Directores de Hotel, Recepcionistas ou Diaristas e Agentes Tributários da minha geração lembram-se da visitas  dos inspectores do Socorro Social para recolherem as facturas de venda de bebidas alcoólicas para emitirem uma guia de pagamento de 12,5% sobre o valor apurado.
Lembram-se, certamente, de que ao total da factura do cliente eram adicionados os seguintes valores: 10% da taxa de serviço3,1% de Imposto de Turismo, SETE ESCUDOS E CINQUENTA CENTAVOS de B.A. e, tinham ainda de colar nas facturas os selos fiscais na proporção 1 por 1000.
Uma barafunda, mas tinha um mérito: ERA uma barafunda NACIONAL.
E o cliente, incredulamente, perguntava: WHAT’S THIS?
https://www.hotelscombined.pt/Place/Cascais.htm?a_aid=94438(Hall do Estoril-Sol. Recepção à direita, Portaria à esquerda)

Por causa de tantas perguntas sobre estas ridículas taxas, o artº 60 do decreto-lei  49399 de 1969 – a lei fundamental do turismo - consagrou o sistema “Tudo Incluído” que a “Presidência do Conselho - Secretaria de Estado da Informação e Turismo” regulamentou na  Série I do Decreto-Lei 137 de 30-03-1973, tornando obrigatória a menção T.S.C. em todas as facturas. (Taxes et  Service Compris).  Assim se escreveu, assim se fez; problema resolvido. Cliente esclarecido.
Alguns  países aplicam a taxa de turismo. Em França, por exemplo, a taxa diária sobre o valor do quarto alugado pode ir até 4 Euros por noite, dependendo da categoria do hotel.
Passados 40 anos, a lei nº 73/2013  veio calar os municípios , estabelecendo o regime financeiro das autarquias dentro do princípio da Autonomia Financeira, concedendo-lhes a liberdade de aplicarem taxas, como seja a aplicada nas linhas telefónicas e, ultimamente a TAXA MUNICIPAL TURÍSTICA de que o município de  Aveiro foi pioneira, mas por pouco tempo. Não rendeu o esperado.
 (Hyatt Regency Champs-Elysées)

Desde Janeiro deste ano que todas as pessoas maiores de 13 anos que pernoitem em Lisboa, desde que não seja por razões de actos médicos, pagam 1 Euro por noite, até um máximo de 7 noites consecutivas. E Vila Real de Santo António já  aprovou a implantação da mesma taxa. A moda pegou.
Os argumentos são a ajuda nos custos que os turistas ocasionam com a sua presença, manutenção de equipamentos, preservação e sustentabilidade das vilas e cidades.
E, como há 40 anos atrás, o cliente perguntará: WHAT A HELL IS THIS?
Certamente que os resultados da aplicabilidade  nos  municípios que a aplicam devem ser escrutinados pelos hoteleiros e a estes devem ser prestadas contas, como agentes cobradores. O Turismo não pode ser o “Tapa-Buracos”, sendo o BURACO um termo popularizado por quem nada percebe de economia.
A TMT terá   como finalidade o Fundo de Equilíbrio Financeiro das autarquias ou  a preparação para a CIDADE PERFEITA  quando a quarta Revolução chegar?  A IdC (Internet das Coisas) que marcará o início da construção de cidades, carros, transportes colectivos,  inteligentes interagindo  essas coisas (objectos inteligentes) por internet ou extranet , “analisando!” dados entre elas (coisas) e agindo em conformidade, terá uma evidente interferência na vida do todos os cidadãos.
Inexoravelmente mais de 5 milhões de empregos desaparecerão em toda a Europa e algumas centenas ao serviço da DITADURA TECNOLÓGICA enriquecerão e serão cotados em Bolsa.
Até chegar a QUINTA REVOLUÇÃO: A transformação de hotéis em oficinas de reparação tecnológica.