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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sinais dos Tempos: Turismo Inclusivo



Receber cartas  para reservar um quarto para a família, um quarto “couriers” para  o “chauffeur”  e outro para a “Nanny e” “Infants” para a época estival, durante dois ou três meses era uma rotina a que os hotéis de maior renome localizados em zonas balneares se habituavam logo a partir de  Janeiro de cada ano.
Mudanças radicais desde então se sucederam.  Tanto a nível da procura como da oferta, não sendo para mim claro se a oferta se adaptou à procura ou vice-versa.  
Ainda hoje a oferta hoteleira se concentra nas zonas de praia e nas principais cidades, mas até há cerca de 20 e tal  anos as regiões do interior do país não tinham grande expressão nas estatísticas de turismo.
De então para cá cadeias internacionais se implantaram também em vilas  localizadas fora  do litoral, munidas de potentes ferramentas de marketing e técnicas de gestão.
Eden no Monte Estoril


A globalização e acessibilidade que as novas tecnologias favoreceram,  encarregaram-se da divulgação do património histórico, cultural e étnico de recantos remotos até há pouco conhecidos só por alguns, dando-lhes importância na oferta turística local. E, como resposta, o surgimento de um segmento de mercado turístico que busca a autenticidade, o paisagismo, a natureza, os usos e costumes  locais, as tradições, a gastronomia,  nos mais belos e autênticos recantos de Portugal.
A lei portuguesa proporcionou o aparecimento de novas fórmulas de alojamento para dar resposta a essa procura. E com ela, o desenvolvimento de uma economia local que terá de ser inclusiva.
As Autarquias Locais são chamadas a garantir a sustentabilidade económica aproveitando a característica inclusiva do Turismo:
- Ser agente facilitador das dinâmicas, divulgador das tradições, coordenador da economia inclusiva, como, por exemplo, contratualizar com proprietários de terrenos com aptidão agrícola, promover a aptidão agrícola dos terrenos que a própria autarquia possui, sensibilizar as populações locais para encontrar a sua própria sustentabilidade constituindo-se em pequenas sociedades, em cooperativas ou em grupos exploradores de hortas comunitárias, por forma a que seja mantida a produção local e  os produtos autóctones sejam consumidos e comercializados na localidade.

- Intervir junto dos organismos competentes para  que subsídios de desemprego atribuídos a pessoas capazes sejam  substituídos por subsídios para “start ups” de cariz local para a promoção,  manutenção e rendibilidade dos usos e costumes, como artesanato, folclore, agronomia.
- Intervir junto dos organismos competentes para a atribuição de benefícios fiscais para quem produz e comercializa e para quem  compra produtos autóctones.
- Promover a formação de toda a população para que cada um seja um verdadeiro guia de turismo local, um conhecedor do património da sua região, um convicto promotor do local onde habita e um perfeito educador ambiental.

O sucesso do Turismo nos meios mais pequenos não será comprometido, desde que o Turismo seja visto e tratado como uma oportunidade de desenvolvimento de uma economia criativa e inclusiva.



domingo, 31 de janeiro de 2016

Coitado do agente poluente

https://youtu.be/JBC_t8I1ROA

O homem é que é o agente poluente? É ele que emite gazes com efeito de estufa? Gás metano, talvez?
Incongruências.: Estamos todos de acordo que o mundo tem de encontrar soluções para combater o desemprego. Todos concordamos que nos próximos anos serão suprimidos cerca de 5 milhões de postos de trabalho. No entanto, a ditadura da tecnologia exerce cada vez mais pressão, especialmente sobre os trabalhadores sem curso superior, dando origem à informalidade económica, ao desemprego, ao desespero.



Chegou à Holanda um autocarro elétrico que não tem condutor

(cv )True Form / YouTube

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Um autocarro elétrico, sem motorista, fez a sua primeira viagem de teste esta quinta-feira na cidade holandesa de Wageningen.
O autocarro, chamado de WePod, transportou pela primeira vez um grupo de passageiros numa curta viagem de 200 metros.
Este autocarro ecológico faz parte de uma nova frota que será lançada nos próximos anos para transportar passageiros pela região.
“Este avanço é um marco. (…) Um veículo sem motorista nunca tinha circulado em rodovias públicas”, afirmou o o diretor-técnico do projeto, Jan Willem.
São vários os testes que têm sido feitos pela indústria automóvel para chegar aos chamados veículos autónomos, desde a empresa Tesla à Google.
O projeto custou cerca de 3,3 milhões de dólares mas o investimento não fica por aqui. Em abril, o país vai começar a testar camiões sem motoristas no porto de Roterdão, que também já tem comboios sem condutor.


A última conversa que presenciei neste domingo foi sobre como alguns países estão a lidar com a inteligência artificial e a robótica.
“As empresas querem-na para serem cada vez mais eficientes e rentáveis. Os governos cobram cada vez mais e maiores impostos às empresas.
 Os governos aconselham as pessoas a procurarem aprender o tradicional, artes, escrever, cultivar, pequenos trabalhos domésticos, trabalhos culturais etc., de forma a que possam auto-sustentar-se. Os governos asseguram a comparticipação a quem precisar com esses altos impostos que cobram às empresas.” Como será brevemente no nosso país?
Trata-se de um círculo que não pára.

Fonte: ZAP / EcoD  
DEIXEM-ME MAS É DORMIR, fechar os olhos para não ver o rumo que o mundo está a tomar.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O preço da tecnologia



A protecção do ambiente constitui  um dos grandes desafios para a geração actual, ao qual nenhum sector de actividade parece ficar indiferente. E em hotelaria isso não é excepção.
As mudanças de comportamento nas nossas acções elevaram-nos para o patamar da sustentabilidade – palavra muito usada hoje em dia tendo-se até conquistado correntes turísticas que preferem destinos de férias e equipamentos turísticos que adoptem as boas práticas da sustentabilidade global.
Pràticamente todos os sectores da nossa economia modernizaram-se com hardware e software de gestão “avant-garde” que garante o mais alto grau de eficácia na gestão de equipamentos, de recursos humanos, de relações com os clientes e, mesmo de marketing. Nada mais adequado: para uma sociedade cujos contactos de trabalho,  relacionamentos, as amizades e os amores são virtuais, também soluções de marketing virtual fazem parte da sua vida.
Há mesmo aplicações, segundo me disseram, que medem o impacto que a  permanência de um hóspede  tem no ambiente. E tenta sensibilizar o cliente para os desperdícios desnecessários e para um comportamento responsável.
Quando há 30 anos já era possível o pedido da mesa ser impresso na cozinha, estávamos no início da revolução. Hoje, o cliente pode sentar-se à mesa, abrir o cardápio do restaurante no seu “Iphone” e fazer a encomenda, comer, pagar e sair: é uma facilidade que alguns restaurantes, especialmente os de clientela repetida oferecem.
Que formação devemos dar aos empregados de mesa? A de saber organizar, sugerir, vender, servir e fidelizar, ou a de  manusear o dispositivo informático, desencravar  e “desenrascar”  os mais  “nabos”, como eu?
Existem já robots com figuras humanas que executam tarefas até aqui desempenhadas por profissionais de hotelaria.



“Três horas chegam para se construir uma casa. A novidade surgiu na China, pela empresa ZhuoDa.  Esta acaba de demonstrar que se podem usar impressoras 3D para a construção dos modelos.
As casas podem ter até dois pisos e durar mais de 150 anos. Os materiais usados não foram ainda revelados. Sabe-se apenas que provêm de resíduos agrícolas e industriais. Porém, a empresa garante que as casas são tão seguras e cómodas como as outras.”

O que vão fazer as pessoas? Que implicações sociais tem o desenvolvimento? Por cada 100 empregos abolidos pela tecnologia, é criado um emprego noutras áreas.

Se o que observo está certo, existe preocupação ambiental porque esta origina melhores resultados económicos. Lâmpadas de menor consumo,  aproveitamento da água das chuvas, produção de energia térmica, dísticos para não colocarem as toalhas no chão nem limpar os sapatos com elas, etc.,  são alguns dos muitos exemplos de medidas que simultaneamente apelam à redução de bens finitos como também melhora os resultados da operação de uma unidade económica.
Um  cliente que prefere destinos com práticas sustentáveis (económica, ambiental, social),  não aceitará visitar um país onde não há liberdade de expressão, de tolerância religiosa, onde há intolerância sexual, intolerância de indumentária, onde há repressão e exploração infantil, prostituição, etc., nem escolherá um empreendimento para ficar onde os trabalhadores se mostram tristes porque são mal pagos, fazem permanentemente horários excessivamente longos.
Em Julho vai abrir  um hotel no Japão onde os hóspedes são recebidos, interagem verbalmente e são acompanhados por 10 Robots que entre outras tarefas, lhes prestam informações, limpam os quartos e todos os espaços do hotel. Segundo o investidor, dentro de alguns anos, 90% da tarefas serão executadas por robots. 

A questão fundamental é: o robôt que presta serviço ao hóspede é uma solução para manter o bom humor do cliente: quando se chateia, em vez de conter a sua raiva olha para o lado, não vê o robot-coordenador nem um humano, dá um pontapé nas “partes baixas” tenha ele cara de homem ou de mulher e pronto; de seguida toma um prolongado banho de imersão e Ok; “porreirinho da silva”.

Um dia, quando o mercado estiver saturado de alta tecnologia, os cofres dos estados esgotados pelo aumento exponencial do desemprego e consequente redução de contribuições,  e os hotéis sem clientes porque a evolução tecnológica suprimiu mais de 50% dos empregos mundiais, não quero estar cá para assistir à grande depressão e ao início do fim de uma civilização.


El Henn-na Hotel estará atendido por 10 robots humanoides para recibir al huesped, transportar el equipaje y limpiar las habitaciones. Con apariencia de una joven japonesa, imitan los gestos de las personas, miran a los ojos y saben cómo responder al lenguaje corporal y al tono de voz. También contará con la presencia de 10 personas entre su personal de servicio.”
“En declaraciones a The Telegraph, el presidente del hotel asegura que en el futuro esperan poder ampliar la plantilla y tener la cantidad suficiente de robots para que realicen el 90% de los servicios del hotel y así poder “hacer el hotel más eficiente del mundo”. Aunque a muchas personas les atraiga la idea de ser atendidos exclusivamente por un robot, el hotel también contará con la presencia de 10 personas entre su personal de servicio.

(In noticia en 20 minutos,es)

domingo, 10 de janeiro de 2016

Comer uma francesinha no Porto e

...passear sob o luar do Sena


Acordar em Portimão do sonho com uma suculenta francesinha cheia daquele molho que para mim já é violento, na margem do Rio Douro e realizar o sonho, bastando para isso apanhar o próximo comboio, é um sonho.
Poderia até fazer um intervalo e esperar pelo próximo comboio na Funcheira para comer um snack e um refresco, fazer outro intervalo na Gare do Oriente para visitar o centro comercial, e de seguida embarcar para a Campanhã ou São Bento, tanto faz, ir à Boavista e comer a tal francesinha considerada um dos 10 dos melhores sabores locais da Europa, de acordo com o site The Culture Trip.

Depois, lá para o fim da tarde regressaria pelo mesmo meio ao meu local de residência ou ficar lá uma noite. E daí a dois ou três dias faria a mesma coisa em destinos diferentes.
Mas não posso, não trabalho nem tenho nenhum familiar a trabalhar na CP (Comboios de Portugal).
“… a Comboios de Portugal (CP) concede, a partir de 1.01.2016, o acesso gratuito às viagens de comboio dos trabalhadores no activo, cônjuges e filhos (até 25 anos) e aos trabalhadores reformados. Atendendo aos bons ordenados dos trabalhadores da CP em relação a outros trabalhadores portugueses, torna-se questionável tal medida (natural para eles mas não para a família), dado quem paga a gratuitidade das viagens dos familiares dos trabalhadores da CP serem os contribuintes e os outros clientes da CP que têm de comprar os bilhetes mais caros”.
A preguiça tomou conta de mim e voltei a adormecer e a sonhar.
Veio à mente o romance, um passeio ao luar reflectido no Sena, descansar do passeio nos degraus do Sacré Coeur, no dia seguinte apreciar as vistas deslumbrantes da Torre Eiffel…, mas como Paris tem isso e muito mais para oferecer, não recusei uma massagem no “Le Spa My Blend by Clarins du Royal Monceau-Raffless”, perto dos Champs Elysées.


A capital francesa é celebrada como a “Cidade do Amor” faz-nos sonhar, mas depressa acordamos para a realidade; não trabalho nem tenho nenhum familiar a trabalhar na TAP.
Não sou contra as facilidades, desde que as empresas sejam rentáveis. Não sei se os funcionários da TAP têm as mesmas regalias que tinham há anos (exagerando um bocadinho, “vou tomar um café a Londres e já volto”).
Se os futuros donos da TAP  quiserem dar essas e outras vantagens aos seus funcionários, ninguém tem nada a ver com isso, desde que não venha pedir dinheiro ao Estado.
Citando o texto de António Justo no blogue  “Notas do Tempo”: Seguindo a mesma lógica, os empregados bancários e familiares não precisariam de pagar juros, os professores e empregados do Estado deveriam ser isentos de impostos, etc. O mesmo desperdício e irresponsabilidade se encontra no que toca à utilização das viaturas do estado muitas vezes utilizadas privadamente. Menos partidária seria uma medida em que as viagens de alunos e estudantes fossem gratuitas. Isto fomenta a realidade de que o Estado e suas instituições de parceria se tornam, para muitos, numa vaca leiteira.
Luís Gonçalves

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Grandes promotores da marca Portugal



Será que os americanos que, nas década de 60 e 70   assistiam a partidas de futebol? Não creio. No entanto em qualquer conversa sobre Portugal,  o número de vezes que as palavras EusibioBenficá” eram pronunciadas suplantava o número de vezes que a palavra “Salazar" era mencionada. 
Que o nome Eusébio era um símbolo e uma motivação para conhecerem o entusiasmo do povo português, que ninguém duvide.
Será que todos os franceses que nas mesmas décadas nos visitavam iam a uma casa de fados? Talvez uma significativa percentagem fosse procurar conhecer a beleza dos sentimentos  da gente representada por “Amaliá” que cantava o “Avril au Portugal” ou “Uma Casa Portuguesa com Certeza” que concentravam em si o património sentimental do nosso povo.

Quantos ingleses não pediam nos restaurantes e nos hotéis  portugueses uma garrafa de “Matius Rosé”  tão comum nas vitrines das lojas de vinhos das grandes cidades inglesas?

A atractividade de Portugal como destino turístico é um composto de bens materiais e imateriais, como património, história (descobrimentos, independência, defesa da nacionalidade),   gastronomia, paisagens, arquitectura e de nomes que espalham  o nome de Portugal pelos quatro cantos do mundo, tal como ontem fizeram  Eusébio, Amália, e hoje o fazem Figo, Ronaldo, Dulce Pontes, Marisa, e tantos outros artistas, Pastel de Nata e marcas de Vinhos, de  Calçado, Moda, Eventos e Festivais, Invenções, Tecnologia de Ponta, etc.
http://constancia.net/website/371/index.htm


Vencedora aos 19 anos da Grande Noite do Fado de Lisboa no Coliseu dos Recreios,  em 1999, Ana Laíns tem levado aos 4 cantos do mundo uma belíssima sonoridade acústica e vocal que tão bem  caracterizam as suas raízes que nunca renegou e constantemente enaltece: Montalvo – uma freguesia do concelho de Constância.
A presença da autora dos álbuns “Sentidos” e “Quatro Caminhos” chegou a muitos países, e tem agendadas outras digressões,  mas foi na Grécia que foi considerada a “Diva de um Fado Diferente”.
Diz que não é fadista, mas uma cantora que tem como paixão a “Música Tradicional Portuguesa” sendo o fado um dos estilos.

Por causa dos seus valores e dos valores culturais que transmite nas suas actuações , foi nomeada, em Junho de 2014, embaixadora para as celebrações dos 800 anos da Língua Portuguesa pela presidente da associação “8 séculos de Língua Portuguesa”, Maria José Maya, na sequência de um encontro por ocasião do dia Mundial da Poesia, no Palácio de Belém, a convite da primeira-dama Maria Cavaco Silva.
http://visitconstancia.net

domingo, 20 de dezembro de 2015

AIDA e o FEEDBACK


Desde o Outono até ao Verão dos anos 1971/1972 eu fui um permanente frequentador  do nº 40 da avenida de  Portugal no Estoril entre as 15h00 e as 17h30. Embora eu já trabalhasse em hotelaria havia 4 anos, foi nesse período que eu adquiri as primeiras noções de organização e compreensão dos trabalhos que eu já sabia fazer na Recepção do hotel onde trabalhava.
Foi nesse edifício que funcionou a Escola Hoteleira do Estoril sob a dependência do então Centro Nacional de Formação Turística e Hoteleira. Fui um dos alunos da “primeira fornada” do curso de Recepção.

Nesse tempo, nos pequenos hotéis, o recepcionista tratava da correspondência, reservas, “fazia” a “Main Courante” , e outras múltiplas tarefas. Por isso, antes de me ausentar, deixava a correspondência já tratada e pronta a seguir depois de assinada;  às vezes ainda tinha tempo de fazer umas promoções via  telex  em difusão, marcando o 119+ seguida dos endereços, ou de responder a um telegrama telefonado com o texto Reserva ALDUABAT POGOK OK”.

https://www.hotelscombined.pt/Place/Estoril.htm?a_aid=94438


O sistema A.I.D.A. que o professor da disciplina de Recepção Feliciano Barroso (que viria a falecer nesse ano de acidente com uma caldeira)  nos ensinou, caíu-me no “goto” e sempre o utilizei. Mas o que me marcou mais foi o FEEDBACK;  um termo  que o professor de Relações Públicas e Comunicação nos ensinou e explicou que era uma ferramenta de marketing e em que circunstâncias se aplica: “Por vezes os canais podem sofrer de interferências e a mensagem não ser bem recebida e compreendida pelo receptor”. Por isso, o emissor confirma se o receptor a recebeu e prontifica-se a prestar informações complementares.

Eu fiz um brilharete . Na minha terra, em que a maioria da população era analfabeta, eu era o menino prodígio. “Este rapaz é  escorreito. Até sabe o que é o “fio do béque…” não é isso. É o FIDEBÉQUE, homem!
Nos dias de hoje, as nossas caixas de correio electrónico são invadidas por mensagens aliciantes ao consumo, à compra, à decisão, algumas delas mesmo com uma falsa personalização. Se  queremos explicações e, pedimos informações pelo mesmo meio, a maioria das vezes não nos respondem. Ou não sabem do que se trata. Quer dizer:  mostram o produto, anunciam-no, mas não o disponibilizam. Outras vezes, depois de nos tornarmos membros daquela coisa, continuamos a receber as mesmas propostas.
As empresas gastam recursos com meios próprios ou pior, por “outsourcing”, sem qualquer forma de gerir comunicações,  medir a eficácia e, mais grave ainda, de não fidelizar o cliente.
Avenida de Portugal, Estoril | Mapio.net
Imagens da Av. de Portugal no Google

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Este maravilhoso mundo virtual


Abertura, Admiração, Amor, Atracção, Compreensão, Coragem, Cumplicidade,  Diversão, Fascínio,  Felicidade, Ficção,  Ilusão, Importância, Interacção, Liberdade, Negócios, Paraíso, Passatempo,  Possibilidade, Rejeição, Realidade;  estas são algumas das inúmeras emoções que a Internet nos faz sentir. Paralelamente à falsa influência  de “Você decide”.
 Dreams

Ingenuamente muitos perguntarão: Quanto economizo se os meus clientes fizerem o seu pedido à cozinha  por IPAD, efectuarem o check-in com código recebido no telemóvel, efectuarem o check-out clicando no monitor da televisão do seu quarto de hotel?
Eficiência? Sem dúvida, quando tudo funciona. Mas, e a grande riqueza, a maior característica da hotelaria que é o contacto humano? Se é uma actividade feita por e para o Homem, a principal interacção deve ser humana.
Devido à reorganização exigida pelas novas tecnologias, é comum, hoje, vermos recepcionistas sentados atrás do tradicional balcão, atender clientes que estão em pé. Há duas hipóteses: ou o velho balcão de recepção é substituído por secretárias ou balcões baixos no hall onde o cliente efectua, sentado, o seu check-in e pede informações, ou atrás do velho balcão de recepção devem estar recepcionistas que, em igualdade de conforto e posição, falam com os seus hóspedes.
…………
Podemos também colocar a questão de quanto  economizaria um país que instituísse o voto electrónico?
Aparentemente fácil e barato. A abstenção seria certamente menor.
Nos habituais locais de mesas de votos estariam computadores com ligação internet para os info-excluídos (de livre vontade ou por força das circunstâncias).
O que custava era a construção da base de dados: Quem vota e em que se vota.
Qual o grau de privacidade das pessoas e instituições? Quem e com que mecanismos  controla efectivamente as comunidade sociais (espécie de currais em que os animais somos nós)? Como é que este mundo conhece os gostos que eu tenho e apresenta na janela do meu computador a sugestão  do caminho para  aceder a eles?
Numa  fase em que as reuniões e jantares em família deixaram de ter o mesmo significado, perderam até a graça em detrimento das fantasias virtuais, até que ponto a interacção é realmente benéfica para o mundo real, no qual estamos mais isolados, incomunicativos, ausentes de calor humano, em contraste com a realidade virtual?


Até que ponto é real o merecimento de troféus conquistados não por disputa (jogo, sabedoria, concurso, exame) mas por votação online?
Quantas vezes o leitor recebeu mensagens electrónicas “Vote for us” e acede votar porque gostou da imagem em foto ou em vídeo ?


“For those that value peaceful natural surroundings, independence and privacy while relaxing in uncompromised luxury, look no further than Te … Luxury Villas & Spa. Set on the white sands of …  Beach overlooking a crystal clear lagoon, the 5-star villa complex is the perfect location for an island getaway.”

“…Angel’s...  is located at the beautiful shore of the Aegean Sea in the Burunucu region occupying a total area of 80. 000 m2, comprising 182 unique Rooms, Suites and Villas….”

“Vote for us”