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sábado, 5 de novembro de 2016

Complexidade da Gestão Hoteleira


O título não pretende adjectivar a arte de gerir o ramo da hospitalidade como uma actividade difícil de gerir. É difícil se for exercida por alguém não-preparado e não dotado de sensibilidade, bom senso, qualidade de liderança, conhecimento do negócio e do mercado; se for exercida por alguém incapaz de identificar se as limitações para atingir um objectivo são do foro interno ou externo.

Mas é complexa
  • – Desde logo porque hospitalidade é uma actividade remunerada e, como tal, o gestor tem de estar à frente das tendências do consumidor.
  • – A gestão hoteleira é abrangente, envolvendo a interligação de objectivos imediatos com objectivos a médio e longo prazo.
O gestor não alcançará os objectivos em pleno se não conseguir a colaboração entusiasta de todos os colaboradores do empreendimento que, para isso, terão de se sentir motivados. O entusiasmo é fruto não só de uma política de benefícios financeiros e sociais dos recursos humanos, mas, essencialmente, saberem o porquê do seu esforço e sentirem que o seu contributo é reconhecido.
luis-e-nigel
  • – Há pessoas que se dão lindamente com trabalhos sob pressão, desempenhando excelentemente a sua tarefa nas horas de grandes movimentações de clientes. Outras há que se sentem mais confortáveis com o sedentarismo e trabalho burocrático e menos desempenhando tarefas sociais. Há que conhece – las para lhes atribuir o posto certo.
  • – Recordemo-nos que os operacionais da linha da frente (recepcionistas, barmen, chefe de mesa, etc.) são os que mais contactos têm com os clientes. Muitos clientes desabafam com eles as suas alegrias e tristezas, satisfação ou insatisfação. Se não fosse mais, esta realidade era já suficiente para uma interacção amiúde da direcção com os seus colaboradores.
A infinidade de aspectos ocuparia páginas e páginas, mas, o importante é dar às pessoas a importância que elas merecem, ser apologista de uma política de bem-estar dos colaboradores, que se reflectirá na qualidade dos serviços prestados aos clientes e, consequentemente, na fidelização e conquista mais fácil de vários perfis de consumidor.
Luís Gonçalves
Hoteis na Natureza

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Influência das aplicações informáticas na concepção de modelos e de espaços


É impensável ao hoteleiro ignorar a influência que as plataformas digitais têm sobre o cliente na maneira  de conseguir (com o significado “réussir” em francês), estar e de ser, na definição de áreas, funcionalidade e design dos espaços que formam o seu hotel (a estrear ou a remodelar).
O cliente de hoje procura essencialmente a eficiência e rapidez de procedimentos para ter tempo para sociabilizar, como compensação pelo isolamento a que as mesmas novas tecnologias o condenam.

Os espaços públicos  do hotel tendem a desempenhar cada vez mais funções socializantes, pela funcionalidade e atractividade que cativam o Smart Traveller.
Easyliving apresenta vídeos, ementas, mostra programação de espectáculos e exposições  e permite reservar mesa em restaurante ou lugares em cinema, teatros, apresenta os trajectos e permite chamar táxi. O “velho” concierge pertence à geração Jurássica da hotelaria.
* Quiosques de Check-in e Check-out Express parece que já são uma realidade.
* O tradicional balcão de Recepção tem tendência a desaparecer, ou se existir, ficará localizada num espaço menos nobre do hotel.
Estas realidades influem não só na (re) definição de espaços, na selecção de equipamento, na decoração, como também na previsão de necessidades e aptidão dos Recursos Humanos. Mas, principalmente, deixa uma interrogação no ar: QUAL A PRINCIPAL VERTENTE DA FORMAÇÃO HOTELEIRA, especialmente na área de Relações Públicas e Acolhimento?
O que consigo vislumbrar são amplos espaços no hall  com gabinetes de estética, workplaces de actividades relacionadas com negócios locais, como artesanato, “oficinas de culinária de diversas origens”, eventualmente um chef a promover a interactividade com os clientes interessados na elaboração de experiências gastronómicas com os produtos alimentares que adquiriu numa das lojas gourmet, zonas de estar, enfim, um filme num  shopping center no qual  o cliente é o actor principal.

Para o cliente chegar à Recepção terá de passar por alguns labirintos onde encontrará um bar, um self, um cabeleireiro, uma exposição, por exemplo.

Receberá no seu telemóvel a informação de que o quarto que lhe foi atribuído já está pronto a ocupar, juntamente com código de acesso ao quarto.

Gastronomia em Portugal

Não podemos excluír da Gastronomia, vista como a associação de arte, aspectos culturais e sabores, os doces conventuais, dos quais se destacam os Queijinhos do Céu das Irmãs Clarissas. Veja mais abaixo

Turismo Emotivo * Emotional Tourism googleac69fed623e9c4d7.html

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Em plena comunhão com a Natureza



Eu, quando quero estar com a Natureza, e dela usufruir o que me oferece, não hesito. A minha decisão é imediata, sem arrependimentos. Veja o quê, mais abaixo.

Turismo Emotivo * Emotional Tourism googleac69fed623e9c4d7.html

sábado, 24 de setembro de 2016

A verdade Gastronómica do Bacalhau Desfiado




Os marítimos desta terra ribeirinha nascida da confluência do Zêzere com o Tejo e que se espraia colina acima, encimada pela Igreja Matriz ou de Nossa Senhora dos Mártires, colocaram no património gastronómico uma iguaria de agrado de muitos apreciadores de bacalhau confeccionado de muitas maneiras.

Até à abertura de estradas e ao aparecimento do comboio, os rios eram as auto-estradas de hoje, e as Fragatas, os Cargueiros, os Varinos, os Barcos de-Água-Acima eram os mais velozes meios de transportes de pessoas e de mercadorias, nomeadamente cereais, linho, madeira, carvão, sal, etc., de e para as cidades e vilas ribeirinhas.
E nesta terra as casas ricas e senhoriais situavam-se na primeira linha de água, pertencentes a proprietários de frotas e a outros fidalgos, vivendo o povo nas casinhas rurais situadas encosta acima no meio de olivais e laranjais e hortas.
Transaccionavam-se mercadorias, faziam-se trocas, e cobravam-se favores em benefício de tripulantes, calafates, tarefeiros, que estavam ausentes de sua terra por períodos muitas vezes superiores a uma semana.
Vá lá, pese mais 10 Kg, que eu dou-lhe um bacalhau…
Para escapar ao controlo portuário das mercadorias, os bacalhaus secos vinham debaixo de água, presos por um cordel que partia da quilha do barco. Chegados ao fim da viagem, o bacalhau estava suficientemente demolhado.        

Ao ouvirem as sirenes que anunciavam a chegada dos barcos, as esposas, familiares e amigos desciam encosta-abaixo, trazendo temperos como azeite, ervas aromáticas, alho, cebola, vinho, broa de milho, etc.
Desfiando o bacalhau para um recipiente, no qual se adicionavam os temperos citados, todos sentados à sombra das frondosas árvores petiscavam o “BACALHAU à MODA DE PUNHETE” acompanhando com o pão e o vinho (História dos marítimos de Punhete contada por Cesaltina, fadista, filha, neta e bisneta de tripulantes de varinos ).

domingo, 24 de julho de 2016

O Negócio emergente de mister Shee-Go-Lu


Começou com o mandarete no luxuoso Hotel Clube  Bora Bora Praia da Pérola  onde seu pai tinha sido ajudante de cozinha.
Ainda em criança ouvia de seu pai as histórias do ambiente luxuoso e da oportunidade de carreira que aquele luxuoso hotel oferecia a quem se interessasse pela vida hoteleira e tivesse vontade de progredir, estudando.
Assim viveu de perto estes luxos; a facilidade de aprender línguas estrangeiras granjeou-lhe a simpatia de muitos clientes.  Em dois anos o jovem Shee-Go-Lu já falava Espanhol,  Inglês, um pouco de Francês, estudava Alemão e Italiano.
As recompensas não tardaram, subindo de posição com intervalos de 2 anos, tendo alcançado o lugar de Maitre de Concierge ao 10º ano de casa.
Responsável por assistir os hóspedes em qualquer pedido que estes tenham, dos mais extravagantes ao mais simples como chamar um táxi, dar informações sobre o próprio hotel e seus serviços ou sobre a cidade e seus pontos turísticos, venda de passeios na região, aluguer de viaturas, reservas e indicações de restaurantes, etc.

                                 O dolce fare nienti do clube
No etecetera e na categoria de extravagantes cabem os pedidos de alguns turistas, especialmente homens de negócios, que procuram os serviços de uma secretária, de uma guia local, ou simplesmente de  companhia feminina. Só o  visionário mister Shee-Go-Lu é que era abordado sobre estes assuntos. Tinha um caderninho no bolso com os contactos de Hostess, Secretárias, Prestadoras de Serviços, organizado por características como medidas, cores, etc. Quando apareceu a internet mostrava mesmo a ementa ao cliente gravada no seu computador  de bolso. A escolhida sabia que tinha de lhe dar uma comissão, e o cliente gratificava-o com uma gorjeta tão grande quanto o grau de satisfação.
O problema para Mr. Shee-Go-Lu colocou-se quando o director do hotel, numa esporádica passagem pelo hall, viu uma senhora que carregava um plasma.
-Quem é a senhora. Onde vai com isso?
- Eu sou uma acompanhante. Venho do quarto 1502. O cliente não me pagou, por isso levo a televisão.
Factos apurados, acompanhante no posto da polícia, Mr. Shee-Go-Lu na rua.
Sempre desenrascado, muniu-se dos grandes conhecimentos de personalidades seus clientes. Contactou o Sr. Marco Monte de Açúcar, mundialmente conhecido pela criação de social pages. Em conjunto criaram uma aplicação que vendem aos turistas que lhes permite, com toda a privacidade, localizar fornecedoras de vários serviços a turistas, estabelecer os respectivos contactos. Com a aplicação pokescort Mr. Shee-Go-Lu recebe por cada acesso e de cada vez que uma prestadora de serviços é seleccionada.
É uma loucura ver homens jovens, outros menos jovens, com gravata ou em calções, de telemóvel na mão por essas vielas, ruas principais e praças.

 A tensão atinge o seu mais elevado grau, articulando-se geralmente com um ponto de viragem decisivo (turning point), na sequência do qual ocorre o desenlace. Atinge-se o climax. Tudo virtualmente. 

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Sons da Natureza em Constância

Tentar descobrir por mim próprio foi sempre a minha vontade, embora se contem pelos dedos das mãos as minhas realizações devido aos meus afazeres. Talvez porque muito tenho lido e alguma coisa sobre Turismo tenha escrito, mas sem vivenciar a realidade,  os argumentos  para contrariar a opinião negativa que alguns visitantes e turistas guardam ao terminar a visita em Constância possam ter, escasseiam, decidi ir à descoberta de razões para afirmar que Constância é uma terra de paixões, um destino de emoções.

Constância não fica atrás de qualquer outro município do interior a nível de produto turístico, concentrando em si, na minha opinião, uma oferta destinada a vários segmentos de mercado - hoje motivações: cultura, actividade, lazer, natureza, numa engenhosa diversidade económica: indústria, turismo e serviços, cuja conjugação só é possível num território com esta configuração geográfica e com pessoas de visão.
A atestar o atrás exposto estão os recursos naturais (rios e paisagens), património construído (religioso e histórico) e o património imaterial (tradições).



O meu percurso a pé numa ensolarada terça-feira de Maio ao longo do caminho do Tejo teve por finalidade encontrar os sons e cores que qualquer pessoa, residente ou visitante ou turista pode descobrir e usufruir, construindo assim uma experiência que se sobrepõe a qualquer outra experiência menos feliz por que tenha passado neste território configurado entre o Zêzere e o Tejo.    
Ficar em Constância e nela passear, não precisa de telemóvel, mas e por ele se fizer acompanhar, aproveite e grave as suas experiências.