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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Le Royal Monceau, Paris in Pinterest 
 A notícia de que a minha mulher ia dar uma conferência a Nova York levantou a questão do que fazer com os meus dois filhos pequenos. Ao segundo dia de equacionar várias soluções, achei que a melhor seria eu aproveitar este espaço de tempo porque tinha um crédito de 4 dias na minha empresa. Os miúdos estavam de férias. Ok. Só preciso de pesquisar onde me alojar não muito longe do Disney Paris de que os meus filhos falavam já havia alguns meses. Interessava-me também um hotel que dedicasse especial atenção às crianças, se possível com programas infantis. Isso permitia-me ir ao Health Club e ver uma peça de teatro à noite ou assistir a um espectáculo nocturno só para adultos.
 A escolha recaíu sobre o Le Royal Monceau Raffles situado na chique Avenue Hoche em pleno coração de Paris, a dois passos dos Campos Elísios, Arco do Triunfo e do Parque Monceau.
 Comecei por escolher a júnior suite. Perfeito para mim e meus filhos: Nos cerca de 60 m2 encontrei um enorme quarto de casal, sala de estar com secretaria, mesa de refeições, um sofá-cama. Casa de banho completa revestida a espelhos e servida por roupeiros muito espaçosos. Inspirado nos anos 1940 e 50, é um espaço encantador cheio de estilo e graciosidade. Equipamentos de última geração que fizeram as delícias dos meus filhos, incluindo uma televisão de tela grande escondida atrás de um espelho, que se encaixam perfeitamente na decoração geral, um violão que o meu filho Gustavo adorou, porque estuda músical.

 Os meus filhos apreciaram poder contactar com os amiguinhos através da Internet grátis em todo o espaço, enquanto eu me impressionava com os móveis feitos à mão que Philippe Starck desenhou e projectou exclusivamente para aquele espaço. Mas o que mais influenciou a minha escolha foi o a atenção que o Royal Monceau dedica aos mais pequenos: – Lições de guitarra acústica. -Amenities para crianças de alta costura fornecidas pela secção infantil de Bonpoint. – Wii e PlayStation.
 * Menu infantil em todas as lojas de Alimentação e Bebidas e serviço de quarto. * Programa de animação infantil, Le Petit Royal, sob a orientação de divertidos artistas profissionais:
* Confecção de Pizzas pelos chefs reconhecidos com estrelas Michelin, aulas de DJ para adolescentes. Outras razões que influenciaram a minha escolha: uma série de visitas guiadas em Paris, e a oportunidade que tive em disfrutar de um banho turco, massagem relaxante no Spa & Wellness Center do Hotel, enquanto meus filhos ficavam em boas mãos.
 O Royal Monceau é um histórico hotel de luxo localizado no distrito de Paris 8, foi recentemente premiado com o estatuto oficial de “Palace” pela Agência Francesa de Desenvolvimento do Turismo, colocando a propriedade um degrau acima classificação de 5 estrelas.




quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A minha admiração por Marilú

Cada vez mais alta está a minha admiração pela nossa amiga Marilú. Preferiu os nossos pastelinhos ou até o Bacalhau à Brás. Apesar de, por vezes, salgado, deixou para trás outros petiscos, como o Cherne com Couve de Bruxelas melhor temperadas, e num fogão Junker cozinhadas. É digna de admiração, é cativante, tolerante, mulher de afectos. Determinada, ousada, admirada, amada e odiada, transpira paixões arrebatadoras como ninguém. A nossa Marilú provoca emoções, vai longe; nada nem ninguém a detém.
Casas Da Azenha, Rio Coura (Coura River) Rodetes, Vila Nova da Cerveira, Minho, Portugal
Casas Da Azenha, Vila Nova de Cerveira

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vontades

FERIAS, ONDE
Nós regalamo-nos de ver na televisão ou no computador uma partida de ténis com Martina Naratilova, um torneio de Golfe com Nicki Faldo ou um circuito fórmula Um em Monte Carlo
. Criamos motivações para sentir as emoções ao vivo.
O nosso desejo de viajar para determinado destino é, muitas vezes, despertado por varias pesquisas que fazemos na Net em buscas de locais onde viveu Charles Darwin, onde alugar um barco para velejar na Costa do Adriático ou em que altura do ano Penelope Cruz faz férias na cosmopolita St Tropez.
Muitos de nós caimos na triste realidade e restringimos os nossos sonhos a outras emoções.
Descer um rio em canoa; observar a natureza e os astros; saborear o que é tão português; equilibrar o nosso estado emocional para que esteja preparado para a “rentrée”; mostrar aos filhos e netos como se vivia n’outros tempos.
Se pesquisar na net onde tudo isto é possível, Constância aparece, certamente, num destacado lugar.

domingo, 18 de maio de 2014

Buracos de golfe

Pouco antes de morrer aos 83 anos, o lendário golfista e escritor Fred Bowen escreveu uma crónica que o Washington Post publicou 30/4/2014. Talvez a pensar nos seus netos e bisnetos, num total de 18): "Deveriam os buracos dos campos de golfe ser mais largos?" Pessoas que jogam golfe estão falando sobre uma ideia para tornar o desporto mais popular, especialmente para crianças : Fazer o buraco mais largo.
Algumas pessoas pensam que o golfe é muito difícil. Há muitos anos, ele foi descrito como " um jogo cujo objectivo é meter uma pequena bola num buraco ainda menor, com instrumentos particularmente mal concebidos para o efeito.
Assim, figuras conhecidas no meio do golfe dizem que se fizer o buraco com 15 polegadas (38 cm) de largura - cerca do tamanho de uma pizza extra- grande ( sem cogumelos !) - Os jogadores irão marcar melhor, jogar mais rápido e divertirem-se mais. Há pessoas ainda querem permitir aos jogadores bater bolas-extra (depois de maus shots) ou desviar a bola dos obstáculos de areia. Essas mudanças estão sendo sugeridas, porque havia cerca de 30 milhões de golfistas em 2005, e, em 2012, esse número caiu para cerca de 25 milhões, de acordo com a Fundação Nacional de Golfe americana. E o jogo não é muito popular entre as crianças. Tenho jogado golfe desde que eu era uma criança, eu acho que buracos maiores seria óptimo, especialmente para as crianças e os jogadores iniciantes. Porque havia o golfe de ser diferente? Vejamos outras modalidades que se adaptam aos iniciados: Muitas ligas de futebol põem crianças a jogar quatro contra quatro em campos mais pequenos sem guarda-redes. Isso é ótimo, porque há mais de pontuação, e todos os jogadores dão mais toques de bola. Um cesto de 10 pés (3 metros) e uma bola de basquete regular são demais para a maioria das crianças entre os 7 e os 8 anos . Elas dificilmente podem meter a bola no cesto. Por isso, as crianças brincam com uma bola mais pequena que tentam meter num cesto a dois metros de altura. A liga pequena de beisebol é uma versão da liga normal, para crianças; em vez dos 27 metros, reduz para 18. Mas depois de alguns anos a meter a bola num buraco da largura de uma pizza, eu espero que as crianças vão querer experimentar a versão adulta de golfe. É um desporto cheio de desafios, os quais tentamos sempre alcançar e subir de patamar. Bowen tinha uma a coluna de opinião de desportos no " KidsPost" . Escreveu 18 livros de desportos para crianças. Seu livro mais recente é " jogo perfeito ". Também Portugal tem um vasto número de campos de golfe, sendo que a maioria dos jogadores sejam turistas que procuram disfrutar do nosso clima temperado e das belas paisagens

sexta-feira, 25 de abril de 2014

ADEUS, inocência dos 20 ANOS

Viajar no comboio-correio entre Santa Apolónia e Campanhã era uma coisa que eu fiz algumas vezes. A última foi em Março de 1974, durante uma licença militar. Às 23h30 já tinha adquirido o bilhete e, como habitualmente, percorri os olhos pelas prateleiras da papelaria/tabacaria. Lá estava ele; aquele de quem eu tinha ouvido falar no quartel da EPC em SantarémPortugal e o Futuro” – que me faria companhia nas longas 7 horas de viagem.
Aconteceu isto antes da minha transferência para o CISMI em Tavira, ocorrida um mês depois, em cuja Parada o meu camarada Zé Augusto me dá a novidade no dia 25 pelas 11horas: “houve um golpe de estado”.
“Quem o fez”?
“O Spínola.”
“Então vai começar uma ditadura…”
“Não, em ditadura estamos nós... vai mudar para democracia”.
A inocência era o desconhecimento das causas políticas, o entregar-se ao trabalho, aos estudos, à definição de um objectivo de vida pessoal e profissional, geralmente alcançáveis se nos mantivéssemos no estado da “inocência”.
Muitas esperanças deram lugar a muitas ilusões que foram lentamente desaparecendo, à medida que o cofre esvaziava e novo imposto se implantava, com o aparecimento das incontroláveis aves de rapina que, à boleia das asas da promissora "Liberdade, Fraternidade, Igualdade" iam criando leis restritivas para a maioria do povo, iam implantando novas taxas e impostos para, supostamente, eliminarem as assimetrias sociais, mas que muitos se aperceberam, desoladoramente tarde, que outros rumos tomaram.
A maior desilusão é que existem muitas entidades reguladoras, mas nenhuma regula nem avalia, por iniciativa ou competência próprias, as acções executivas, que, a coberto de uma legitimidade democrática, beneficiam alguns, mas prejudicam a grande maioria.
A solução não é emigrar, mas lutar, para conseguir uma vida melhor, que nos faça sonhar, que nos permita viver com alegria,realizar as coisas que gostamos.

sábado, 5 de abril de 2014

O 25 de Abril e La Bombita

Adolfoin Publituris
Regressado do serviço militar obrigatório de 2 anos, retomei, em Janeiro de 1976 as minhas funções de Chefe de Recepção ou, como hoje se diz Front Office Manager, no Hotel Londres do Estoril, o hotel onde mais anos trabalhei, desde os meus 17 anos de idade, depois de ter passado pelos dois primeiros que já não existem: Estoril-Sol e Arcadas.
Posso dizer que fui um dos beneficiados: não fui parar às ex-colónias portuguesas da Guiné, Angola ou Moçambique; fiquei colocado onde tinha pedido - Tavira; trabalhei simultâneamente num aldeamento turístico no Verão de 1974 como recepcionista e como chefe de recepção em 1975, depois de vencida a oposição da então comissão de trabalhadores na minha readmissão, argumentando que eu ia tirar o lugar a um desempregado. Estas e outras histórias fazem parte do livro historiasd'hotel.
O vazio na ocupação hoteleira que a Revolução originou foi sendo progressivamente preenchido com o segmento Turismo Social, de camadas mais jovens, que vinham absorver e vivenciar a experiência revolucionária portuguesa. Estes turistas eram oriundos dos países escandinavos, da então URSS e da Federação Jugoslava. Mais tarde outra faixa etária que hoje se chama Turismo Sénior veio a eleger aquele hotel para permanecer nas visitas "Costa de Lisboa". O mercado experimental foi o espanhol, ao qual se seguiu o francês e o inglês.
Sendo eu uma dos primeiros rostos do hotel, clientes, especialmente do sexo feminino daquela faixa etária me questionavam à chegada: "Mira, tu éres hermano de nuestro Presidente? "Non, non soy", respondia eu. "Pero tu éres muy parecido. No te vás à España si non te ponen una bombita en el coche". Estas simpáticas senhoras referiam-se ao Presidente do Governo de Espanha Adolfo Suarez. Hoje, outras pessoas, que não terceira idade, me dizem que tenho umas parecenças com Roberto de Niro.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Constância de viver

Uma das mais curiosas e, talvez gratificante, actividade humana é, na minha opinião, o saber conhecer o ser humano, conhecimento esse adquirido nos cursos universitários, provavelmente nas áreas da Psicologia, Sociologia, Relações Sociais e Humanas. Estas licenciaturas , amadas por uns, odiadas por outros, vieram preencher um vazio existente em muitas organizações que acolhem pessoas de todas as idades, nomeadamente creches, escolas, lares de terceira idade, etc., na interpretação das carências de diversa ordem que os utentes manifestam através de um olhar, de um sorriso alegre ou triste, de postura física. Ao longo da vida os pais conhecem os filhos e, regra geral, compreendem-nos, porque os viram nascer e acompanharam os seus momentos de exaltação e de angústia, de determinação ou de hesitação, de vitórias ou de derrotas. Poucos são os pais que não tenham carregado os filhos pequenos às cavalitas ao longo da areia de uma praia, num campo verdejante para o menino (a) colher a sua laranja, cereja ou maça, ou à procura de pinhões em qualquer monte. E quem o fez recorda com carinho esses momentos, sentindo uma espécie de nostalgia quando vê seus filhos partirem rumo à independência. Será que os filhos conhecerão os pais quando, algumas deficiência física ou mental os impedirem de expressar o que sentem a cada momento? Compreenderão que os pais já não vivem com aquela constância e estão a definhar lentamente porque, tal como uma criança de tenra idade, também eles necessitam que cuidem deles? Sentem-se compreendidos? Só conhece verdadeiramente as pessoas quem a elas se dedica, não só por “profissão e ganha-pão” mas, essencialmente, por vocação, entrega, sentido de cidadania, responsabilidade social. E estes “profissionais sociais” não podem ser atafulhados de burocracia imposta pelos quadros superiores – alguns que se “ajeitam” ao lugar, outros “nomeados”, insensíveis ao sofrimento silencioso alheio, porque a sua cadeira giratória lhes dá uma sensação de divindade. E eu gostava de saber interpretar a repentina mudança de uma genuína alegria de viver para uma enorme tristeza e desgosto estampado no rosto de alguns que, por terem atingido o “fim de vidas útil” são atirados para uma qualquer instituição publica que, de social não tem, aparentemente, nada.