no património.

Nós, que escolhemos como modo de vida, prestar serviços a turistas e visitantes (não gosto do termo correcto “excursionista” quando se deslocam individualmente), e delas dependemos economicamente, ocupamos um lugar privilegiado na roda da sorte, porque o “consumidor” dos nossos serviços vem até nós.
Porém, não sabemos aproveitar, por vezes, as oportunidades, desperdiçando a sorte de termos um mercado que nos procura. Sentimo-nos iguais se, como os nossos visitantes, descansarmos num dia de feriado. Há igualdade, é certo; mas não perdemos a dignidade, se trabalharmos nesses dias, permanentemente com profissionalismo, dando assim resposta à procura que aumenta 6 ou 7 vezes em relação à considerada procura normal. E contribuimos, com a nossa prestação, para a afirmação dos valores inatingíveis do nosso lugar.

Na nossa actividade há gestores que:
* Sabem quantificar a diferença entre o resultado de estar aberto e as compensações financeiras que têm de pagar por trabalho em dia de feriado.
• E também há outros que sabem adequar o tipo de oferta ao volume de procura de forma a servir todos de uma forma fluente, optando por BUFFET, BARBECUE, Do it Yourself, etc.
•E há aqueles que pura e simplesmente decidem “que me importa que seja feriado; é dia de estar fechado, fecha. Pronto”. Estes são os que escolheram o MODO DE VIDA errado.
O que é chato é que, durante o ano, queixam-se que a “Santa Câmara” não faz nada para resolver o problema deles – a baixa procura de inverno. E não tem nada mais a fazer, para além de manter o território atractivo, atraente e acessível, e criar condições para a livre e individual iniciativa de promoção dos serviços e estabelecimentos de uma forma inovadora e criativa; Simplesmente pela razão de que as receitas são para eles e não para a autarquia.
Não havendo iniciativa de procurar o mercado, de o atrair com novidades, de promover a qualidade, de garantir ao consumidor a satisfação da maioria e mais importantes expectativas, não há SANTA EDWIGES nem SÃO JOÃO que nos valha.
Outras iniciativas
Nota: Este texto não respeita, deliberadamente, o novo acordo ortográfico, porque entendo que a etimologia da palavra é a raíz que sustenta a história de uma língua.
Na Natureza

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Em forma de homenagem a Manuela Azevedo

Apesar de relatar factos e recordações, recusei chamar Epístola a este diálogo, por respeito àquilo como se definia enquanto cidadã: “Republicana, Socialista e Laica”.
Lembro-me, D. Manuela, de a ver conduzir com muito cuidado, porque a visão estava a diminuir, o seu automóvel Fiat 124 de cor amarelada. Ficava, nessa altura, na Quinta de Santa Bárbara. Era o ano da minha vinda para Constância, em 1993. Tinha eu 40 anos e a senhora 82.
Seguidamente conheceu a Casa João Chagas. Preferiu o primeiro  quarto que lhe mostrei que eu tinha denominado “Constância" – o 102. E passou a ficar lá, pelo menos por 100 vezes desde esse ano até talvez 2008.

Por causa do enfraquecimento progressivo da vista, passou a vir com sua irmã Maria Alexandre e seu marido Jorge Maria Bessonne Basto, no Fiat Tipo que possuíam. E quando ele não estava disponível, apanhava o comboio desde Santa Apolónia até ao Entroncamento onde o Fernando do Jardim-Horto e, depois da sua prematura partida a São, a recebiam e transportavam para Constância.
À chegada não ia logo descansar; só ao fim da tarde, porque mais importante para si era o Jardim-Horto e a Casa-Memória de Camões, que necessitava de desbloqueamento de verbas para terminar a recuperação. E ultrapassou obstáculos, moveu montanhas, mas conseguiu o desbloqueamento. E as obras recomeçaram. E terminaram no seu tempo.

 Lembro-me do convite que lhe fiz para jantarmos todos uma refeição por mim confeccionada na Casa João Chagas (dotada apenas de uma escassa copa e 1 fogão caseiro): a senhora, a irmã e marido, um outro cliente – jornalista - , minha mulher e eu. Perguntou-me que sopa era aquela.
- Sopa Dama Branca, respondi .
Provou, e gostou, com aqueles croutons estaladiços. Não resistiu a repetir o Lombo de Porco Estufado. Eu tive o cuidado de chamar a atenção de não ser cozinheiro, mas gostar experimentar. Perguntou-me por que razão eu oferecia o jantar. Respondi-lhe que a minha filosofia era a de Turismo de Habitação, em que o cliente é uma pessoa, tem sentimentos, e não um número; que o turismo é feito de relações humanas. Foi nesse jantar que me confidenciou a sua outra paixão: Aprofundar a vida de São Frei Gil de Santarém, especialmente as lendas e histórias sobre a si. No dia seguinte o jornalista confidenciava-me:
 - Esta senhora é daquelas personagens difíceis de entrevistar, porque têm um raciocínio rápido e mudam muito depressa. 

E aquele dia chegou; o dia em que as maiorias decidiram em assembleia, e o consequente desabafo que teve comigo, sentada numa das cadeiras da esplanada de O Café da Praça com um semblante triste, deprimido:
Nunca mais volto a Constância!...
 - Porquê, D. Manuela? - Não me querem cá. 
 Mas voltou. Porque transformou a prateleira em trono,Voltou porque a foram buscar para a homenagear junto à casa que levantou. E onde uma lápide se descerrou, mas eu não a vi. E tenho pena. Que Deus a acompanhe, D. Manuela, porque o saldo da sua vida foi positivo.