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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Turismo para Todos

Vasculhar o baú das recordações inspira.
O título poderia ter por intenção a afirmação do Turismo como uma função inclusiva, que na realidade o é, sob o ponto de vista de acessibilidade; universal; sem barreiras.

O cartão da Agência de Viagens “Tourisme pour Tous” que encontrei, chama a atenção para a competência dessa agência de apresentar programas para todos os gostos e segmentos - Tourisme pour tous (les goûts).

Os recursos humanos, culturais, paisagísticos e materiais concorrem para a escolha de Portugal como um destino turístico multi-emocional. É um chapéu que abriga um mercado diversificado e muitos nichos de mercado.
Um outro chapéu ou Umbrella abriga as diversas actividades de apoio ao turismo e seus agentes e operadores, que eu dividiria em 3 grupos:
• Os que adoram o que fazem porque gostam de ver realizados os seus objectivos, sendo a felicidade dos seus clientes o principal.
• Os que acham que Turismo é uma actividade interessante, que dispõem de fundos ou de acesso a eles, mas não adquirem ou não aprofundam os seus conhecimentos e competências na gestão ou na operacionalidade da actividade que pretendem desenvolver. Constata-se isso em redes sociais, com perguntas que demonstram ignorância do negócio e uma confrangedora ausência de inteligência criativa, necessária numa actividade feita por e para pessoas.
• Finalmente, alguns “caçadores de oportunidades”. Espreitam  através das permissividades da lei a oportunidade de aumentarem os seus rendimentos com espaços que dispõem, descurando a verdadeira essência do Turismo: a Socialização Cultural por meio da interacção. Situações do género que ouvi de turistas “esta casa é minha casa, atenção”; “Não faça festas ao meu cão, ele é meu”; “Não pode passear no jardim; são as minhas flores”. “A churrasqueira é para eu juntar os meus amigos para petiscarmos e bebermos uns copos”, são contrárias ao ambiente “Tourisme en famille” que perspectivamos encontrar num “partage de maison”.
Luís Gonçalves - * Como vivo de recordações, não aderi ao recente acordo ortográfico, especialmente porque entendo que a etimologia é a raiz que dá força e personalidade à palavra.

domingo, 13 de novembro de 2016

Revive para o Turismo


Portugal é extremamente rico em património. Incontável o número de turistas e visitantes (portugueses cada vez mais) que, de máquina ou telemóvel em punho, registam em imagem a exaltação de gerações que nos precederam.

Grande parte dele foi construído pelos nossos regentes do passado em locais estratégicos para a defesa do território;  outros foram construídos como símbolo da visão de quem nos regia e do sucesso dos feitos dos Portugueses e, alguns, ainda, como manifestação de religiosidade e agradecimento pelas conquistas alcançadas e vitórias ganhas.

Alguns deles, beneficiando de invejável exposição paisagística, foram no passado transformados pelo Estado Português em pousadas que transmitiam ao turista os valores e os sabores de Portugal, sendo imposto ao concessionário a oferta de pratos regionais nas ementas.
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Pousada do Porto, Palácio do Freixo, Campanhã, Porto, Portugal

Cheios de simbolismo, os monumentos guardam trechos de história moderna e contemporânea que são património daquilo que se convencionou chamar memória colectiva.
A memória não pode ser apagada sendo necessária a intervenção técnica em muitas edificações que apresentam elevado estado de degradação e  mesmo alguns problemas de segurança.

·        É conhecida  de todos  a dificuldade do estado em acudir financeiramente a todas áreas essenciais (educação, saúde, segurança). Para essa finalidade elegemos governantes.

·        Todos sabemos que todos nós somos chamados  a pagar as necessárias intervenções no património português através de taxas e impostos, independentemente de usufruirmos ou não  dos bens culturais intrínsecos à monumentalidade de que se falou.


 Forte de Peniche

·        Ora, se um edifício que se pode chamar histórico, apresenta degradação e há interessados particulares ou empresas na sua reabilitação, a custo zero para o estado (TODOS NÓS),  porquê a oposição, mesmo antes de se saber se aos promotores da reabilitação  e adaptação é exigida a manutenção de um espaço condigno para a guarda das memórias que determinado monumento encerra, e a garantia de se manter aberto a visitações?

Que pensar da transformação de Igrejas da Europa e Estados Unidos de mais do que uma confissão religiosa em bares, restaurantes, teatros, livrarias, etc.? Que se saiba não houve manifestações públicas. Perceberam que os ministros desses locais de culto compreenderam que fieis alteraram a sua prática religiosa, que a igreja  deixou de ser uma comunidade e factor de união; como consequência  as contribuições dos fieis para a manutenção da sua igreja diminuíram a um nível nunca antes imaginado. Foram esses mesmos pastores e sacerdotes que tiveram de imaginar e pôr em prática esta engenharia financeira.

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Igreja e Mosteiro de Travanca , Amarante (Beneditinos) na lista de concessão a privados num entendimento entre a Cultura e o Turismo

O programa REVIVE  é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada, que contribui para a afirmação do TURISMO CULTURAL  nas nossas aldeias, vilas e cidades, com todas as vantagens económicas e sociais consequentes.
Fonte 









Luís Gonçalves


sábado, 5 de novembro de 2016

Complexidade da Gestão Hoteleira


O título não pretende adjectivar a arte de gerir o ramo da hospitalidade como uma actividade difícil de gerir. É difícil se for exercida por alguém não-preparado e não dotado de sensibilidade, bom senso, qualidade de liderança, conhecimento do negócio e do mercado; se for exercida por alguém incapaz de identificar se as limitações para atingir um objectivo são do foro interno ou externo.

Mas é complexa
  • – Desde logo porque hospitalidade é uma actividade remunerada e, como tal, o gestor tem de estar à frente das tendências do consumidor.
  • – A gestão hoteleira é abrangente, envolvendo a interligação de objectivos imediatos com objectivos a médio e longo prazo.
O gestor não alcançará os objectivos em pleno se não conseguir a colaboração entusiasta de todos os colaboradores do empreendimento que, para isso, terão de se sentir motivados. O entusiasmo é fruto não só de uma política de benefícios financeiros e sociais dos recursos humanos, mas, essencialmente, saberem o porquê do seu esforço e sentirem que o seu contributo é reconhecido.
luis-e-nigel
  • – Há pessoas que se dão lindamente com trabalhos sob pressão, desempenhando excelentemente a sua tarefa nas horas de grandes movimentações de clientes. Outras há que se sentem mais confortáveis com o sedentarismo e trabalho burocrático e menos desempenhando tarefas sociais. Há que conhece – las para lhes atribuir o posto certo.
  • – Recordemo-nos que os operacionais da linha da frente (recepcionistas, barmen, chefe de mesa, etc.) são os que mais contactos têm com os clientes. Muitos clientes desabafam com eles as suas alegrias e tristezas, satisfação ou insatisfação. Se não fosse mais, esta realidade era já suficiente para uma interacção amiúde da direcção com os seus colaboradores.
A infinidade de aspectos ocuparia páginas e páginas, mas, o importante é dar às pessoas a importância que elas merecem, ser apologista de uma política de bem-estar dos colaboradores, que se reflectirá na qualidade dos serviços prestados aos clientes e, consequentemente, na fidelização e conquista mais fácil de vários perfis de consumidor.
Luís Gonçalves
Hoteis na Natureza

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Influência das aplicações informáticas na concepção de modelos e de espaços


É impensável ao hoteleiro ignorar a influência que as plataformas digitais têm sobre o cliente na maneira  de conseguir (com o significado “réussir” em francês), estar e de ser, na definição de áreas, funcionalidade e design dos espaços que formam o seu hotel (a estrear ou a remodelar).
O cliente de hoje procura essencialmente a eficiência e rapidez de procedimentos para ter tempo para sociabilizar, como compensação pelo isolamento a que as mesmas novas tecnologias o condenam.

Os espaços públicos  do hotel tendem a desempenhar cada vez mais funções socializantes, pela funcionalidade e atractividade que cativam o Smart Traveller.
Easyliving apresenta vídeos, ementas, mostra programação de espectáculos e exposições  e permite reservar mesa em restaurante ou lugares em cinema, teatros, apresenta os trajectos e permite chamar táxi. O “velho” concierge pertence à geração Jurássica da hotelaria.
* Quiosques de Check-in e Check-out Express parece que já são uma realidade.
* O tradicional balcão de Recepção tem tendência a desaparecer, ou se existir, ficará localizada num espaço menos nobre do hotel.
Estas realidades influem não só na (re) definição de espaços, na selecção de equipamento, na decoração, como também na previsão de necessidades e aptidão dos Recursos Humanos. Mas, principalmente, deixa uma interrogação no ar: QUAL A PRINCIPAL VERTENTE DA FORMAÇÃO HOTELEIRA, especialmente na área de Relações Públicas e Acolhimento?
O que consigo vislumbrar são amplos espaços no hall  com gabinetes de estética, workplaces de actividades relacionadas com negócios locais, como artesanato, “oficinas de culinária de diversas origens”, eventualmente um chef a promover a interactividade com os clientes interessados na elaboração de experiências gastronómicas com os produtos alimentares que adquiriu numa das lojas gourmet, zonas de estar, enfim, um filme num  shopping center no qual  o cliente é o actor principal.

Para o cliente chegar à Recepção terá de passar por alguns labirintos onde encontrará um bar, um self, um cabeleireiro, uma exposição, por exemplo.

Receberá no seu telemóvel a informação de que o quarto que lhe foi atribuído já está pronto a ocupar, juntamente com código de acesso ao quarto.

Gastronomia em Portugal

Não podemos excluír da Gastronomia, vista como a associação de arte, aspectos culturais e sabores, os doces conventuais, dos quais se destacam os Queijinhos do Céu das Irmãs Clarissas. Veja mais abaixo

Turismo Emotivo * Emotional Tourism googleac69fed623e9c4d7.html

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Em plena comunhão com a Natureza



Eu, quando quero estar com a Natureza, e dela usufruir o que me oferece, não hesito. A minha decisão é imediata, sem arrependimentos. Veja o quê, mais abaixo.

Turismo Emotivo * Emotional Tourism googleac69fed623e9c4d7.html

sábado, 24 de setembro de 2016

A verdade Gastronómica do Bacalhau Desfiado




Os marítimos desta terra ribeirinha nascida da confluência do Zêzere com o Tejo e que se espraia colina acima, encimada pela Igreja Matriz ou de Nossa Senhora dos Mártires, colocaram no património gastronómico uma iguaria de agrado de muitos apreciadores de bacalhau confeccionado de muitas maneiras.

Até à abertura de estradas e ao aparecimento do comboio, os rios eram as auto-estradas de hoje, e as Fragatas, os Cargueiros, os Varinos, os Barcos de-Água-Acima eram os mais velozes meios de transportes de pessoas e de mercadorias, nomeadamente cereais, linho, madeira, carvão, sal, etc., de e para as cidades e vilas ribeirinhas.
E nesta terra as casas ricas e senhoriais situavam-se na primeira linha de água, pertencentes a proprietários de frotas e a outros fidalgos, vivendo o povo nas casinhas rurais situadas encosta acima no meio de olivais e laranjais e hortas.
Transaccionavam-se mercadorias, faziam-se trocas, e cobravam-se favores em benefício de tripulantes, calafates, tarefeiros, que estavam ausentes de sua terra por períodos muitas vezes superiores a uma semana.
Vá lá, pese mais 10 Kg, que eu dou-lhe um bacalhau…
Para escapar ao controlo portuário das mercadorias, os bacalhaus secos vinham debaixo de água, presos por um cordel que partia da quilha do barco. Chegados ao fim da viagem, o bacalhau estava suficientemente demolhado.        

Ao ouvirem as sirenes que anunciavam a chegada dos barcos, as esposas, familiares e amigos desciam encosta-abaixo, trazendo temperos como azeite, ervas aromáticas, alho, cebola, vinho, broa de milho, etc.
Desfiando o bacalhau para um recipiente, no qual se adicionavam os temperos citados, todos sentados à sombra das frondosas árvores petiscavam o “BACALHAU à MODA DE PUNHETE” acompanhando com o pão e o vinho (História dos marítimos de Punhete contada por Cesaltina, fadista, filha, neta e bisneta de tripulantes de varinos ).