https://follow.it/quepenatenho

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Contributo para estratégias de Turismo para o Médio Tejo

É minha convicção de que devemos aproveitar a pouca relevância do Ribatejo como Região Turística para alavancar o território constituído pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) como uma marca turística numa perspectiva “DLBC – Desenvolvimento Local de Base Comunitária “ agora na fase de recolha de contributos para a definição de estratégias.
Quero acreditar que este é mesmo o futuro: a conjugação de esforços da TAGUS-RI” com os de outras associações congéneres da região porque, isoladamente, não se impõe nos mercados, pela impossibilidade de apresentar um produto turístico credível e sustentável por falta de massa crítica.
Quando falo de turismo, refiro-me ao fenómeno que leva as pessoas a passarem pelo menos uma noite fora da sua residência permanente por motivos não-obrigatórios (profissional, judicial, etc).
Ignorando o que está a ser feitio, eu diria que antes de saber se existe MERCADO TURÍSTICO, devemos ser capazes de o determinar o PRODUTO TURISTICO do nosso território.
• Sem recorrer a estudos técnicos, todos os Municípios e as Associações que actuam no território da CIMT devem formar uma TASK FORCE dividida em pequenos grupos que, informalmente, recolham dos cidadãos comuns os elementos, histórias, marcos e experiências que consideram mais importantes e mais emoções provocam, nos lugares onde vivem. Não seria difícil reunir 365 motivações turísticas para darem corpo ao Slogan “MÉDIO-TEJO: 365 razões para visitar, conhecer e ficar”. Isto dava uma média de 3,65 pontos-chave de cada uma das 100 freguesias que pertencem aos 13 concelhos da CIMT.
• A Matriz de todas as motivações seria a base de construção dos programas de promoção turística, de animação de toda a comunidade.
• O agrupamento em classes motivacionais (Tradições, Paisagens, Gastronomia, Experiências, Património, etc) a par de infra-estruturas turísticas, desportivas, culturais, identicariam o Prouto Turístico da CIMT.
• O envolvimento das populações locais resulta num trabalho enriquecedor, além de motivador para toda uma actividade turística activa- uma pirâmide cujo vértice é o que todos sabemos dar: HOSPITALIDADE, praticando localmente o significado da expressão que o bisavô de Paris Hilton trouxe até nós: “Be my Guest”.
• Se cada concelho, em colaboração com os agentes económicos locais, em coordenação com a CIMT calendarizar e levar a efeito 3 acontecimentos anuais com uma duração média de 4,5 dias (semana dos sabores, quinzena da adrenalina, semana da cultura, por ex ) temos em todo o território uma animação de 175 dias por ano. Além de se conseguir seleccionar sub-mercados e nichos de mercado pela natural diferença da oferta de cada município fica garantido o funcionamento e toda a oferta turística e cultural pelo menos nessas datas (Igrejas e Museus Abertos, Culinária representativa dos hábitos alimentares mais tradicionais, etc)
• Não basta ter um produto. É necessário torna—lo credível, acessível, alcançável e sustentável.
O fenómeno sociológico do Turismo provoca a criação e desenvolvimento de inúmeras actividades (aviação e outros transportes, hotelaria, restauração, artesanato, actividades no meio-ambiente e logística (segurança internacional segurança pública, segurança rodoviária, saúde, etc. que justifica a existência de um gabinete associativo definidor e coordenador de toda a Política de Turismo e seu desenvolvimento, constituído por agentes económicos, Segurança e Protecção Civil, Segurança Rodoviária, e entidades fiscalizadoras, autoridade de saúde, autarquias, representantes de religiões, de educação, de formação profissional, organismos ambientais e de conservação da natureza, etc. Este gabinete não pode actuar com uma administração estática, rotineira e burocrática, mas como uma verdadeira administração para o desenvolvimento económico, social e ambiental através do Turismo.
• A divulgação diária através de site única e exclusivamente elaborado para o Turismo em todas as suas formas e vertentes, em várias línguas; através de boletins municipais; e junto das comunidades de emigrantes vistos nos seus países de residência como representantes da cultura portuguesa, seriam os meios que, talvez, melhor divulgassem o nosso produto e sub-produtos.
• Depois de caracterizar o produto, há que lhes dar qualidades que o tornem atraente para o mercado-alvo. Uma dessas qualidades será a rapidez e a melhor forma de o alcançar.
Todos os autarcas da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo deviam abraçar em uníssono este objectivo: Autorização das Entidades Militares e Governamentais para transformar em aeroporto regional civil a antiga Base Aérea nº 3 de Tancos. Sentem-se à mesa com a TAP, Ryannair, KLM, Easyjet, Tour Operators e Investidores Privados para recolha de informação quanto à viabilidade económica da adaptação.
Aproveitemos as uniões de facto municipais para ser estabelecida uma ligação rodoviária inter-municipal.
Treinemos residentes para serem uns verdadeiros embaixadores de conhecimentos culturais locais.
• Não basta anunciar que temos azulejos do século XVII, que o prato tradicional é Migas Fervidas ou que o nosso território dispõe de 35 Museus. Têm de estar acessíveis e em funcionamento para que o turista ou visitante se não sintam defraudados. Não sendo economicamente viável a disponibilidade diária, por incerteza da procura, agendemos funcionamentos de 2, 3 ou 4 dias por mês, conforme a matriz da oferta cultural.

Chamemos-lhe “Semana Cultural de Constância”, “Quinzena da Broa de Milho do Tejo”, “Olivais das Planícies”, por exemplo.
• Não receemos. O turista de hoje não é um invasor que vem romper o tipicismo dos nossos costumes; vem vivenciar experiências que para ele são genuínas e está disposto a pagar por elas.
• Em 1960 a existência de um hotel contribuiu decisivamente para o lançamento do Algarve nos mercados turísticos nacionais e internacionais. Hoje, o turista procura destinos de emoções, secundarizando o destino turístico.
Quanto mede o nosso Produto Turístico
Nós temos que saber o que não queremos ser, para definirmos o que queremos ser.
Queremos ser um grande “armazém” ou várias boutiques, cada uma com as suas características e adequado perfil de consumidor?
Queremos garantir o importante papel do Turismo na Economia, na Sociedade, transformando-se em fonte de riqueza, bem-estar e prestígio para o território?
O Produto Turístico dimensiona-se em termos de capacidade de recepção / acolhimento.
Lisboa e Vale do Tejo oferece 51208 camas em 407 estabelecimentos tendo arrecadado em 2013, possivelmente, 209,7 milhões de Euros. E nós, na CIMT? Qual é a dimensão do nosso produto? Um dado curioso: Os Estabelecimentos de Alojamento Local já representam, nas suas 3 fórmulas, 31,4% da oferta hoteleira nacional, e acolheram 324.000 hóspedes nas suas 41.200 camas.
Não faz sentido qualquer ausência de estratégia de investimento em Unidades de Alojamento Local tanto mais que, alguns municípios são proprietários de propriedades vazias anos e anos. Não basta num portal institucional encaminhar o internauta para o BUE. Tem de se provocar no bom sentido os proprietários de casas devolutas, de terrenos parados, para a sua agregação a actividade turística e actividades complementares.
Segundo o INE, 11,1 milhões de dormidas em 2013 em todos os meios de alojamento foram portugueses residentes em Portugal. Se 10% calhassem à nossa região, a média seria 11.100 dormidas em cada uma das nossas 100 freguesias, e uma receita turística média de 23 Euros por dormida. Por último, o gabinete que atrás refiro, depois de identificado e “baptizado” o produto deve assumir uma atitude pro-activa de promoção e disponibilização do produto, através de acções de marketing nacionais e internacionais.
• O que acabo escrever foi feito e sentido com paixão; representa a minha percepção, porque não consegui medir ainda resultados de merecidas iniciativas de outras organizações.
Luis Gonçalves 19/1/2015
www.casinhasconstancia.com

sábado, 11 de outubro de 2014

Sonhos

Hoje a ti me dedico.
Vou mergulhar no teu olhar
penetrante, meu girassol.
Que, mesmo sem sol, tuas pétalas se abriram
quando nossos olhos se cruzaram.
E sorriram com a beleza da ilusão.
Nossos corpos se fundiram num filme que ambos protagonizámos cheio de emoção, 
seguindo um guião ao sabor das marés,
que durou segundos,  dos mais belos que já vivi,
sem estar junto a ti.
Foi um momento cheio de ternura e paixão

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Le Royal Monceau, Paris in Pinterest 
 A notícia de que a minha mulher ia dar uma conferência a Nova York levantou a questão do que fazer com os meus dois filhos pequenos. Ao segundo dia de equacionar várias soluções, achei que a melhor seria eu aproveitar este espaço de tempo porque tinha um crédito de 4 dias na minha empresa. Os miúdos estavam de férias. Ok. Só preciso de pesquisar onde me alojar não muito longe do Disney Paris de que os meus filhos falavam já havia alguns meses. Interessava-me também um hotel que dedicasse especial atenção às crianças, se possível com programas infantis. Isso permitia-me ir ao Health Club e ver uma peça de teatro à noite ou assistir a um espectáculo nocturno só para adultos.
 A escolha recaíu sobre o Le Royal Monceau Raffles situado na chique Avenue Hoche em pleno coração de Paris, a dois passos dos Campos Elísios, Arco do Triunfo e do Parque Monceau.
 Comecei por escolher a júnior suite. Perfeito para mim e meus filhos: Nos cerca de 60 m2 encontrei um enorme quarto de casal, sala de estar com secretaria, mesa de refeições, um sofá-cama. Casa de banho completa revestida a espelhos e servida por roupeiros muito espaçosos. Inspirado nos anos 1940 e 50, é um espaço encantador cheio de estilo e graciosidade. Equipamentos de última geração que fizeram as delícias dos meus filhos, incluindo uma televisão de tela grande escondida atrás de um espelho, que se encaixam perfeitamente na decoração geral, um violão que o meu filho Gustavo adorou, porque estuda músical.

 Os meus filhos apreciaram poder contactar com os amiguinhos através da Internet grátis em todo o espaço, enquanto eu me impressionava com os móveis feitos à mão que Philippe Starck desenhou e projectou exclusivamente para aquele espaço. Mas o que mais influenciou a minha escolha foi o a atenção que o Royal Monceau dedica aos mais pequenos: – Lições de guitarra acústica. -Amenities para crianças de alta costura fornecidas pela secção infantil de Bonpoint. – Wii e PlayStation.
 * Menu infantil em todas as lojas de Alimentação e Bebidas e serviço de quarto. * Programa de animação infantil, Le Petit Royal, sob a orientação de divertidos artistas profissionais:
* Confecção de Pizzas pelos chefs reconhecidos com estrelas Michelin, aulas de DJ para adolescentes. Outras razões que influenciaram a minha escolha: uma série de visitas guiadas em Paris, e a oportunidade que tive em disfrutar de um banho turco, massagem relaxante no Spa & Wellness Center do Hotel, enquanto meus filhos ficavam em boas mãos.
 O Royal Monceau é um histórico hotel de luxo localizado no distrito de Paris 8, foi recentemente premiado com o estatuto oficial de “Palace” pela Agência Francesa de Desenvolvimento do Turismo, colocando a propriedade um degrau acima classificação de 5 estrelas.




quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A minha admiração por Marilú

Cada vez mais alta está a minha admiração pela nossa amiga Marilú. Preferiu os nossos pastelinhos ou até o Bacalhau à Brás. Apesar de, por vezes, salgado, deixou para trás outros petiscos, como o Cherne com Couve de Bruxelas melhor temperadas, e num fogão Junker cozinhadas. É digna de admiração, é cativante, tolerante, mulher de afectos. Determinada, ousada, admirada, amada e odiada, transpira paixões arrebatadoras como ninguém. A nossa Marilú provoca emoções, vai longe; nada nem ninguém a detém.
Casas Da Azenha, Rio Coura (Coura River) Rodetes, Vila Nova da Cerveira, Minho, Portugal
Casas Da Azenha, Vila Nova de Cerveira

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vontades

FERIAS, ONDE
Nós regalamo-nos de ver na televisão ou no computador uma partida de ténis com Martina Naratilova, um torneio de Golfe com Nicki Faldo ou um circuito fórmula Um em Monte Carlo
. Criamos motivações para sentir as emoções ao vivo.
O nosso desejo de viajar para determinado destino é, muitas vezes, despertado por varias pesquisas que fazemos na Net em buscas de locais onde viveu Charles Darwin, onde alugar um barco para velejar na Costa do Adriático ou em que altura do ano Penelope Cruz faz férias na cosmopolita St Tropez.
Muitos de nós caimos na triste realidade e restringimos os nossos sonhos a outras emoções.
Descer um rio em canoa; observar a natureza e os astros; saborear o que é tão português; equilibrar o nosso estado emocional para que esteja preparado para a “rentrée”; mostrar aos filhos e netos como se vivia n’outros tempos.
Se pesquisar na net onde tudo isto é possível, Constância aparece, certamente, num destacado lugar.

domingo, 18 de maio de 2014

Buracos de golfe

Pouco antes de morrer aos 83 anos, o lendário golfista e escritor Fred Bowen escreveu uma crónica que o Washington Post publicou 30/4/2014. Talvez a pensar nos seus netos e bisnetos, num total de 18): "Deveriam os buracos dos campos de golfe ser mais largos?" Pessoas que jogam golfe estão falando sobre uma ideia para tornar o desporto mais popular, especialmente para crianças : Fazer o buraco mais largo.
Algumas pessoas pensam que o golfe é muito difícil. Há muitos anos, ele foi descrito como " um jogo cujo objectivo é meter uma pequena bola num buraco ainda menor, com instrumentos particularmente mal concebidos para o efeito.
Assim, figuras conhecidas no meio do golfe dizem que se fizer o buraco com 15 polegadas (38 cm) de largura - cerca do tamanho de uma pizza extra- grande ( sem cogumelos !) - Os jogadores irão marcar melhor, jogar mais rápido e divertirem-se mais. Há pessoas ainda querem permitir aos jogadores bater bolas-extra (depois de maus shots) ou desviar a bola dos obstáculos de areia. Essas mudanças estão sendo sugeridas, porque havia cerca de 30 milhões de golfistas em 2005, e, em 2012, esse número caiu para cerca de 25 milhões, de acordo com a Fundação Nacional de Golfe americana. E o jogo não é muito popular entre as crianças. Tenho jogado golfe desde que eu era uma criança, eu acho que buracos maiores seria óptimo, especialmente para as crianças e os jogadores iniciantes. Porque havia o golfe de ser diferente? Vejamos outras modalidades que se adaptam aos iniciados: Muitas ligas de futebol põem crianças a jogar quatro contra quatro em campos mais pequenos sem guarda-redes. Isso é ótimo, porque há mais de pontuação, e todos os jogadores dão mais toques de bola. Um cesto de 10 pés (3 metros) e uma bola de basquete regular são demais para a maioria das crianças entre os 7 e os 8 anos . Elas dificilmente podem meter a bola no cesto. Por isso, as crianças brincam com uma bola mais pequena que tentam meter num cesto a dois metros de altura. A liga pequena de beisebol é uma versão da liga normal, para crianças; em vez dos 27 metros, reduz para 18. Mas depois de alguns anos a meter a bola num buraco da largura de uma pizza, eu espero que as crianças vão querer experimentar a versão adulta de golfe. É um desporto cheio de desafios, os quais tentamos sempre alcançar e subir de patamar. Bowen tinha uma a coluna de opinião de desportos no " KidsPost" . Escreveu 18 livros de desportos para crianças. Seu livro mais recente é " jogo perfeito ". Também Portugal tem um vasto número de campos de golfe, sendo que a maioria dos jogadores sejam turistas que procuram disfrutar do nosso clima temperado e das belas paisagens

sexta-feira, 25 de abril de 2014

ADEUS, inocência dos 20 ANOS

Viajar no comboio-correio entre Santa Apolónia e Campanhã era uma coisa que eu fiz algumas vezes. A última foi em Março de 1974, durante uma licença militar. Às 23h30 já tinha adquirido o bilhete e, como habitualmente, percorri os olhos pelas prateleiras da papelaria/tabacaria. Lá estava ele; aquele de quem eu tinha ouvido falar no quartel da EPC em SantarémPortugal e o Futuro” – que me faria companhia nas longas 7 horas de viagem.
Aconteceu isto antes da minha transferência para o CISMI em Tavira, ocorrida um mês depois, em cuja Parada o meu camarada Zé Augusto me dá a novidade no dia 25 pelas 11horas: “houve um golpe de estado”.
“Quem o fez”?
“O Spínola.”
“Então vai começar uma ditadura…”
“Não, em ditadura estamos nós... vai mudar para democracia”.
A inocência era o desconhecimento das causas políticas, o entregar-se ao trabalho, aos estudos, à definição de um objectivo de vida pessoal e profissional, geralmente alcançáveis se nos mantivéssemos no estado da “inocência”.
Muitas esperanças deram lugar a muitas ilusões que foram lentamente desaparecendo, à medida que o cofre esvaziava e novo imposto se implantava, com o aparecimento das incontroláveis aves de rapina que, à boleia das asas da promissora "Liberdade, Fraternidade, Igualdade" iam criando leis restritivas para a maioria do povo, iam implantando novas taxas e impostos para, supostamente, eliminarem as assimetrias sociais, mas que muitos se aperceberam, desoladoramente tarde, que outros rumos tomaram.
A maior desilusão é que existem muitas entidades reguladoras, mas nenhuma regula nem avalia, por iniciativa ou competência próprias, as acções executivas, que, a coberto de uma legitimidade democrática, beneficiam alguns, mas prejudicam a grande maioria.
A solução não é emigrar, mas lutar, para conseguir uma vida melhor, que nos faça sonhar, que nos permita viver com alegria,realizar as coisas que gostamos.